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Retorno do processo seriado: PSS movimentou salas de aula em 12 municípios

Mais de 3.000 estudantes realizaram a prova referente ao 1º ano do Ensino Médio



Estudantes e familiares se reuniram no entorno da UFN para aguardar a abertura dos portões

Durante a tarde deste sábado (13), foi realizada a prova de abertura do Processo Seletivo Seriado (PSS), dez anos após a última edição do Programa Especial de Ingresso ao Ensino Superior (PEIES), antigo modelo de admissão por etapas. Ao todo, 3.051 estudantes do 1º ano do Ensino Médio marcaram presença em salas de aula de 11 cidades diferentes, além de Santa Maria – onde o exame foi aplicado nos prédios da Universidade Franciscana (UFN), no bairro Centro.

Em Santa Maria foram 2.115 candidatos aptos a realizarem o exame. Ao redor do Rio Grande do Sul, os inscritos foram: 134 em Cachoeira do Sul, 19 em Caxias do Sul, 124 em Frederico Westphalen, 148 em Palmeira das Missões, 91 em Passo Fundo, 38 em Pelotas, 112 em Porto Alegre, 129 em Santa Cruz do Sul, 67 em Uruguaiana. Em Florianópolis foram 48 inscritos, enquanto que em Curitiba foram 26. Os índices de abstenção do PSS1 foram divulgados em coletiva de imprensa e ficaram em cerca de 14%. Simultaneamente, ocorria a primeira prova do Vestibular no Campus Sede, em Camobi.

UFSM é o sonho

Maria Clara e Júlia aguardavam ansiosas o início das provas

A estudante Maria Clara Basso reside em Faxinal do Soturno e veio a Santa Maria prestar o PSS ao lado de sua amiga, Júlia Saidelles. Enquanto a primeira quer Medicina, a segunda tem o desejo de cursar Fisioterapia na UFSM. Para acompanhar as jovens na atividade estavam os pais da faxinalense, Marluze e Gerson.

Se preparando desde o mês de maio de 2023, Maria Clara acredita que o processo seriado é uma grande oportunidade, entre as várias disponíveis, para realizar seu sonho de ingressar na Universidade. Ansiosa em meio à rua Duque de Caxias ,esperando o portão da UFN abrir, Júlia declarou: “estou meio em dúvida quanto às expectativas, mas acredito que vá dar tudo certo”.

A mãe, Marluze, não escondeu a esperança de ver sua filha como estudante da UFSM. “Ela é muito esforçada, estudou bastante. Tá bem preparada”. A responsável, que é formada em Pedagogia pela instituição e é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural, afirma: “seria maravilhoso se ela entrasse. A Universidade, que é de muita qualidade, é o sonho de todo mundo que quer esse curso”.

O professor de história Carlos Eduardo Piassini é outro que estava acompanhando seus diversos alunos à frente da UFN, na espera da abertura dos portões. Ele revela que, por ser a primeira edição do PSS, não há muita referência para preparar os alunos. Dessa forma, o corpo docente prepara os candidatos para “atirarem para todo o lado, para que saibam se defender em qualquer situação que aparecer na prova”.

Para o professor, é importante o estudante estar preparado para todas as situações que puderem ser encontradas na prova

Para ele, o processo seriado pode ser mais benéfico para os alunos na medida que o conteúdo é segmentado e dividido. “É diferente do Vestibular, não é todo posto à mesa de uma vez só. É aos poucos, à ‘conta-gotas’, digamos assim. Dá para se preparar mais, ter mais tranquilidade e, ao mesmo tempo, ir adquirindo maturidade. Mesmo que talvez no 3º ano a pessoa faça o Vestibular e não o PSS, ela vai ter toda essa trajetória de caminhada e preparação”, contou Piassini.

PSS sinônimo de oportunidade

Segundo o Pró-Reitor de Graduação da UFSM, Jerônimo Tybusch, o PSS chega a ser “mais importante que o Vestibular”, uma vez que cria uma conexão entre a UFSM e os estudantes desde o 1º ano do Ensino Médio. “Quando o aluno faz a primeira prova, no primeiro ano, ele já sabe que existe uma universidade e que pode fazer o Ensino Superior. Então, ele quer fazer a prova também no segundo ano. A chance dele continuar estudando é muito maior do que ele ter que fazer três anos de Ensino Médio para depois pensar no futuro. A gente aumenta esse horizonte”, comentou.

A possibilidade de poder dialogar com professores os conteúdos e as formas de trabalhar também resulta em uma maior interação com as escolas, de acordo com Tybusch. Ele ainda revela que há outra questão por trás do retorno do PSS: mostrar aos jovens de periferia que eles também podem ter o sonho de cursar o Ensino Superior. Para o aluno da escola privada, que tem toda uma preparação, é um processo quase natural prestar o Vestibular. O aluno da periferia não sabe que a Universidade é para ele. Então, com o PSS a gente está lá dizendo que 50% das vagas são para quem vem da escola pública: ‘é só para vocês, não estão concorrendo com os outros’. Já no primeiro ano sabendo disso, o aluno começa a ter esperança e expectativa”, declarou o pró-reitor.

E agora?

Acerca dos próximos passos, Tybusch informa: “nós esperamos que o PSS cresça. O contato e a proximidade com as escolas de educação básica vão fazer com que o PSS1 do ano de 2025 cresça e também seja intenso”. Em 2025, os indivíduos que prestaram a primeira etapa neste ano irão prestar o PSS2 e, desta forma, o PSS3 em 2026. É nesta última fase em que o candidato escolhe o curso.

A divulgação do gabarito preliminar acontece nesta segunda-feira (15), enquanto o gabarito definitivo será anunciado até o dia 26 de janeiro. Para conferir mais informações sobre o PSS1, os interessados podem conferir o Manual do Candidato completo clicando aqui.

Texto: Pedro Pereira, estudante de jornalismo e estagiário da Agência de Notícias
Fotos: Daniel De Carli
Edição: Mariana Henriques, jornalista

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