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Conheça a Caverna, espaço imersivo que reúne história e arte rupestre na UFSM

Localizado no Acervo Artístico do Campus Sede, o local já está aberto para visitações



foto colorida horizontal de pessoas em semicirculo
Abertura oficial da Caverna ocorreu na quinta-feira (11)

Inaugurada na manhã desta quinta-feira (11), a Caverna é um projeto multidisciplinar, que, através de elementos como tinta neon, luz negra e recursos sonoros, oferece uma imersão na era pré-histórica. As evidências históricas ajudaram o grupo responsável, liderado pelo administrador do Acervo Artístico, Rafael Happke, a retratar nas paredes de uma sala escura as artes rupestres encontradas nos diferentes continentes. Voltado principalmente para o público escolar, o projeto busca proporcionar aos estudantes que visitam o local o contato com a ciência de uma lúdica e interativa.

A Caverna já está aberta para a visitação do público em geral, durante o horário de funcionamento do Acervo Artístico (segunda a sexta-feira, das 9h às 18h). Para turmas, deve ser feito agendamento prévio através das redes sociais  ou pelo e-mail do Acervo Artístico.

Inauguração

O evento de abertura se dividiu em dois momentos. O primeiro foi um ato de solenidade, que deu as boas vindas às autoridades presentes, como a vice-reitora, Martha Adaime, o pró-reitor de Extensão (PRE), Flavi Ferreira Lisboa Filho, a coordenadora de Arte e Cultura da PRE, Vera Lúcia Vianna, e o vice-diretor do Centro de Educação, José Ribeiro, além de acadêmicos, bolsistas e voluntários participantes do projeto, que prestigiaram o evento. Já o segundo momento foi dedicado à primeira sessão imersiva da Caverna, que fez a alegria de outro grupo de convidados ilustres: a turma de 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bernardino Fernandes. 

Mas, antes de embarcar na viagem pela pré-história, a vice-reitora direcionou sua fala aos pequenos, perguntando a forma como se comunicam hoje e citando as mudanças ao longo do tempo. “A universidade é um lugar onde se produz conhecimento. E nesse local, a gente precisa transformar esse conhecimento de forma acessível, inclusiva a toda comunidade. Vocês foram escolhidos para estarem aqui hoje pela primeira vez nesse espaço. A gente agradece por estarem aqui conosco”, concluiu Martha.

foto colorida horizontal com adultos e crianças em uma sala escura com projeções coloridas nas paredes
Primeira visita foi de alunos da Escola Bernardino Fernandes

Crianças na Caverna

A turma de nove alunos foi convidada para estar presente graças ao contato em uma visita no Acervo no ano passado. Uma das professoras que acompanhou a turma, Carolina Noya, conta que a experiência com outra turma em uma exposição de fotografias havia sido muito positiva e criou um vínculo com a administração do Acervo. Agora, uma nova turma pôde visitar o local e aprender mais sobre a evolução da história. 

A professora veio trabalhando a temática na sala de aula ao longo dos dias, mas acredita que a experiência é um complemento essencial. “Além de gerar uma significância na aprendizagem do conteúdo, é uma vivência para a vida. É muito bonito, eles estão muito felizes, alegres e eufóricos. É muito importante também eles estarem na universidade e poderem transitar aqui”, destaca Carolina.

O idealizador do projeto, Rafael Happke, evidencia o papel educativo da Caverna de oferecer um espaço que muitas escolas não têm a oportunidade de criar, seja por falta de recursos ou espaço físico. Por isso, o local foi planejado, principalmente, para o público escolar, com opções de narração para turmas dos anos iniciais, ensino fundamental e ensino médio, com conteúdos apropriados para a faixa etária. 

Rafael afirma que para além de ofertar conhecimento, a equipe do Acervo também recebe em troca. “As crianças vêm visitar a universidade e aproveitam o espaço para aprender, compartilhar, ensinar. Eles nos ensinam, a cada visita que recebemos, a gente aprende bastante”, ressalta.

foto colorida horizontal com crianças em uma sala escura com projeções coloridas nas paredes
Projeto oferece imersão na era pré-histórica por meio de artes rupestres nas paredes

Surgimento do projeto

A ideia começou a partir de uma experiência feita pelo professor e coordenador do Laboratório de Arqueologia, Sociedade e Cultura das Américas (Lasca), André Luis Ramos Soares. Uma sala em desuso, tida como desinteressante por ser escura, foi o local perfeito para o professor introduzir um pouco da temática da arte rupestre para crianças que visitavam o acervo. A partir dessas experimentações, a equipe do Acervo se interessou pela ideia e resolveu fazer algumas melhorias no local, ainda com o apoio do Lasca, que, segundo Rafael, é fundamental para oferecer uma visita de maior qualidade.

Implementação 

O projeto da Caverna ainda está em andamento, e sua abertura para visitação marca o início de uma nova etapa. Mas, para torná-la possível, foi necessário o trabalho de uma equipe multidisciplinar, formada por alunos, bolsistas e voluntários, que foram responsáveis desde a parte de pesquisa das referências rupestres até a organização visual do espaço. As artes nas paredes foram feitas a partir da técnica de stencil, que facilita a pintura. O espaço escuro ganha vida com as cores neon, que brilham com o auxílio da luz negra. 

A iniciativa também contou essencialmente com o apoio da PRE, que abraçou a ideia, além das parcerias com a Casa Verônica, a Editora e a Rádio da UFSM, que também contribuíram com o projeto.

Texto: Júlia Weber, estudante de Jornalismo e estagiária da Agência de Notícias
Fotos: Ana Alícia Flores, estudante de Desenho Industrial e bolsista da Agência de Notícias, e Júlia Weber
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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