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Noite do Xis apresenta a cultura brasileira e gaúcha para intercambistas

Atividade realizada pela SAI, em parceria com a Escola de Samba Unidos do Itaimbé, levou o ritmo brasileiro e o sabor gaúcho para os estudantes



A sede da escola Unidos do Itaimbé recebeu mais de 20 intercambistas, que saborearam um dos pratos típicos do Rio Grande do Sul

A Secretaria de Apoio Internacional (SAI) da UFSM realizou na quarta-feira (18), em parceria com a Escola de Samba Unidos do Itaimbé, a segunda edição da Noite do Xis. O encontro ocorreu na sede da escola, no bairro Nossa Senhora do Rosário, e contou com a presença de mais de 20 intercambistas da UFSM, vindos dos seguintes países: Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, México, Moçambique, Paraguai e Uruguai.

Além da culinária gaúcha, os estudantes realizaram atividades de percussão e dança para conhecerem o samba. As oficinas foram ministradas pelos integrantes da Unidos do Itaimbé, como a rainha de bateria da escola e do Carnaval do Rio Grande do Sul, Giullia Ercolani.

Visão de quem vem de fora

A chilena Antonia Clavo cursa Licenciatura em Música e está há duas semanas em Santa Maria. Para ela não foi difícil se adaptar à cidade, tanto pelo acolhimento da universidade quanto por ter outros intercambistas que também falam espanhol. Apesar dos desafios, ela destaca o apoio que tem recebido durante o período tanto na parte acadêmica quanto em aspectos pessoais, como a socialização.

A atividade também permitiu que a violinista e cantora visse e ouvisse de perto a música brasileira. “Como estudante de Licenciatura em Música é muito proveitoso. Eu conhecia um pouco da música brasileira, mas nada se compara a estar aqui e viver a música na sua origem a partir das pessoas que a praticam, ainda mais nesse cenário, acompanhada com um xis, é muito bom”, afirma.

Farida Sequeteiro está em Santa Maria desde o ano passado para realizar o seu Doutorado em Comunicação. Esta é a segunda vez em que participa da Noite do Xis. Na primeira, ela foi um dos destaques na atividade de dança. A estudante de Moçambique conta que, além da língua portuguesa, o Carnaval também faz parte da cultura do seu país. Sua cidade, Quelimane, é conhecida como “pequeno Brasil” pela sua festa inspirada nas tradições brasileiras. No entanto, o frio e a diferença culinária entre os países foram características mais difíceis de lidar. Apesar disso, ela se tornou apreciadora do churrasco e do guaraná.

A segunda edição da Noite do Xis combinou comida e música para criar uma noite tipicamente brasileira

Apesar de gostar de viver no Brasil e já ter visitado outras cidades gaúchas, como Caçapava do Sul e Gramado, Farida conta que aqui ela se deparou com um problema que não encontrava em seu país e continente, onde a maioria da população é negra: o racismo. “Ser mulher e ser preta são duas lutas diárias que eu tenho que enfrentar por aqui. Claro que há pessoas muito boas, fiz muitos amigos, mas nem todos os dias são bons. Mas luto todos os dias porque quero voltar para casa com o meu diploma”, relata.

Responsabilidade de apresentar e representar o Brasil

Angélica Iensen, responsável pelo núcleo de acolhimento a estrangeiros e secretária executiva bilíngue da SAI, destaca que essa é uma das atividades de acolhimento que são realizadas durante todo o semestre para os alunos estrangeiros. O objetivo é apresentar a cultura brasileira em seus aspectos mais famosos internacionalmente, como samba, carnaval e futebol, e também a cultura gaúcha. Como Santa Maria possui o título de “Cidade do Xis”, o prato passou a ser uma atração para os visitantes internacionais.

“Nosso objetivo é que eles conheçam o Brasil de verdade, com toda a sua diversidade. Além do samba falamos sobre os povos originários, por meio do contato com os estudantes indígenas e também sobre o tradicionalismo gaúcho”, destaca Angélica.

Para Cristiana Braga, secretária da Escola de Samba Unidos do Itaimbé, ver como os intercambistas recebem e interagem com a iniciativa é algo satisfatório. “Eles adoram conhecer a nossa cultura, tanto a brasileira quanto a gaúcha. Até os semblantes mudam quando eles escutam nossas músicas e vão descobrindo a nossa cultura.”

O processo de conhecer a cultura brasileira proporciona momentos inusitados. Cristiana lembra de um estudante que quis experimentar o refrigerante de guaraná. Quando ele viu a cor do refrigerante e a espuma no topo, ele achou que ela havia dado cerveja para ele, algo que ele também nunca havia tomado.

Texto: Bernardo Silva, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Fotos: Angélica Iensen e Bernardo Silva

Edição: Lucas Casali

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