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​Serviço de saúde auditiva do Husm foi apresentado em seminário no Chile



A professora do curso de Fonoaudiologia da UFSM e chefe do
setor de Gerência de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário de Santa Maria
(GEP-Husm), Themis Kessler, participou – como convidada internacional – do
Seminário Análise de Boas Práticas Inclusivas de Alunos Surdos, promovido pela
Universidade de Talca, no Chile. Durante o seminário, voltado para os
profissionais da área da saúde, familiares e autoridades, que ocorreu no dia 19
de julho, a fonoaudióloga ministrou a palestra “A contribuição do Serviço
de Saúde Auditiva do Husm/UFSM para a inclusão social de pessoas surdas”.

Themis falou sobre o acesso à saúde e à reabilitação
auditiva para as pessoas surdas antes e depois de 2004, ano da criação da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, que estabelece as diretrizes de
assistência às pessoas surdas nos diferentes níveis de atenção: desde a atenção
básica, com a orientação às famílias e primeiros encaminhamentos, até o
atendimento terciário, com diagnóstico e protetização auditiva ou cirurgia de
implante coclear e reabilitação auditiva e linguagem.

Apresentou ainda o trabalho realizado no Husm de Triagem
Auditiva Neonatal (TAN), nos bebês que nascem no hospital, e como é feito o
encaminhamento para alta complexidade – quando há suspeita de deficiência auditiva
nessas crianças –, e para reabilitação/acompanhamento no Serviço de Atendimento
Fonoaudiológico (SAF), localizado no prédio do antigo hospital, no centro de
Santa Maria. No caso da reabilitação, o atendimento assistencial é realizado
pelos alunos do último ano do curso de Fonoaudiologia, sob supervisão acadêmica
da professora Themis, porque o hospital ainda não conta com uma fonoaudióloga para
essa atividade.

A partir de 2012, o Governo Federal incorporou a Política
Nacional de Saúde Auditiva à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Desde 2005, as pessoas puderam ter
acesso aos aparelhos auditivos sem custo e também à reabilitação, segundo o
fluxo estabelecido por portarias do Ministério da Saúde.

“De acordo com o levantamento assistencial junto ao
Serviço de Atenção Auditiva, responsável pelo diagnóstico audiológico e
indicação das próteses auditivas, de 2006 a 2017, aproximadamente 4.200 pacientes
receberam aparelhos auditivos”, informa a professora.

Do ponto de vista da pesquisa, foi apresentado o
quantitativo relativo à produção acadêmica envolvendo o serviço e/ou os
pacientes atendidos.

“Identificamos que, no período de 2006 a 2017, 44 artigos
foram publicados em periódicos indexados, 18 dissertações de mestrado foram
concluídas, duas teses de doutorado e 15 trabalhos de conclusão de curso
finalizados”, revela a fonoaudióloga.

Por fim, foram expostos os desafios a serem enfrentados pelo
serviço. Ou seja, o que é preciso melhorar e avançar para a implantação da
política. Um dos desafios é ampliar a difusão dos serviços de alta
complexidade, pois frequentemente famílias que moram no interior têm de viajar
a Porto Alegre para usufruí-los. Como consequência da quantidade insuficiente
desses serviços no Estado, observa-se um tempo de espera prolongado em casos de
cirurgia de implante coclear e intervenção fonoaudiológica tardia, do ponto de
vista da reabilitação.

Texto: Unidade de
Comunicação do Husm

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