O Grupo Incorpore – Ações Coletivas para o Meio Ambiente (http://site.ufsm.br/noticias/exibir/questoes-ambientais-e-responsabilidade-de-cada-um) possui algumas subdivisões, sendo uma delas o projeto Pegada Hídrica, que pretende avaliar o consumo de água dentro da UFSM. O desenvolvimento da ideia partiu da professora Sílvia Iop, do Campus de Silveira Martins, em 2013, ano mundial da água. “Pegada hídrica é um termo utilizado para medida de consumo direto e indireto de água, significa não só a água que é vista na forma palpável, mas também a água que entra nos processos industriais, que se chama água virtual”, explica Sílvia.
Para fazer o levantamento do consumo de água na Universidade, será utilizada a calculadora da pegada hídrica, método mundialmente conhecido e aceito pelos pesquisadores que, nesse caso, será aplicado a partir da ferramenta Google Drive. Existe um questionário e são estimadas algumas atividades diárias que envolvem a utilização de água, e a partir dessas etapas é possível avaliar o seu consumo, ou seja, sua pegada hídrica. A pesquisa depende dos dados fornecidos pela comunidade, então cada um que tiver interesse em ajudar deve responder ao questionário, que logo será disponibilizado na web. O projeto está no trâmite final no conselho de ética em pesquisa, e os planos são de na Jornada Acadêmica Integrada (JAI) já ter os resultados e começar a campanha de conscientização.
O trabalho de conscientização vai além do que normalmente associamos quando se trata de consumo de água, como explica Iop,“é mais uma conscientização no sentido de ver que a água que diminui no planeta não é só a água que vai para o ralo, ou a que fica pingando, ou a que não é reutilizada, mas pequenas coisas como rasgar uma folha e jogar no lixo é água que você está colocando fora”. A pesquisa, englobando todas as áreas da Universidade, pode, por exemplo, auxiliar na cadeia produtiva (abatedouro de suínos, aves, etc.). No momento que você acompanha todo esse processo, avaliando o consumo de água, é possível dar ideias de melhor gerenciamento da própria produção.
Além disso, o projeto visa interessar o próprio estudante universitário pela causa,como afirma Sílvia, “a ideia é expandir a análise para aplicações que os próprios acadêmicos consigam enxergar e consigam ajudar em termos de gerenciamento”. Se houver uma participação efetiva da comunidade, não só a UFSM será beneficiada, mas também a própria cidade. Esse trabalho terá sequência em 2015, será um acompanhamento para avaliar o quanto a campanha de conscientização foi efetiva.
* Luana Mello, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Coordenadoria de Comunicação Social