O Corredor Ecológico da Quarta Colônia está dentro do Projeto Biodiversidade RS, que é uma das políticas do Governo do Estado para proteção e conservação dos recursos naturais. O projeto visa buscar a conservação e o fluxo da fauna e flora e a criação de oportunidades para o uso sustentável dos recursos naturais, com vista ao desenvolvimento regional. Dentre os ecossistemas do Estado, o Projeto atuará prioritariamente nos Campos Nativos (Campanha e Escudo Sul-rio-grandense), Banhados (com destaque principalmente para os localizados nos Campos da Campanha e no Litoral Médio), Florestas (Quarta Colônia e no Escudo Sul-rio-grandense).
Em março,
iniciou-se o debate sobre o Corredor Ecológico da Quarta Colônia em uma oficina
no Clube Agrícola e Recreativo de Silveira Martins, onde foi apresentado o
desenho do alinhamento do Corredor feito pelo Instituto Curicaca. O objetivo do
encontro, promovido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Fundação
Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Emater/RS-Ascar e Instituto Curicaca,
foi obter a integração, a troca de conhecimentos e a formação de parcerias com
a comunidade local para o aperfeiçoamento da proposta. No dia 20 de maio, no
Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa), ocorre uma segunda oficina
sobre o projeto, que vai definir o papel de cada instituição na iniciativa.
O Projeto RS Biodiversidade, dentro do contexto
do Corredor da Quarta Colônia, foi apresentado pelo seu coordenador geral,
Dennis Patrocínio, da Sema. “Estamos com uma previsão de conclusão do Projeto
RS Biodiversidade para fevereiro de 2015 e, até lá, 17 projetos serão
concluídos. Temos um número bastante grande de ações efetivas em relação à
conservação da natureza e o uso sustentável dos recursos naturais, e a proposta
do Corredor Ecológico é resultado desse trabalho”, afirmou. Segundo o executor técnico da proposta do
Corredor Ecológico e representante do Instituto Curicaca, Alexandre Krob, os
corredores “são caminhos utilizados pelos animais que ligam duas áreas
ambientalmente importantes, como unidades de conservação ou remanescentes
florestais, permitindo com que a riqueza da nossa fauna e da nossa flora possa
ter sustentabilidade por um espaço maior de fluxo no território”. Conforme
Krob, o corredor ecológico servirá para interligar 13 áreas florestais e 3
Unidades de Conservação que hoje estão isoladas, seja por intervenção da
agricultura ou pelo impacto das cidades, garantindo ou recuperando a circulação
da fauna local.
Partindo da
Reserva Biológica do Ibicuí Mirim até o Parque Estadual da Quarta Colônia, o
Corredor interliga áreas florestais e Unidades de Conservação que hoje estão
isoladas, seja por intervenção da agricultura ou pelo impacto das cidades,
garantindo ou recuperando a circulação da fauna local.
A Unidade
Descentralizada de Educação Superior da UFSM em Silveira Martins (UDESSM) atua
juntamente com o Projeto com a realização de ações na região nas áreas dos
cursos de Tecnologia em Gestão Ambiental, Turismo, Agroindústria e
Administração. A Instituição vai partir para ações sustentáveis dentro daquela
área, além do monitoramento da recuperação e coleta de dados.