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​Robôs bons de bola



Brasileiros e alemães formaram equipe

A UFSM foi representada
na RoboCup 2014, maior competição acadêmica de robótica do
mundo, realizada
em João Pessoa
(PB) de 19 a
24 de julho. Quatro alunos e o professor do
curso de Engenharia de Controle e Automação Rodrigo Guerra participaram do
evento. Eles integraram um time misto entre Brasil e Alemanha, o WF Wolves,
que competiu com outros 40 times na categoria futebol (subcategoria kid size, de robôs com até 90cm de
altura).

A equipe foi eliminada na fase de grupos, mas o
resultado foi o que menos importou. “A participação dos alunos de Santa Maria
teve destaque no evento. Nosso grupo desenvolveu um atuador de série elástica
para o joelho do robô (um motor com uma mola em série). Com este atuador, o
robô ficou mais robusto a impactos externos e foi capaz até mesmo de caminhar
sobre gramado artificial em um dos desafios técnicos”, relata o professor.
Outro time alemão, com um robô de 1,60m de altura, ficou interessado na
continuidade do trabalho devido à fragilidade dos joelhos num robô daquele
porte.

“Acreditamos que com nosso atuador de série
elástica conseguiremos utilizar as molas para acumular energia, permitindo
fazer o robô levantar do solo. Queremos agora tentar levantar recursos para
adquirir os servo motores que restam para montar um robô humanoide completo da
UFSM – um robô completo utiliza 24 servo motores, além de dois computadores,
câmera, sensor de inércia e outros equipamentos, num valor total de
aproximadamente R$ 50 mil. Cada time precisa levar pelo menos quatro robôs para
participar da cometição, e além do custo do equipamento, é preciso gastar com
inscrição e transporte dos alunos. Por isso, essa parceria entre universidades
é importante”, destaca Rodrigo.

Ao final do evento, o time alemão emprestou ao grupo
da UFSM 10 servo motores, no valor de aproximadamente 3 mil euros. Com os
outros três servo motores já emprestados no ano passado, a missão agora é
tentar construir um tronco e duas pernas para tentar fazer o robô pular – um
desafio técnico para a RoboCup de 2015, que será na China.

Parceria com os alemães

Alunos da UFSM que participaram do evento

Diferentemente de outras competições de robótica que
focam na educação, a RoboCup é um evento acadêmico onde se produz pesquisa. Os
torneios servem para avaliar tecnologias e estratégias e ajudam as diferentes
equipes a compararem resultados. Além disso, há um forte espírito de comunidade,
pois os participantes possuem interesses em comum e acabam trocando ideias e
formando parcerias.

“Um exemplo disso é nossa parceria com a Universidade
de Ostfalia, que já recebeu dois de nossos alunos para cursar um semestre lá, e
que este ano enviará um de seus alunos alemães para cursar um semestre aqui na
UFSM”, relata Rodrigo, lembrando que a parceria com os alemães teve início
quando, na RoboCup realizada na cidade alemã de Bremen, em 2006, ele manteve
contato com o professor Reinhard Gerndt. Ambos desenvolveram diversos trabalhos em conjunto,
incluindo artigos e um capítulo de livro. “A formação deste time misto foi
apenas uma evolução natural dessa história de parcerias e colaborações”,
avalia.

Além da RoboCup na Alemanhã, Rodrigo já havia participado
das edições no Japão, Estados Unidos e China. “Agora, sete anos depois,
poder participar do evento no Brasil, levando nossos alunos da UFSM, é um sonho
que se realiza. Durante o evento estivemos em contato direto com times de quase
50 países. Isso ajuda nossos alunos a fortalecer o espírito de equipe e
melhorar seus contatos internacionais, ajudando a nos situar no mundo”,
destaca.

Um dos integrantes da equipe da UFSM, Leandro Tomé
Martins, recebeu convite para fazer mestrado na Universidade de Manitoba, no
Canadá, após concluir sua graduação. Também compuseram a equipe os alunos Roberta
de Mendonça Pretto, Milton Brenner Machado Matoso e Fernando Berwanger.

A robótica na UFSM

Apresentação de trabalho durante a RoboCup

Rodrigo destaca que ainda
são poucos pesquisadores trabalhando com foco na robótica na UFSM. No entanto,
aos poucos vêm sendo obtidos avanços. Há o Grupo de Automação e Robótica
Aplicada (Garra), no qual alunos participam de diversos projetos. Há dois anos,
vem sendo realizado um trabalho com robótica educacional para crianças com
altas habilidades. No ano passado, foi organizado em Santa Maria o Brasero,
um workshop internacional focado na robótica de serviço.

“Este ano, começamos um trabalho em parceria com
os cursos de Terapia Ocupacional, Desenho Industrial e Educação Especial para a
construção de um robô de telepresença que vai ajudar crianças internadas no Husm
a manter contato com família e amigos. Agora, com a atenção que nosso trabalho
teve durante a RoboCup, buscaremos montar nosso próprio robô humanoide”,
afirma o professor.

Texto: Ricardo Bonfanti

Fotos: Arquivo pessoal

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