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Laboratório da UFSM elabora o Plano Municipal de Riscos de Santa Maria

A iniciativa mapeia áreas de risco e sugere medidas de prevenção em três bairros da cidade



Imagem aérea do Beco do Guarani, no bairro Salgado Filho, feita por meio de drone

Mesmo antes das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio deste ano, já haviam começado os trabalhos para a construção do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). O estudo foi elaborado pela Secretaria Nacional de Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades, e conta com a parceria de 16 grupos de pesquisa em universidades ao redor do país. No Rio Grande do Sul, a UFSM e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul são responsáveis pelo projeto.

Na UFSM, o plano foi desenvolvido pela equipe do Laboratório de Geologia Ambiental (Lageolam) e coordenado pela professora Andréa Nummer, que apontou as finalidades do PMRR. “Esse estudo busca avaliar as áreas de risco no município e fazer um mapeamento para que a gestão pública coloque em prática medidas para mitigar essas irregularidades”, explica. Além de Andréa, o grupo é composto por Luís Eduardo Robaina, Romário Trentin e Rinaldo Pinheiro, professores da UFSM, com a participação de Antonio Dotto, Juliane dos Santos, Maria Giovanna Torquato e Marco Soares, bolsistas de graduação e pós-graduação.

Até o momento, o grupo trabalhou em áreas periféricas em três bairros do município: No bairro Noal, as vilas Lídia, Arco-Íris e Chaminé foram visitadas; no bairro Urlândia, a Vila Santos; e no bairro Salgado Filho, os becos do Guarani e Babilônia. “Nós finalizamos o relatório dessas áreas e enviamos para Brasília. O próximo passo é realizar uma reunião com o comitê gestor a fim de elaborarmos as próximas etapas do plano para outras comunidades periféricas”, revela Andréa.

Equipe do projeto examina in loco diferentes bairros da cidade

Do método à medida

Em Santa Maria, a metodologia utilizada nos mapeamentos une duas vertentes: a tecnologia e o social. Andréa conta que, inicialmente, o grupo captura imagens de drone das regiões em que estão atuando, a fim de registrar áreas com degradação e riscos mais evidentes. Após, os registros obtidos são impressos em grande escala, como em um grande banner.

O fator social no projeto remete ao contato com a comunidade. A equipe que elabora o plano realiza oficinas com a população das comunidades que visitam. “Enquanto fazemos o voo de drone, vamos conversando com as pessoas e convidando para a oficina, que geralmente acontece nas escolas municipais de cada bairro. Nós também utilizamos carros de som para divulgar as oficinas”, conta a coordenadora do PMRR.

“Nessas oficinas, as pessoas observam as imagens recolhidas pelo drone e marcam algumas partes da comunidade que elas identificam como problema. Depois disso, visitamos esses locais, fazemos registros fotográficos e escritos”, descreve Andréa. A última etapa do processo analítico é reunir as informações e categorizar o grau de risco da área visitada. Nos casos mais graves, a equipe do PMRR sugeriu medidas de prevenção, redução e erradicação dos perigos identificados.

Entre as prioridades, esteve a análise da situação dos córregos

Resquícios da enchente

O cronograma elaborado para a execução do projeto foi finalizada em março de 2024, dois meses antes do evento climático extremo que acometeu o Estado. Andréa comentou sobre os riscos que se acentuaram devido à enxurrada. “Depois de maio, algumas áreas que antes não se encaixavam no grau de risco passaram a se enquadrar. Infelizmente, esses locais afetados não estavam incluídos em nosso plano de ação, mas pretendemos fazer algo fora do escopo do projeto e auxiliar essas comunidades também”, afirma a docente.

União para adaptar

A expectativa é que se crie um documento único com as estratégias e formas de mitigação que foram desenvolvidas pelas universidades parceiras. “A união das metodologias será direcionada à capacitação dos setores públicos, assim poderão manter os mapas de áreas de risco atualizados e prevenir futuras consequências de eventos extremos”, acrescentou Andréa.

O programa Editoria 107.9, da rádio UniFM, também realizou uma entrevista com Andréa sobre o desenvolvimento do plano até o momento. É possível ouvir a entrevista completa no Spotify. A comunidade também pode acompanhar os avanços do plano pelo Instagram.

Texto: Pedro Moro, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Fotos: arquivo do Lageolam

Edição: Lucas Casali

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