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Música e integração cultural preenchem Campus Sede da UFSM no 39º Festival Internacional de Inverno

Oficinas e recitais movimentam o mundo Arco adentro nesta semana



foto colorida horizontal com músicos de orquestra sentados tocando seus instrumentos, alguns aparecem de lado e outros de costas
Ensaio da Orquestra Sinfônica do 39º FIIUFSM

Iniciado na última segunda-feira (29), o 39º Festival Internacional de Inverno da UFSM (FIIUFSM) ocorre pela segunda vez, em quase 40 anos, no Campus Sede. Em solo santa-mariense, a estreia do evento, que é um dos festivais mais antigos do Brasil, aconteceu em sua 3ª edição. 

A coordenação artística da conferência está sob comando do doutor de contrabaixo na Universidade da Geórgia Milton Masciadri. O artista relata que, embora a programação tenha sido reduzida em virtude das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês de maio, a adesão é positiva. 

Apesar da necessidade de adaptações, o professor elogia a infraestrutura do Centro de Artes e Letras (CAL) e do Campus de modo geral. “Não estamos na nossa casa, que é o Vale Vêneto, mas os concertos têm sido muito bem atendidos e, agora, há muito mais intimidade com os alunos. Nos adaptamos a horários e transporte para levar a diferentes localidades dentro da UFSM, mas não deixa de ser uma atividade muito válida e com boas salas para tocar”, afirma.

Sobre a chance de ganhar um intercâmbio de dois meses na Universidade da Geórgia que o FIIUFSM promove neste ano, o músico cita como grande vantagem o espaço de ensino musical de alta imersão. O professor menciona que aprender com mestres da Instituição e conviver com pessoas de diversos lugares do mundo é enriquecedor. 

Ritmos e oportunidades

Instrumentos de corda, de sopro e de percussão são as estrelas das oficinas oferecidas no 39º FIIUFSM. Masciadri ministra aulas de contrabaixo – que vêm sendo realizadas das 14h às 15h30 diariamente – e explica que nas atividades musicais o nível de técnica dos participantes é avaliado para que possam receber instruções de melhoramento.

Para o coordenador, a oficina visa não só promover o aprendizado dos alunos interessados como também a variedade de conhecimento. A intenção é mobilizar toda a comunidade acadêmica para a organização de concertos disponibilizados para o público geral. 

foto colorida horizontal de pessoas sentadas, a maioria de costas, tocando instrumentos. Em pé, um homem gesticula, do lado direito da foto
Alinhamento de ensaio da Orquestra Sinfônica do 39º FIIUFSM

A pianista Ana Flávia Frazão colabora com o festival há 16 anos, mas conheceu a UFSM somente nesta edição. Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), ela descreve a academia como um local de trocas que agregam para os estudantes e para os professores. “Os alunos são bem preparados, interessados. Temos várias apresentações artísticas de nível muito bom. Trabalhar com novas pessoas sempre possibilita um novo olhar, outras abordagens”, declara. 

A oficina de percussão, aplicada pelo músico da University of Wisconsin Superior Brett Jones, conquistou a estudante de ensino médio Manuela Braga: “as aulas estão atingindo minhas expectativas e o professor é muito prestativo. Eu não falo inglês fluentemente, mas ele tem uma comunicação bem clara”. Integrante do projeto social santa-mariense Orquestrando Arte, a aluna conta que sempre se interessou pela música clássica e que pretende ingressar no curso de Música da UFSM ao se formar.

Sinfonia de inspiração

O acadêmico da Escola de Música e Belas Artes do Paraná Nícolas Setnarsky veio para Santa Maria com seu colega para acompanhar o FIIUFSM. O contrabaixista conheceu o evento por meio de Masciadri e admira a trajetória do professor. “Conheci o Milton em 2020 e o considero meu avô musical. Ele foi professor de muitos professores no Brasil, então é como se, ao estar com ele, a gente bebesse direto da fonte. Se cria uma espécie de dinastia”, define.

foto colorida horizontal de dois homens sentados em um palco iluminado apenas neles, que tocam instrumentos, uma flauta e um violoncelo. O fundo é preto
Oficinas de instrumentos ocorrem durante o Festival

O professor do Departamento de Música do CAL Diogo Baggio Lima já compôs a comissão do evento por alguns anos e o reconhece como uma tradição musical que torna a música erudita mais acessível. Ele ressalta que o investimento institucional é essencial para que variados públicos tenham contato com a cultura clássica e se sintam incentivados a acompanhá-la ou estudá-la.

O técnico em Música pela Escola Superior de Teologia de São Leopoldo Felipe Schütz participa do FIIUFSM pela quarta vez. Sua história com o contrabaixo começou em 2017 e, em 2023, o jovem foi selecionado para o intercâmbio na Universidade da Geórgia. “Foi minha primeira vez fora do país e era muito bacana estar em uma instituição com instalações de primeiro mundo. Incentivo todo mundo a participar, é uma grande experiência”, indica.

Encerramento 

A semana de atividades culturais e artísticas chega ao fim nesta sexta-feira (2). A tarde inicia com o anúncio dos estudantes selecionados para realizar o intercâmbio bimestral na Universidade da Geórgia, às 14h. Ao fim do dia, às 17h, ocorre o concerto da orquestra do festival. 

À noite, haverá o concerto de encerramento, que contará com a participação de professores convidados. A apresentação acontece às 20h, no Theatro Treze de Maio, localizado na Praça Saldanha Marinho, com entrada gratuita. Demais informações estão disponíveis na página do FIIUFSM.

Nesta quinta (1º) ainda acontecem concertos no Campus Sede abertos à comunidade.

Futuro

Sobre a 40ª edição, Masciadri diz que ainda é cedo para fazer previsões quanto a local e programação, mas que certamente será promissora. “A próxima edição é um marco. São quatro décadas desta solenidade que temos mantido por tanto tempo. Podemos esperar por uma boa festividade”, conclui.

Texto: Kemyllin Dutra, acadêmica de Jornalismo, voluntária da Agência de Notícias
Fotos: Laurent Keller, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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