No último sábado (19), chegou ao fim a 71ª edição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), com participação de equipes da UFSM. Neste ano, a competição aconteceu em Brasília e contou com a presença de 7 mil estudantes de todo o país. A delegação da universidade foi formada por 71 pessoas, entre atletas, treinadores e responsáveis técnicos. Representou Santa Maria e o Rio Grande do Sul em sete esportes: atletismo feminino e masculino, modalidade acadêmica, basquete feminino, futsal masculino, handebol masculino, voleibol masculino e tênis de mesa feminino, masculino e misto.
A estudante Maria Rita Piekas, do curso de Sistemas de Informação da UFSM, conquistou a medalha de ouro no salto com vara. No entanto, o grupo santa-mariense de atletismo acabou em 12º geral nos dois naipes.
Nos esportes coletivos, o time masculino de handebol da UFSM foi o único a chegar ao pódio neste ano. Com vitórias sobre o Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), do Rio de Janeiro, e a Universidade Vila Velha (UVV), do Espírito Santo, além do empate com o Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), do Mato Grosso do Sul, os guris da UFSM avançaram à semifinal. Entretanto, a equipe foi derrotada na revanche contra os capixabas e conquistou a medalha de bronze da 3ª divisão com mais um triunfo sobre os sul-mato-grossenses.
O elenco feminino de basquete, campeão da 3ª divisão dos JUBs na temporada passada, terminou a 2ª divisão deste ano em 4º lugar. Na modalidade acadêmica, a universidade ficou de fora da lista de classificação final entre instituições de ensino superior. No tênis de mesa, tanto os mesa-tenistas individualmente quanto as duplas ficaram nas últimas colocações da tabela.
No voleibol masculino, a UFSM acabou na 7ª posição da 3ª divisão e, no futsal masculino, a equipe de Santa Maria terminou em 7º lugar, perdendo a vaga na 1ª divisão dos JUBs. Dessa forma, o time que representar o Rio Grande do Sul na modalidade na edição do campeonato em 2025 terá de disputar a 2ª divisão. O professor e diretor do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), Rosalvo Sawitzki, foi um dos responsáveis técnicos da delegação neste ano.
O docente afirma que, antes de falar sobre o desempenho dos elencos da instituição nos JUBs, é necessário fazer uma análise contextualizada sobre o panorama da competição. “A UFSM, uma universidade pública, gratuita e de qualidade, é uma das poucas universidades públicas que participam dos jogos com uma quantidade significativa de estudantes, que frequentam o campus ativamente”. Somando os Jogos Universitários Gaúchos, que tiveram etapas sediadas em Santa Maria em 2024, mais de 200 acadêmicos participaram das disputas.
As instituições privadas, conforme explica o diretor do CEFD, funcionam de maneira diferente. “Nelas, não há uma participação maciça no sentido de envolver os seus alunos nas diversas modalidades. Elas simplesmente contratam jogadores para a participação nos JUBs. No futsal, por exemplo, nós jogamos contra basicamente o time do Corinthians, que disputa a Liga Nacional de Futsal (1ª divisão da modalidade no país). Nós mantemos, sim, a nossa integridade enquanto instituição que participa dos JUBs dentro de uma questão ética e do princípio do direito das pessoas participarem”, destacou.
Entre instituições públicas, além do time masculino de handebol da UFSM, medalhista de bronze, apenas a equipe masculina de basquete da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) chegou ao pódio, uma vez que garantiu o título da 2ª divisão e, consequentemente, a vaga do Estado à elite. “Os JUBs, para os nossos universitários, também é sobre a expansão, a dimensão de conhecer outras realidades, outros locais e estruturas técnicas e táticas de jogo. Acredito que a qualificação profissional dos nossos atletas da UFSM aumentou bastante no sentido de expandir o conhecimento e as relações deles, que é um dos papéis da universidade”, afirmou Sawitzki.
Texto: Pedro Pereira, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Lucas Casali