O dia 15 de abril foi escolhido como o Dia Nacional da
Conservação do Solo. A data foi uma homenagem ao nascimento do conservacionista
estadunidense Hugh Hammond Bennett (1881–1960), considerado o “pai da
conservação do solo”. O objetivo em criar um “dia” para a conservação do solo é
estabelecer a importância desse recurso natural para a manutenção da vida na
Terra.

Conforme análise de pesquisadores do Departamento de Solos do
Centro de Ciências Rurais (CCR), nos últimos anos, importantes técnicas
agrícolas têm permitido ganhos sucessivos de produtividade, dando suporte
econômico ao desenvolvimento do país. Entretanto, parte do benefício ocorre em
prejuízo à manutenção da sustentabilidade dos solos e da sua conservação. O
uso, o manejo e a conservação do solo e da água devem ser baseados na exploração
da sua capacidade de gerar renda em sintonia com a sua funcionalidade que o mesmo
apresenta às demandas ambientais e sociais.

A ciência do solo desenvolve conhecimentos em práticas de
uso, manejo e conservação do solo que aumentam a produtividade e que reduzem os
problemas ambientais. Entretanto, alguns princípios fundamentais da conservação
do solo têm sido esquecidos, como, por exemplo, o uso conforme a aptidão das
terras, o incremento da cobertura solo com plantas vivas ou mortas, o aumento
da infiltração, o controle do escoamento superficial, etc.

Estes são preceitos de grande importância que têm causado
prejuízos, tanto para os agricultores (erosão e secas, por exemplo) como para a
sociedade (por exemplo, contaminação da água e a emissão dos gases do efeito
estufa do solo para a atmosfera). Desta forma, a ciência do solo estuda os
processos do solo, mas que têm reflexos na atmosfera, na biosfera e na
hidrosfera.

Entender para proteger. Este é o interesse daqueles que
trabalham na ciência do solo e buscam melhorar e disseminar o conhecimento em
solos, tanto do ponto de vista produtivo, como também dos serviços ambientais
que ele oferece.