O evento “Por uma vida sem atalhos”, promovido pelos alunos da disciplina de Laboratório de Comunicação Acessível nas Organizações, do curso de Relações Públicas do campus Frederico Westphalen, realizou palestras no dia 23, no Centro de Convivência.
A campanha teve início em junho e teve como objetivo provocar a reflexão sobre a acessibilidade tanto no ambiente universitário, quanto na sociedade. Além disso, estimulou a realização de debates para que mudanças de atitude sejam operadas em cada um e que esse processo provoque atitudes concretas das autoridades com vistas a autonomia das pessoas com deficiências.
O nome “Por uma vida sem atalhos” é uma analogia ao caminho que ainda hoje as pessoas precisam trilhar para terem acesso aos locais públicos e privados e terem seus direitos atendidos. Tem relação com os acessos secundários que precisam ser feitos, em vez de o acesso principal ser de livre trânsito e universal.
Ao longo da realização da campanha o campus recebeu obstáculos em pontos-chave de circulação na instituição, como escadas e vaga de estacionamento. Para avisar sobre os obstáculos ao público, um cartaz em braile foi exposto no hall de entrada principal, a fim de que sentissem dificuldades em se comunicar. Também buscou-se provocar a experiência do incômodo e desconforto das pessoas ao transitar pelas dependências da instituição devido à intervenção da ação, situações enfrentadas cotidianamente por pessoas com deficiência.
A cerimônia de encerramento recebeu as convidadas Eliane Galhardo, acadêmica de Administração da URI, e a psicóloga da APAE e professora da URI, Josieli Piovesan. Eliane, que é cadeirante, explica que as decisões governamentais, políticas públicas e programas influenciam e são um gancho para impulsionar uma nova maneira de pensar e de agir, de comunicar e de praticar esses recursos para garantir a acessibilidade: “É uma mudança de cultura e também de atitude que deve partir de cada um em prol da inclusão de todas as pessoas em todos os ambientes”.
Na oportunidade, os alunos também expuseram suas impressões sobre a campanha e avaliaram o que ainda precisa ser feito para que as estruturas da sociedade sejam acessíveis a todos os cidadãos.