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Professora Cristiane Fuzer é vencedora da categoria Projeto Comunitário RS



"É muita emoção encerrar o ano de 2013 com este prêmio, que dedico à cidade de Santa Maria. Ele vem para amenizar um pouco toda a dor que a cidade passou. Passa um filme na nossa cabeça, e também lembro muito da minha avó, que foi minha primeira mediadora de leitura, e acredito que onde quer que ela esteja, está olhando por mim", destacou emocionada a professora Cristiane Fuzer, vencedora na categoria Projeto Comunitário RS do Prêmio RBS de Educação, com o projeto de extensão Ateliê de Textos. A premiação foi realizada no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, a partir das 16h desta segunda-feira (2).  

O Ateliê de Textos existe desde 2011. Atualmente, é formado pelas acadêmicas do curso de Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa, Carla Carine Gerhardt, Sabrine Weber, Rochele Perosa e Suélem Martins Dias; e duas alunas do mestrado em Estudos Linguísticos, Angela Maria Rossi e Letícia Oliveira de Lima, com a orientação de Cristiane Fuzer. O projeto surgiu a partir de uma Disciplina Complementar de Graduação (DCG) que Cristiane ministrava, com a proposta de pôr em prática o ensino da leitura e da escrita para que os acadêmicos vivenciem a avaliação de textos dos alunos de escolas. Foi com a iniciativa de Taciane Weber, então estudante de Letras, que o projeto se formou, para que aquele aprendizado fosse colocado em prática. Dessa maneira, não somente os futuros professores criariam maior aptidão, mas beneficiariam os estudantes mais jovens. Assim, a primeira oficina foi levada ao Colégio Estadual Edna May Cardoso, localizado no bairro Camobi.

Em 2013, as integrantes do Ateliê de Textos trabalharam com a Escola Estadual Prof. Margarida Lopes e a Escola Estadual de 1º Grau Celina de Moraes. O Ateliê planeja as aulas durante o primeiro semestre do ano, e no segundo coloca tudo em exercício uma vez por semana nas escolas, com estudantes do sexto ao nono ano. No momento, passam pela etapa final de revisão dos textos. Porém essa é apenas uma das várias vezes em que as obras são discutidas pelo grupo.

Cristiane explica como o processo geralmente ocorre: uma das integrantes vai à escola e dá sua aula. Ela pode, por exemplo, trabalhar com a questão de contar histórias e fazer a releitura de um conto de fadas, em que o aluno insere elementos de seu mundo, modernizando-o. A professora que ministrou a aula, leva a primeira versão do texto à reunião do Ateliê, com um “bilhete orientador” de resposta ao aluno já feito antecipadamente, com suas observações para cada texto.

Entre as discussões no grupo, e a orientação de Cristiane, o bilhete é modificado para ser mais acessível ao jovem. Esse é o outro lado do projeto, o aprendizado das acadêmicas, pois elas também reescrevem seus bilhetes. Em outra das etapas, é feito um feedback coletivo. A professora coloca os textos em um projetor multimídia, sem os nomes. Para preservar a auto-estima do aluno, é entregue uma folha de ofício em que cada um coloca as qualidades e “o que precisa melhorar” no texto. Assim, surgem vários elogios, e algumas críticas construtivas. Depois, o autor recebe a folha, e pode reescrever seu texto, mais uma vez. Nas etapas finais, os alunos são levados ao laboratório de informática, para digitar suas histórias. São também eles que fazem as ilustrações do livro. "É emocionante ver o orgulho de familiares. É visível o entusiasmo dos jovens ao autografarem os livretos de contos que foram relidos e reinventados numa adaptação para o mundo contemporâneo", ressalta Cristiane. 

Cristiane ressalta que “a palavra-chave do nosso trabalho é escolha”. Ou seja, as acadêmicas escolheram trabalhar no projeto e se dedicar a ele, assim como os participantes. O curso é oferecido na escola com 25 vagas, e os alunos escolhem se inscrever e perseverar até o lançamento do livro que conclui a oficina, quando ocorre uma cerimônia com a presença de familiares e sessão de autógrafos dos autores.

Cristiane será a entrevistada da tarde deste sábado (7) do Programa Fazendo Arte Especial Vestibular, da Rádio Universidade 800AM, que tem a apresentação e produção da jornalista Rejane Miranda. 

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