A UFSM, por meio do Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas (Lasca) e com parceria da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), realizará escavações em uma área do pátio do Museu Gama d’Eça. O projeto foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e tem como objetivo descobrir possíveis vestígios das ocupações que deram origem à cidade de Santa Maria.

A iniciativa será coordenada por André Luis Ramos Soares, professor do Departamento de História da UFSM e doutor em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, o projeto visa escavar uma parte pequena do jardim do museu. “Nossa esperança é que tenha algo do acampamento da fundação da cidade, isso remeteria ao século 18”, explica o professor.

O cronograma completo das escavações ainda não foi definido e, atualmente, o pátio do Gama d’Eça está em fase de limpeza e organização. O prédio, construído em 1913, foi residência do médico Astrogildo de Azevedo, uma figura histórica e proeminente na sociedade santa-mariense. Além disso, ao longo dos anos, o local abrigou a sede da prefeitura e teve outros usos, como uma farmácia.

Diretor do Museu Gama d’Eça, Bernardo Duque de Paula explica que o jardim onde serão feitas as escavações abrigou a primeira piscina particular da cidade, sendo um espaço de convivência da família de Astrogildo. “A cidade de Santa Maria começa na (rua) Acampamento, então podem ser encontrados vestígios que remontam às primeiras ocupações estabelecidas aqui”, acrescenta.

Localizado no centro da cidade de Santa Maria, o Museu Gama d’Eça oferece ao público a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história regional e as ciências naturais, apresentando exposições relacionadas às coleções históricas, arqueologia, numismática, rochas e minerais, animais taxidermizados, entomologia e paleontologia.

Texto: Subdivisão de Divulgação e Editoração da PRE