Tabajara Ruas ministrou a palestra de abertura da 36ª Semana Acadêmica da Comunicação Social

Mais de oitenta pessoas lotaram o Salão Imembuí, no prédio da Reitoria da Universidade, na noite desta terça-feira (8), para a solenidade de abertura da 36ª Semana Acadêmica da Comunicação Social (SECOM) da Universidade Federal de Santa Maria. A professora Ada Cristina Machado da Silveira, chefe do Departamento de Ciências da Comunicação, representou os professores dos cursos na mesa de abertura, junto a Iuri Müller, coordenador do Diretório Acadêmico de Comunicação Mario Quintana (DACOM), e Gabriela Salamoni, integrante do DACOM.

Após a exibição de dois vídeos – um de divulgação da SECOM e outro em homenagem aos 40 anos da FACOS -, a professora Ada parabenizou a organização e salientou que aquele era um importante dia para a Comunicação Social da UFSM, pois em 40 anos de história, via-se um envolvimento cada vez maior dos acadêmicos nas atividades do curso e da Universidade. Após as formalidades da cerimônia, a palavra foi passada ao conferencista convidado para abrir a 36ª SECOM.

O ilustre convidado para fazer a fala da noite foi o cineasta e escritor gaúcho, Tabajara Ruas. Ele começou falando a um público atento e curioso sobre seu trabalho como editorialista de um jornal, em que escrevia folhetins. No entanto, não se contentava com o espaço restrito e fechado de um jornal. Ele via na ficção a liberdade criativa plena.

Além disso, Tabajara falou sobre roteiros que já fez, adaptações para cinema e televisão. Considerado um dos maiores nomes da literatura gaúcha, Tabajara falou sobre a dificuldade de trabalhar na adaptação de livros para o cinema. “Hoje quase tudo é feito a partir de roteiros, na área da comunicação, mas, sem dúvidas, aquele que dá mais trabalho é o roteiro adaptado. Ainda mais quando são clássicos da literatura”, frisou Tabajara. Para exemplificar, o cineasta contou um pouco sobre seu trabalho de roteirista, em parceria com a escritora gaúcha Letícia Wierzchowski, num filme baseado na história de “O Continente”, primeiro tomo da obra “O Tempo e o Vento”, de Erico Veríssimo. O filme, sob direção de Jayme Monjardim, ainda não começou a ser rodado.

Tabajara também falou sobre seu mais recente trabalho no cinema, o filme “Os Senhores da Guerra”. Baseado na obra homônima de José Antonio Severo, “Os senhores da Guerra” narra a verídica história dos irmãos Carlos e Júlio Bozano, jovens da elite gaúcha no início do século XX, que acabam se enfrentando em lados opostos na guerra civil de 1924, no Rio Grande do Sul. Tabajara trabalhou na adaptação do roteiro e direção do filme. A plateia pôde conferir ainda um teaser inédito do filme e os primeiros minutos da produção cinematográfica.

Tabajara Ruas é um consagrado escritor e cineasta gaúcho. Formado em arquitetura, preferiu trabalhar na área da comunicação, já tendo atuado como jornalista e publicitário. Entre alguns de seus trabalhos, estão os livros “O amor de Pedro por João” (Record, 1998) , “A Região Submersa” (Record, 2000) e a coletânea “Os varões assinalados” (L&PM Editores, 2005); além dos filmes “Brizola – Tempos de Luta”, Netto perde sua alma” e “Netto e o domador de cavalos”, esses dois últimos, adaptações de obras suas.

Confira abaixo a trechos da entrevista que Tabajara Ruas concedeu aos repórteres da Facos Colaborativa: