Hoje,
13 de julho, completam-se 63 anos da morte da artista mexicana Frida
Kahlo (1907-1954). Coincidindo com o mês de aniversário de
nascimento (06 de julho) e de morte (13 de julho) da artista, a
exposição “Na minha loucura, no teu sonho”, do professor e
coreógrafo Odailso Berté da UFSM e do artista visual e professor da
PUC/Goiás, Wolney Fernandes, de Goiânia, reinventa o seu universo
imagético entrecruzando as linguagens da dança e das artes visuais.
As
obras da exposição, que se utilizam da colagem, da fotografia, da
performance e do videodança, foram criadas com base nos afetos dos
criadores em relação à obra da artista mexicana. Desse modo, a
expografia não mostra a imagem de Frida Kahlo, mas imagens que
excedem a sua obra, lançando outras perspectivas de análise,
interpretação e apreciação.
As
colagens de Wolney Fernandes, sobre imagens do espetáculo
FeridaCalo, misturam visões surrealistas, cotidianas e um sensível
olhar do design, optando por um fazer artesanal com recortes e
colagens de minuciosa execução.
As
fotografias ampliadas do espetáculo FeridaCalo, criado pelo
Laboratório Investigativo de Criações Contemporâneas em Dança
(LICCDA) transformam o gesto e a plástica da dança em potentes
imagens que dilatam a percepção e a espacialidade visual do
espectador. Em diálogo com essa série de imagens de fotógrafos
santa-marienses, está o videodança “outrar-se”, um trabalho
inspirado em um projeto de cinema de 1950, da fotógrafa mexicana
Lola Alvarez Bravo, onde a própria Frida Kahlo performa e contracena
com uma bailarina. Com codireção de Odailso Berté e Thomás
Towsend, em pareceria com a TV Campus, no videodança, os dançarinos
Crystian Castro e Berté performam no subsolo do novo Centro de
Convenções da UFSM, instaurando outras formas de ver a plástica
desse espaço que é alterada ao se tornar locação cinematográfica
para a dança contemporânea.
A
exposição ainda conta com outras obras surpreendentes, como o
objeto/instalação “Veada, Pintora, Poeta” que é o eixo central
da expografia. Uma imagem que evidencia as ações do tempo sobre a
obra nos modos como as tiras de elástico estiradas vão se soltando
e potencializando a poética do corpo que vai rompendo as amarras que
lhe interceptam o movimento, em alusão aos traumas físicos vividos
por Frida Kahlo.
“Na minha loucura, no teu sonho” permanece em
exposição até 21 de julho no Museu de Arte de Santa Maria (MASM),
de segunda a sexta, das 09 às 12h, e das 14 às 16h, com entrada
franca.
Confira fotos da exposição
Fotos: Odailso Berté
