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Projeto da UFSM é contemplado em chamada pública do CNPq para incentivo a meninas e mulheres na ciência

GuriasTec prevê 20 bolsas de Iniciação Científica Júnior para meninas de escolas públicas de educação básica



Foto colorida horizontal de grupo de 14 mulheres. Elas estão posicionadas em frente a um painel colorido e estilizado com uma mulher e um sol. Do grupo, seis estão sentadas e oito estão em pé, atrás das que estão sentadas.
Na foto, sentadas, da esquerda para a direita, as servidoras Ísis Portolan dos Santos, Vanessa Schmidt Giacomelli, Tatiana Cureau Cervo, Candice Muller, Elisandra Maziero e Renata Guerra. Em pé, da esquerda para a direita, Ana Lúcia Souza Silva Mateus, Dyana Duarte, Natália Daudt, Vanessa Sari, Rosane Brum Mello, Simoni Timm Hermes, Larissa Kirchhof, Débora Missio Bayer. Participantes não presentes na foto: Carmen Vieira Mathias (CCNE) e Nilza Zampiere (CT).

O projeto GuriasTec, idealizado por docentes e técnicas administrativas em educação (TAEs) do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) e do Centro de Tecnologia (CT) da UFSM, foi contemplado na chamada pública Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação (Camada CNPq Nº 31/2023), divulgada no dia 9. A proposta, submetida pela professora Renata Rojas Guerra, conta com 23 colaboradoras em sua elaboração, incluindo servidoras do CCNE, CT, Centro de Educação (CE), Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH) e Coordenadoria de Ações Educacionais (CAED). 

 

A Chamada do CNPq apoia iniciativas que contribuem de modo significativo para o desenvolvimento científico-tecnológico e a inovação no Brasil por meio do estímulo ao ingresso, à formação, à permanência e à ascensão de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. O programa tem como objetivo viabilizar experiências construtivas e democratizar a ciência, e se destina a estudantes de escolas públicas, especialmente as que vivem em situação de vulnerabilidade. 

 

Com vigências de três anos, o projeto prevê a oferta de 20 bolsas de Iniciação Científica Júnior (ICJ) para estudantes de Ensinos Fundamental e Médio. Professoras da educação básica e discentes de iniciação científica, pós-doutorado e divulgação científica de escolas também concorrem. A seleção será feita pelas instituições de ensino participantes mediante edital, com critérios a serem estabelecidos conjuntamente. Estão reservadas 40% das vagas para meninas negras ou indígenas.

 

Para quem já está no Ensino Superior, haverá ações e oportunidades específicas na UFSM, com espaços coletivos de acolhimento e discussão sobre gênero, assédio, racismo, violência, entre outras temáticas. No pós-doutorado, o plano de trabalho abarca o mapeamento da desigualdade de gênero e raça em nível regional. Essas questões serão estudadas e disseminadas pela divulgadora científica escolhida pelo edital.

 

Estão envolvidos no planejamento, ainda, o Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal de Santa Maria, o Colégio Estadual Professora Edna May Cardoso e as escolas municipais de Ensino Fundamental (EMEF) Diácono João Luiz Pozzobon, Adelmo Simas Genro e Pão dos Pobres Santo Antônio. Para cada escola, serão destinadas cinco bolsas e a tutela de um(a) docente. Além das bolsistas, todas as meninas serão incluídas em atividades a serem desenvolvidas.

 

Conforme a professora Débora Missio Bayer, integrante do projeto e associada ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA) do CT, essa é uma chance de mudar o cenário da ciência e da educação superior. “As áreas das ciências exatas, engenharia e computação possuem minoria feminina, que fica menor ainda se pensarmos em mulheres negras e indígenas. Muito disso se deve a não noção de pertencimento que as meninas têm nesses ambientes”, afirma. 

 

Débora ressalta que essa minoria feminina fica ainda mais destacada quanto às mulheres negras e indígenas e que, nesse contexto, o projeto representa uma vitória significativa para mulheres, docentes e TAEs da UFSM. “Ao criar oportunidades de desenvolver essas habilidades e confiança nas meninas, por meio de uma parceria com escolas públicas, especialmente em regiões de vulnerabilidade social, conseguiremos estimular esses potenciais. Esperamos que, a médio e longo prazo, mais mulheres ocupem e liderem esses espaços, contribuindo para um futuro mais diverso e inclusivo”, conclui.

 

Texto: Kemyllin Dutra, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Fotos: Maria Eduarda Pedroso/ Arquivo Pessoal

Edição: Maurício Dias, jornalista

Foto colorida horizontal de grupo de seis mulheres posicionadas em frente a um quadro com vários símbolos da Universidade, como o Jardim Botânico e o Cappa. Do grupo, duas estão sentadas mais à frente e as outras quatro estão sentadas atrás das primeiras.
Na foto, da primeira fila, da esquerda para a direita, as servidoras Eliane Cristina Amoretti e Lais Helen Loose. Na segunda fila, da esquerda para a direita, Evelyn Paniz Possebon, Marcia Pasin, Andrea Schwertner Charão e Jaqueline Quincozes da Silva Kegler
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