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“Música como disseminação de ideias”: projeto de extensão busca ensinar através da arte

O Rock&RI é um projeto de extensão organizado por estudantes e professores de Relações Internacionais



Seria possível compreender economia, sociedade e cultura através da música? Ao pensar em um modo leve de apresentar essas discussões para a comunidade, o professor Igor Castellano da Silva e seus alunos idealizaram o projeto de extensão “Rock&RI: música, contra-hegemonia e Relações Internacionais”.

Antes de se tornar um projeto de fato em 2023, Igor e os estudantes formaram uma banda com o intuito de realizar apresentações em saraus e eventos. Ele comenta que a ideia surgiu através de discussões com alguns alunos a respeito da relação da música com o que era discutido no curso de Relações Internacionais (RI).

Equipe do Rock&RI durante apresentação em Silveira Martins

Uma ideia que começou com um pequeno grupo do curso hoje conta com mais de 20 voluntários, abraçando ainda outros cursos da universidade, como o de Música e o de Publicidade e Propaganda. Além dos voluntários, o projeto conta com a participação de três professores do curso de Relações Internacionais e três bolsistas, Cauê Queiroz Santos, Wesley Mateus Gulgielmin e Lucas Conci Simões.

Música e produção científica

Atualmente o Rock&RI é dividido em três vertentes. A primeira é voltada para a discussão e divulgação cultural, com produções audiovisuais publicadas no Instagram e TikTok. Esses conteúdos são produzidos em parceria com o professor Bruno Hendler, também de Relações Internacionais.

“Tem a discussão e divulgação científica sobre música e relações internacionais e a parte de propor uma vivência. Essa vivência é um sarau musical que também tem monólogo, prosa e poesia e ao mesmo tempo também tem o audiovisual para ajudar a gente a mostrar as nossas ideias e discussões”, explica o professor Igor.

Sarau eletrônico

A segunda vertente são as apresentações da banda nos eventos e saraus. Igor explica que o sarau eletrônico surge como uma forma de, para além de poesias e monólogos, a música também fazer parte dessas apresentações. Nos saraus o grupo apresenta as músicas; depois são realizadas discussões e explicações nas redes sociais do projeto. A banda que se apresenta nos saraus não tem uma formação fixa. Os alunos se dividem de acordo com horários e disponibilidade de cada um.

Nesse ano, a equipe já participou de dois eventos: o “Artes e Luzes”, em Silveira Martins, e o Viva Campus organizado em agosto. O grupo conta que, para escolher o repertório, são selecionadas músicas que vêm da bagagem pessoal dos integrantes e, a partir disso, contextualizam a relação com as discussões de RI.

O grupo reuniu-se em agosto para apresentação no Viva o Campus

Visita a comunidades

A terceira vertente do projeto é voltada para atuar diretamente com a comunidade do Território Imembuy. Com o intuito de aprender a respeito das culturas e tradições de territórios e comunidades invisibilizadas, a equipe do projeto visita esses espaços e, invertendo os papéis, são os universitários que vão ter a experiência de aprender através da música e da cultura a que não estão habituados.

No próximo mês o grupo vai para Caçapava do Sul. Uma comunidade que o grupo visitou nesse município tem o Clube Recreativo Harmonia, um clube negro do interior do estado. “Lá tem também uma figura que é como se fosse um griô africano (…), e ele é um dos sujeitos que tem a herança do patrimônio do sopapo, que é um tambor que só existiu aqui no Rio Grande do Sul”, conta Igor.

Por que o rock?

O grupo conta que a escolha do gênero musical veio pela proximidade dos participantes com o rock. Mas, para além disso, optar pelo rock foi uma forma de deixar evidente a ideia do projeto de questionar o que está sendo definido como padrão na sociedade.

“O rock é um momento em que a gente começa a descobrir também uma leitura crítica do mundo. Por ali que a gente começa a pensar ‘não, pera aí, será que a autoridade é tão acima do bem e do mal mesmo? Será que a gente tem que aceitar aquilo que nos impõem na sociedade como valores, como dados e doutrinas dogmáticas que a gente tem que seguir?’ Então a música é um meio de despertar e o rock é um dos mais contestadores, é aquele que dá liberdade, na sua origem”, avalia Igor.

A intenção é que se tragam para o projeto outros estilos e gêneros musicais que sigam a linha de contestação da sociedade. Pois, apesar de carregar o título de Rock&RI, a proposta do projeto é que por meio da música possa ser possível questionar e compreender o que está estabelecido como norma na sociedade.

Texto: Gabriel Escobar

Edição: Lucas Casali

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