Menino simples, ainda bem novo, tranquilo e que surpreende por sua capacidade e facilidade que tem diante a Matemática. Marcelo Rossato, aluno do curso de Engenharia Mecânica da UFSM, tem tamanha capacidade de entendimento lógico que, com 17 anos, foi convidado para participar de um reality show “Mentes brilhantes”, transmitido pelo canal de televisão National Geographic Channel.
Santa-mariense, nascido em 10 de março de 1996, o menino demonstra sua velocidade de entendimento numérico fazendo contas complicadas em questão de pouco tempo. Para ele, é algo fácil, algo lógico. E esse apreço pelos números veio desde pequeno. Filho de Isabel e Vilmar Rossato, um casal vindo de Ivorá (interior do RS), Marcelo conta que sempre reconhecia os números, e muito pequeno já fazia contas com bastante velocidade. Até apelidos como o de “o matemático” o menino disse que recebia, em encontros familiares, nos quais sempre havia pedidos para que Marcelo fizesse contas.
Estudou no Colégio Fátima até a quarta série, e, a partir da quinta série, Marcelo passa na Escola Militar de Santa Maria. Nesse período, que durou até o início deste ano, participou de clubes de estudos e de desafios e competições. Olímpiadas brasileiras de Física, Química, Astronomia e Matemática são alguns desses desafios, que premiaram o menino. O último realizado, o maior desafio, a Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) rendeu ao menino o primeiro lugar nacional e uma viagem ao Rio de Janeiro para receber a premiação. Em meio às viagens para receber alguma premiação, o “matemático” fez contatos e amizades que duram até hoje.
No primeiro semestre de 2013, ingressa na UFSM. Por passar em primeiro lugar, Marcelo foi chamado de “zero um” por seus colegas, algo que não o incomoda, e até é engraçado. Nesse período de graduação, ele fica desde o início da manhã até o final da tarde no campus da Universidade. Faz cadeiras do curso de Engenharia Mecânica e também do curso de Matemática, deixando evidente sua intimidade com os números.
O “zero um” da Mecânica não sentiu grande impacto na mudança do ensino básico para o ensino superior, mas acha interessante a forma como conteúdos são discutidos. Há mais interação, não apenas o copiar fórmulas do colégio, mas uma produção de saber. “Nós mesmos construímos o conhecimento”. Desde o início do curso, Marcelo participa de grupos de pesquisa, o que possibilitou aprendizado, contatos e possivelmente a vaga no reality. O menino foi escolhido, quando um pedido da Coordenadora da OBMEP do RS, Elizabeth Ferreira, perguntou para o coordenador do grupo de estudos de Marcelo sobre a possibilidade de participação no reality.
Em horas vagas, Marcelo procura sair com os amigos e ficar em casa. O garoto não estuda para “se dar bem” no curso, diz que entende rápido, afinal, são números e uma questão de lógica.
Foto de capa: Ítalo Padilha.
Repórter: Guilherme Gabbi – Acadêmico de Jornalismo.
Edição: Lucas Durr Missau.