A HandUFSM, equipe masculina de handebol da Universidade, é campeã invicta da 28ª edição do tradicional torneio Aberto de Campo Bom. A conquista, inclusive, é inédita e era o único troféu no Rio Grande do Sul que os guris da Federal ainda não tinham levantado. A confirmação do título aconteceu no último sábado (21), no Ginásio Municipal de Campo Bom, onde aconteceram os jogos, que iniciaram na sexta-feira (20).

Na temporada passada, o esquadrão da Federal subiu ao topo do pódio no Campeonato Gaúcho e nos Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul (JIRGS) – este último, após ser declarado vencedor do Campeonato Municipal. Neste ano, somado ao resultado do fim de semana, o time já ganhou os Jogos Universitários Gaúchos (JUGs) e irá aos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) em Brasília, no mês de outubro.

Placares rumo à glória

HandUFSM 22 x 15 Feevale, de Campo Bom,
HandUFSM 18 x 11 Liga Atlética, de Campo Bom,
HandUFSM 19 x 12 ACF, de Canoas;
HandUFSM 21 x 14 AECB, de Campo Bom.

O plantel universitário ainda teve cinco atletas eleitos na seleção do torneio:
Goleiro: Pedro Roso;
Armador-direito: Guilherme Londero;
Armador-esquerdo: Guilherme Mengue;
Ponta-direito: Leonardo Zanetti;
Ponta-esquerdo: João Vitor Oliveira.

Evoluindo a cada passo

O Aberto de Campo bom é uma competição em que, no universo esportivo, pode ser definida como de “tiro curto”. Ou seja, mais partidas são realizadas, mas com um período menor de tempo – neste caso, dois períodos de vinte minutos cada. “A gente mudou o treinamento nos últimos dias para esse tipo de enfrentamento. Tivemos quatro jogos e quatro vitórias.”, avalia o diretor e auxiliar técnico da HandUFSM, Lucas Machado.

De acordo com o dirigente, a ideia deste tipo de certame é treinar variações na escalação, buscando ter mais possibilidades com foco no principal objetivo do time: manter o título do Campeonato Gaúcho em Santa Maria. Entretanto, a longo prazo, o esquadrão pensa em alçar voos ainda maiores: “era a última competição que a gente ainda não tinha dentro do circuito estadual, entre as que podemos fazer parte. Batemos na trave uma vez, mas hoje fechamos o cenário, estamos com todos os títulos conquistados. Daqui para frente, tentaremos só subir nosso nível, tentar ir para um campeonato nacional, continuar melhor e chegar nessas condições. Essa é a nossa ideia para as próximas temporadas”.

Os guris da Federal voltam às quadras já neste fim de semana, pelo Campeonato Gaúcho, e em território santa-mariense. No sábado (28), às 20h, a equipe enfrenta a Liga Atlética, de Campo Bom que, segundo Machado, “é um adversário que está usando o Estadual para preparar um time para o Campeonato Brasileiro Júnior do ano que vem”. Embora a ideia dos rivais seja ganhar experiência, o diretor técnico garante que isso não diminui a dificuldade dos donos da casa.

No domingo (29), a HandUFSM encara a ACF, às 11h. “É uma equipe totalmente diferente, mais experiente, mais pesada, com o jogo mais cadenciado. São dois cenários diferentes que iremos enfrentar”, avaliou. Os jogos acontecem no ginásio do Sest Senat de Santa Maria, que fica localizado na Rua Cidade de Treinta y Três, 59, no Bairro Nossa Sra. de Lourdes. A entrada é gratuita.

Cenário desafiador

A divisão feminina de handebol da UFSM também deu as caras no 28º Aberto de Campo Bom, mas sem tanto sucesso quanto à categoria masculina. O elenco acabou sem conseguir vitórias na competição, embora tenha ficado a um gol de diferença de dois esquadrões oponentes. A AECB, agremiação da casa, conquistou o título do tradicional certame.

Confira abaixo os resultados das representantes da Universidade.
ATHB, de Torres 21 x 10 UFSM;
ACF, de Canoas 13 x 12 UFSM;
AECB, de Campo Bom 32 x 9 UFSM;
Feevale, de Campo Bom 15 x 14 UFSM.

Na visão da treinadora Ysadora Freitas, participar da competição serviu para que o plantel seguisse acumulando experiência em torneios intermunicipais. “Jogamos mais uma vez com equipes grandes e melhores que a gente, que jogam o Campeonato Gaúcho e o Campeonato Brasileiro”. A comandante brinca que, contra a AECB e a ATHB foi quase um “Estadual parte 2”, uma vez que os placares foram mais largos a favor das rivais, assim como no “Gauchão”.

Ysadora, de qualquer forma, afirma que o trabalho não para por aqui: “os desafios precisam ser assim para que cresçamos mais enquanto equipe. Fizemos frente com duas equipes e infelizmente caímos pela diferença de uma bola, mas estamos aprendendo muito e amadurecendo a cada partida. Agora seguiremos trabalhando forte para buscarmos melhores resultados na 2ª fase do Campeonato Gaúcho”.

Texto: Pedro Pereira, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Diego Michel e Guilherme Werlang/Divulgação
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista