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Pesquisadores da UFSM apresentam, em e-book, estudo sobre os riscos de desastres hidrológicos no RS

Pesquisa analisa dados históricos para mapear municípios e períodos de maior incidência de eventos hidrológicos no estado



O estudo “Desastres Hidrológicos: Levantamento para o estado do Rio Grande do Sul, Brasil”, publicado como e-book, analisa dados até 2020 que apresentam a propensão do estado do Rio Grande do Sul a sofrer com desastres hidrológicos. Segundo o coordenador do grupo, Luis Eduardo Robaina, a ocorrência dos recentes alagamentos de 2023 e maio de 2024, apesar de não estarem registrados no trabalho, reforçam a afirmativa de predisposição do estado a ser afetado por esses eventos.

Desenvolvido pelo Laboratório de Geologia Ambiental (Lageolam) da UFSM, a partir de estudos prévios com a participação de estudantes de iniciação científica e pós-graduação, o livro teve como autores quatro docentes da Universidade: Luis Eduardo Robaina, Romario Trentin, Anderson Volpato Sccoti e Andrea Valli Nummer. 

Através do apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio do Programa de Internacionalização Capes-PrInt, o trabalho também conta com a co-autoria de dois docentes da Universidade do Porto (Portugal), Carlos Valdir de Meneses Bateira e Susana Pereira.

Base do estudo

Através da sistematização da ocorrência de desastres hidrológicos no estado, o livro organiza cartograficamente as informações sobre esses eventos, faz o mapeamento dos municípios mais afetados e os períodos do ano mais críticos. Esses apontamentos são permeados por parte do conceito de espaço geográfico, que analisa os processos naturais, sociais e a relação humana com o ambiente. 

As áreas de risco a desastres surgem como uma interação entre o meio natural e o meio social, ou seja, a natureza impõe obstáculos para a ocupação de certas áreas, mas são os seres humanos, ao ocupar as áreas suscetíveis, que acabam desencadeando o surgimento do risco e potencializando a ocorrência de desastre”, relata a obra.

Conteúdo do livro

Dividido em quatro capítulos, o livro aborda na primeira parte aspectos como o surgimento e a ocupação dos municípios do estado, as diretrizes legais quanto ao tratamento de áreas de risco e conceitos basilares de termos como perigo, vulnerabilidade e risco, além da classificação dos riscos hidrológicos. Já na segunda, trata de dados sobre as condições climáticas que provocam grande volume de chuva, bem como as características das bacias hidrográficas que integram o Rio Grande do Sul.

Em seguida, faz duas análises. Uma delas é temporal, que define os anos e os meses com maior número de municípios afetados pelos registros de desastres hidrológicos. Já a outra análise é espacial, que possibilita indicar a propensão de um município ser afetado, além de averiguar a perspectiva socioeconômica de enfrentamento por parte dos municípios diante desses eventos. 

Contribuição de Portugal

Os docentes da Universidade do Porto foram responsáveis por auxiliar nas discussões das temáticas abordadas no estudo, bem como contribuir com a experiência do contexto, tanto português como europeu, de trabalhar conceitos na academia e apresentar dados importantes observados para o poder público. De acordo com o coordenador do Lageolam, Luis Eduardo, no Brasil a relação com o poder público está em processo de construção se comparado com a realidade da Europa, por isso, a troca de informações permitiu uma qualificação ainda maior para o trabalho.

Importância do estudo

Para Luis Eduardo, os dados apresentados no livro são fundamentais para pensar na gestão de desastres, pois trazem um levantamento histórico da ocorrência desse tipo de evento, com indicações temporais e das localidades mais suscetíveis. É só a partir da noção de como se dá o processo até o evento em si que é possível iniciar o planejamento de medidas de prevenção e de contenção de danos, e se preparar de forma mais eficiente no futuro.

Texto: Júlia Weber, estudante de Jornalismo e estagiária da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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