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Projeto de Extensão da UFSM concorre ao Prêmio RBS de Educação



O projeto de extensão da professora do Centro de Artes e Letras, Cristiane Fuzer, chamado Ateliê de Textos, concorre ao Prêmio RBS de Educação. Divididos em “Professor de Escola Pública”, “Professor de Escola Privada” e “Projeto Comunitário” (categoria em que o Ateliê de Textos concorre), 18 finalistas aguardam a premiação final, em Porto Alegre, nesta segunda-feira (2). De acordo com Cristiane, todos os classificados receberão 1500 reais, mas concorrem ao grande prêmio de 10 mil reais para o vencedor; e 6 mil reais para a instituição a qual pertence. Se o Ateliê de Textos ganhar, há planos de usar o valor do prêmio nas escolas para a compra de livros.

Foi através da propaganda do Prêmio na televisão, vista por uma das integrantes do projeto, que a ideia de participar chegou ao resto do grupo. Após a reunião dos documentos necessários, um relatório e um curso online, necessários para a inscrição no Prêmio, o projeto foi selecionado como um dos finalistas.

O Ateliê de Textos existe desde 2011. Atualmente, é formado pelas acadêmicas do curso de Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa, Carla Carine Gerhardt, Sabrine Weber, Rochele Perosa e Suélem Martins Dias; e duas alunas do mestrado em Estudos Linguísticos, Angela Maria Rossi e Letícia Oliveira de Lima, com a orientação de Cristiane Fuzer. O projeto surgiu a partir de uma Disciplina Complementar de Graduação (DCG) que Cristiane ministrava, com a proposta de pôr em prática o ensino da leitura e da escrita para que os acadêmicos vivenciem a avaliação de textos dos alunos de escolas. Foi com a iniciativa de Taciane Weber, então estudante de Letras, que o projeto se formou, para que aquele aprendizado fosse colocado em prática. Dessa maneira, não somente os futuros professores criariam maior aptidão, mas beneficiariam os estudantes mais jovens. Assim, a primeira oficina foi levada ao Colégio Estadual Edna May Cardoso, localizado no bairro Camobi.

Em 2013, as integrantes do Ateliê de Textos trabalharam com a Escola Estadual Prof. Margarida Lopes e a Escola Estadual de 1º Grau Celina de Moraes. O Ateliê planeja as aulas durante o primeiro semestre do ano, e no segundo coloca tudo em exercício uma vez por semana nas escolas, com estudantes do sexto ao nono ano. No momento, passam pela etapa final de revisão dos textos. Porém essa é apenas uma das várias vezes em que as obras são discutidas pelo grupo.

Cristiane explica como o processo geralmente ocorre: uma das integrantes vai à escola e dá sua aula. Ela pode, por exemplo, trabalhar com a questão de contar histórias e fazer a releitura de um conto de fadas, em que o aluno insere elementos de seu mundo, modernizando-o. A professora que ministrou a aula, leva a primeira versão do texto à reunião do Ateliê, com um “bilhete orientador” de resposta ao aluno já feito antecipadamente, com suas observações para cada texto.

Entre as discussões no grupo, e a orientação de Cristiane, o bilhete é modificado para ser mais acessível ao jovem. Esse é o outro lado do projeto, o aprendizado das acadêmicas, pois elas também reescrevem seus bilhetes. Em outra das etapas, é feito um feedback coletivo. A professora coloca os textos em um projetor multimídia, sem os nomes. Para preservar a auto-estima do aluno, é entregue uma folha de ofício em que cada um coloca as qualidades e “o que precisa melhorar” no texto. Assim, surgem vários elogios, e algumas críticas construtivas. Depois, o autor recebe a folha, e pode reescrever seu texto, mais uma vez. Nas etapas finais, os alunos são levados ao laboratório de informática, para digitar suas histórias. São também eles que fazem as ilustrações do livro.

As aulas do Ateliê de Textos são ministradas principalmente pelas duas alunas bolsistas, Carla Carine Gerhardt e Sabrine Weber. No entanto, o trabalho é em equipe, e as demais integrantes fazem um trabalho de apoio, desde o planejamento das aulas até a revisão dos textos e a avaliação das dificuldades dos alunos.

Cristiane ressalta que “a palavra-chave do nosso trabalho é escolha”. Ou seja, as acadêmicas escolheram trabalhar no projeto e se dedicar a ele, assim como os participantes. O curso é oferecido na escola com 25 vagas, e os alunos escolhem se inscrever e perseverar até o lançamento do livro que conclui a oficina, quando ocorre uma cerimônia com a presença de familiares e sessão de autógrafos dos autores.

Nesta segunda-feira (2), Cristiane e todas as acadêmicas do Ateliê de Textos vão a Porto Alegre para a cerimônia final do Prêmio RBS de Educação. Os votos do júri popular serão aceitos até momentos antes do evento, por esse link.  A cerimônia será transmitida pelo canal de televisão TvCom.

Repórter: Myrella Allgayer – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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