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Professores da UFSM atuam no processamento de imagens de desastres obtidas por satélite

Manoel de Araujo Sousa Junior e Maria Silvia Pardi Lacruz atuam na Carta Internacional Espaço e Grandes Desastres



Até o momento, as inundações que trouxeram a calamidade pública para o Rio Grande do Sul já tiveram mais de cem imagens de satélite geradas para a Carta Internacional Espaço e Grandes Desastres (International Charter Space and Major Desastres). Essa é uma organização constituída por “agências espaciais e operadores do sistema espacial de todo o mundo que trabalham juntos para prover imagens de satélite para fins de monitoramento a desastres”. Nela atuam, desde 2008, dois professores da UFSM: Manoel de Araujo Sousa Junior, do Departamento de Engenharia Rural, e Maria Silvia Pardi Lacruz, do Colégio Politécnico.

Os países e instituições que são membros da Carta Internacional podem acioná-la a cada vez que uma determinada região do mundo é atingida por um desastre natural de grandes proporções, como inundações, deslizamentos de terra, incêndios, terremotos, avalanches e grandes precipitações de neve, tsunamis, derramamentos de óleo, ciclones, tornados e furacões, entre outros.

Quando a organização é acionada, as agências espaciais – tanto estatais quando privadas – que fazem parte dela fornecem gratuitamente imagens de satélite das áreas atingidas pelos desastres. Imagens desse tipo podem ter um valor de mercado de até US$ 4 mil. Por isso, quando disponibilizadas para os colaboradores da Carta Internacional, eles somente podem usá-las com a finalidade específica de mostrar a situação atual do desastre, a sua evolução e seus possíveis desdobramentos. As imagens das inundações em solo gaúcho podem ser acessadas aqui.

Quando acontecem inundações, como as que atualmente assolam o Rio Grande do Sul, os colaboradores da Carta podem processar as imagens para ressaltar em cores diferentes, por exemplo, o leito normal de um rio e a sua área de inundação. Existe ainda a peculiaridade de que os satélites ópticos, no caso de imagens aéreas de inundações, são frequentemente obstruídos por nuvens. Quando isso acontece, a alternativa é a criação de imagens por meio de radar.

As imagens recebidas pela Carta Internacional Espaço e Grandes Desastres são processadas por voluntários do mundo todo. Os professores da UFSM mencionados acima atuam com mais frequência processando imagens de desastres ocorridos na América Latina – com descrições em português (para ocorrências no Brasil) e em espanhol (para os países hispânicos) – e também em países lusófonos da África, embora eventualmente também processem imagens com descrição em inglês.

Manoel e Maria Silvia atuam como colaboradores da Carta Internacional antes mesmo de serem professores da UFSM, quando eram bolsistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na Coordenação Espacial do Sul, localizada no campus de Santa Maria. Atualmente, enquanto docentes da universidade, ministram disciplinas relacionadas à temática do geoprocessamento.

UN-Spider – Eles são também os dois representantes do escritório brasileiro, com sede na UFSM, da plataforma UN-SpiderUnited Nations Platform for Space-Based Information for Disaster Management and Emergency Response. Essa é uma plataforma da Organização das Nações Unidas (ONU) que facilita o uso de informação obtida no espaço para a gestão de desastres e respostas de emergência.

Com financiamento da UN-Spider, os dois professores da UFSM têm ainda uma atuação internacional ministrando oficinas de capacitação para o processamento de imagens de satélite em caso de desastres. Entre os tópicos ministrados nas capacitações, está uma lista de práticas recomendadas, entre as quais se inclui o uso de softwares livres.

Texto: Lucas Casali

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