O Grupo de Pesquisa Formação Cultural, Hermenêutica e Educação (GPForma) promove o 7º Colóquio Formação de Professores: Novas Teorias, Novas Práticas?, com o tema “Violência e mediação de conflitos”, nos dias 5 e 6 de setembro, no miniauditório do NTE, prédio 14 do campus Santa Maria.
A proposta do evento é trabalhar alguns desafios da formação diante da necessidade de educar o despreparo humano para situações limites e o descuido para com o outro. Nesse sentido, a discussão da violência está no coração das tragédias e catástrofes humanas, especialmente quando existe descaso para com a dor do outro.
No Brasil, os dados da violência são cada vez mais alarmantes. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, versão 2016, o Brasil registrou mais vítimas de mortes violentas intencionais (ou pessoas assassinadas) em cinco anos do que a Guerra na Síria no mesmo período, ou seja, enquanto na Síria, de março de 2011 a novembro de 2015, este número era de 256.124, no Brasil, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2015, se atingiu 279.567.
Além disso, segundo enquete elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que entrevistou mais de 100 mil professores e diretores de escolas de 34 países, o Brasil se destacou negativamente como o país com o maior índice de violência dos alunos praticada contra os professores. Enquanto a média geral é de 3,4%, e em países como Coréia do Sul, Romênia e Malásia o nível de agressão é zero, no Brasil esse índice chega a 12,5 % dos professores, os quais disseram ter sido vítimas de agressões físicas ou verbais de seus alunos pelo menos uma vez por semana.
Como a educação ainda pode desempenhar hoje o seu papel formativo e normativo ao mesmo tempo, respondendo a pergunta permanente do para quê educar ou para que fins serve a educação em um contexto marcado por tragédias e catástrofes constantes? Em tempos pós-traumáticos e de uma política que, ao invés da propalada emancipação recebeu uma assinatura biopolítica, como pensar a relação entre Filosofia e Educação? Por isso, é vital compreender como essa discussão pode colaborar para desencadear novas aprendizagens e o desenvolvimento de uma nova cultura.
A programação do evento e a inscrição estão disponíveis no site.
A transmissão ao vivo do evento poderá ser acompanhada pela Multiweb.
O colóquio terá apoio do Núcleo de Educação e Tecnologia (NTE), do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e do Curso de Ciências da Religião – UAB/UFSM.