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​Governador do Estado visita o Centro de Apoio a Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia



O Centro de Apoio a Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), subunidade do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), em São João do Polêsine, recebeu na última sexta-feira (30), a visita do governador do Estado, Tarso Genro.

Na ocasião, o governador falou sobre a importância do Cappa para a academia e o turismo e as consequências para a região ao progredir no ramo de pesquisa paleontológica do país. Tarso Genro ressaltou que o interesse da comunidade foi de grande importância para a realização do projeto. “O investimento quando parte da identidade cívica da região acontece muito mais rápido do que quando surge de cima para baixo. Aqui unimos a vida acadêmica, o turismo cultural e as potencialidades da Quarta Colônia”, afirmou o governador.

Acompanharam o governador os secretários da Saúde, Sandra Fagundes, e do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Jorge Branco; deputado Federal Paulo Pimenta e o deputado Estadual Valdeci Oliveira, além de Fabiano Pereira, ex-secretário Estadual de Justiça e Direitos Humanos.

A prefeita de São João do Polêsine, Valserina Gassen, e demais prefeitos da região e o secretário Executivo do Condesus Quarta Colônia, José Itaqui, acompanharam toda a visita do governador. A prefeita falou sobre a importância da visita do governador à cidade, principalmente pela oportunidade de mostrar o que o município está promovendo em termos de desenvolvimento à população de Polêsine e região da Quarta Colônia.

A direção do CCNE também esteve presente na visita do governador ao Cappa. A diretora do Centro, professora Sônia Cechin, falou da importância científica do Cappa para a instituição e demais universidades com a implantação do Programa de Apoio a Pesquisa Paleontógica na Quarta Colônia e Região Central.

Visita guiada

O professor da Ulbra e doutorando do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Animal da UFSM, Lúcio Roberto da Silva, foi quem guiou a visita do governador e demais autoridades. O professor Lúcio é quem monitora a região em busca de novos materiais para serem estudados. Na ocasião, o professor deu explicações acerca dos fósseis. ”Os fósseis afloram em margens de arroios, áreas para açudes, por isso é importante que esses lugares sejam sempre visitados”, salienta o professor.

O processo de remoção dos fósseis ocorre de uma forma muito delicada. Para que não sejam danificados, uma fatia de bloco de terra é removida e levada ao Cappa, onde os vestígios são extraídos cuidadosamente. Segundo o professor Lúcio, os dinossauros encontrados são pequenos, o que permite ligar a região à origem da espécie, e ao fato de que os dinossauros possam ter surgido na região.

O Cappa

O Centro de Apoio a Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia é uma das quatro Unidades Museológicas projetadas (Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno e São João do Polêsine), que compõe o Projeto Parques Paleontológicos Integrados da Quarta Colônia. O Projeto é desenvolvido pelo Condesus e tem a assinatura da Tangram Arquitetura e Design.

O Setor Científico e de Administração do Cappa, doado a UFSM pelo Condesus, encontra-se em fase final de obras. Atualmente o setor está em processo de aquisição de mobiliário, equipamentos de laboratório e para atividades de pesquisa a campo. Concluído o Setor Cientifico, sob gestão da UFSM, se dará início a implantação do Programa de Apoio a Pesquisa Paleontógica na Quarta Colônia e Região Central, componente da doação, e que integra as universidades Federal do Rio Grande do Sul, Federal do Pampa, Unisinos, Ulbra e demais universidades nacionais e internacionais conveniadas.

Repensar riquezas

Com a criação do Cappa, rompe-se com um paradigma na Quarta Colônia e região Central, que vem desde as primeiras descobertas do século XIX, momento em que a paleontologia era desconsiderada quanto a sua importância cultural e econômica, especialmente como elemento catalizador junto às demais áreas, incluindo o turismo. A importância cientifica e cultural do patrimônio paleontológico consiste em um patrimônio da humanidade e as rochas sedimentares da região Central são arquivos que preservam informações singulares acerca da origem dos dinossauros e dos mamíferos.

Integrar a paleontologia no desenvolvimento regional é, antes de tudo, pesquisa. Assim, gera-se uma produção de conhecimento histórico e científico que nos permite compartilhar e socializar as ciências paleontológicas com as diferentes faixas etárias de público. Desta forma, a região busca integrá-la organicamente no desenvolvimento local.




Coordenadoria de Comunicação Social

Texto: Diossana da Costa dos Santos

Foto: Assessoria CCNE

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