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Unidade de Reabilitação do HUSM orienta jovens com obesidade sobre exercício e alimentação saudável



De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, nas principais capitais brasileiras, nos últimos 10 anos, a obesidade aumentou 60% no país. Hoje, um a cada cinco brasileiros estão com sobrepeso. Entre as principais causas estão o aumento do consumo de produtos industrializados e o sedentarismo.

Para tentar impedir que esse percentual avance, o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) criou, em março de 2016, o Grupo Multidisciplinar de Cuidados com Obesidade e Diabetes. Pacientes atendidos nos Ambulatórios de Endocrinologia e Pediatria, que estão acima do peso, são convidados a participar dos encontros mensais.

Atualmente, as turmas atendidas pelos multiprofissionais da Unidade de Reabilitação (endócrino, pediatra, educador físico, nutricionista, psicólogo e enfermeiro) são divididas por faixa etária: adultos, adolescentes e crianças. Esses pacientes são acompanhados durante um ano. A cada encontro são repassadas informações importantes para promover a reeducação alimentar e melhorar a qualidade de vida. As crianças e adolescentes – para participarem – precisam estar acompanhadas por alguém da família.

“A família é fundamental para promover a mudança de hábitos”, afirma a enfermeira Claudiane Bottoli.

“A gente aborda prevenção das doenças crônicas na idade adulta, como diabetes e hipertensão. Orientamos sobre o que é mais adequado comer, que a atividade física é prazerosa. Se não houver a colaboração da família, não dá certo”, salienta a pediatra Heloisa Ataíde Isaia.

Atualmente a prevalência de sobrepeso ou obesidade em crianças de 5 a 11 anos varia de 18,9% a 36,9 % e de 16,6% para 35,8% em adolescentes de 12 a 19 anos. Para mudar essa realidade, a prática de atividade física é fundamental. É nesse momento que a educadora física entra, ensinando brincadeiras que colocam a criançada para “mexer o esqueleto”.

“Tem se tornado cada vez maior a incidência de crianças obesas, pelos hábitos de vida: má alimentação e sedentarismo. O entretenimento ocorre em frente à tela do celular, do tablete e do computador. O espaço físico para correr, andar de bicicleta e jogar bola está cada vez mais restrito. Por isso é preciso estimulá-los”, explica a pediatra.

A cada encontro também é feito a verificação do peso, altura, circunferência abdominal e frequência cardíaca da turma que tem idades entre 8 e 14 anos.

A mãe de Andrieli, 10 anos, sempre que pode participa com a filha dos encontros mensais.

“Nós temos que incentivar , porque é complicado. Criança quer doce, sorvete. Como a minha filha tem colesterol e triglicerídeo muito alto, tudo tem que ser dosado, não pode ser a vontade. Preciso dizer o não, quando necessário”,  afirma Liziane Borges , comerciária.

E por saber que não basta falar, é preciso dar o exemplo, Liziane contou que ela mesma já adotou novos hábitos alimentares.

“Passei a consumir pão integral, produtos mais produtos naturais. Frituras, abolimos. Batata frita só uma vez por mês”.

A pediatra comemora mudanças como essas, pois Heloisa mesmo diz que há apenas 30% de chance de sucesso quando a morbidade já está estabelecida, então o ideal é a prevenção da obesidade. E para evitar o sobrepeso, a criançada precisa praticar 2 horas diárias de atividade física moderada – aquela em que o coração bate mais forte.

Mas nada de querer levar o filho para uma academia. Basta recuperar as antigas brincadeiras de infância que, na vida moderna, parecem estar esquecidas: andar de bicicleta, jogar bola com os amigos, praticar esporte, E, no final, para matar a fome, que tal um piquenique saudável?

Foi exatamente isso que essa turma fez. Ao término das atividades físicas da quarta-feira, dia 13 de setembro, uma mesa com frutas, água de coco, água mineral e sanduíche com pão integral aguardavam nossos atletas. Não sobrou nada.

Fonte: Unidade de Comunicação do Hospital Universitário de Santa Maria

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