O Estatuto do Idoso foi
sancionado em 2003, com o objetivo de garantir os direitos de pessoas com mais
de 60 anos, além de promover a inclusão social dos mesmos. Com o Estatuto, os
idosos tiveram reafirmados os direitos constitucionais, como acesso a saúde, a
cultura, ao lazer e ao transporte. No entanto, boa parte da população
desconhece esses direitos.
Pensando nisso, em 2008
alguns alunos do curso de Direito buscaram uma alternativa para que os idosos fossem
melhor informados sobre seus direitos. Com o apoio da professora Drª Isabel
Christine De Gregori, atual chefe do Departamento de Direito, um grupo foi
criado para promover atividades junto aos idosos, intitulado A busca pela efetividade e aplicabilidade do
Estatuto do Idoso. As primeiras atividades foram desenvolvidas no
Acampavida, evento que acontece anualmente com o apoio do Centro de Educação
Física e Desportos (CEFD), através de oficinas e exposições dos principais pontos do
Estatuto do Idoso.
Isabel destaca que
durante as primeiras atividades, houve o conhecimento de um público que
necessitava de esclarecimento do que estava preconizado no Estatuto do Idoso.
Após a participação no Acampavida e o positivo retorno, foi feita a formatação
de um projeto de pesquisa e de extensão. E em 2009, o projeto foi efetivamente
aplicado. Então, foi feito o levantamento e o mapeamento dos grupos de idosos
cadastrados no Núcleo Integrado Estudos e Apoio a Terceira Idade, o NIEATI. Em
2011, o projeto foi contemplado com o Programa de Extensão Universitária, o
ProExt, que destina recursos a projetos de extensão de instituições públicas de
ensino superior.
A fim de melhor
promover o assunto entre o público alvo, o grupo aplicou questionários para
avaliar o conhecimento dos idosos em relação ao Estatuto do Idoso e assim,
definir linhas a serem abordadas durante as atividades. A acessibilidade no
transporte, o sistema previdenciário e questões ligadas a violência –
sobretudo, moral – foram escolhidos como temas prioritários. Para sanar as
dúvidas mais frequentes em relação a estes assuntos, o grupo promove atividades
interativas para que os idosos entendam de forma lúdica as principais ideias do
Estatuto. Os alunos também confeccionam cartilhas e folders para melhor
compreensão do assunto.
O projeto conta em
média com 10 alunos envolvidos. Isabel ressalta que a participação em projetos de extensão é de extrema
importância no crescimento pessoal e profissional para os discentes. Para a
professora “atividades de extensão propiciam aos alunos o contato com a
realidade que será enfrentada por eles como egressos”.
