Na última semana foi realizado o encontro de encerramento do Programa Progredir Geoparque Quarta Colônia na UFSM Silveira Martins. O programa foi financiado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS/Governo Federal) e desenvolvido pela UFSM em parceria com os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e com o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (Condesus).
Iniciado em 2022, o Progredir ofertou cursos de qualificação profissional para inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), proporcionando a conquista de novas oportunidades para geração de trabalho, renda e emprego. A operacionalização do programa foi prevista para os anos de 2022 e 2023, com aplicação financeira do Governo Federal de, aproximadamente, R$ 1,08 milhão, tendo como público prioritário mulheres entre 18 e 29 anos.
Participaram do evento de encerramento representantes e gestores da UFSM, assistentes sociais dos CRAS dos nove municípios da Quarta Colônia, egressas e egressos do programa, tutores, instrutores e proponentes de cursos, bem como cuidadoras infantis e gestores das secretarias de assistência social.
Para a responsável pelo programa junto à Subdivisão de Geoparques da UFSM, Angelita Zimmermann, nos dois anos em que o Progredir esteve atuando na região muitas (re)conexões foram estabelecidas. Além de destacar o potencial de geração de trabalho, emprego e renda, especialmente às mulheres do território, Angelita também lembrou dos benefícios de ser estudante para a saúde mental, o bem-estar social e o auto-reconhecimento dos participantes como agentes de transformação sócio-histórica no desenvolvimento do local.
Jaciele Carine Vidor Sell, coordenadora do Progredir Geoparque Quarta Colônia e uma das idealizadoras do programa na UFSM, ressaltou a importância da ação para o desenvolvimento do Geoparque e para a vinculação das pessoas com o seu território. Jaciele enfatizou o papel das mulheres para o sucesso do programa na Quarta Colônia, colocando-as em papéis de decisão e que as possibilitaram pensar e trabalhar com uma política social alinhada às necessidades do público-alvo.
O plano de trabalho do Progredir Geoparque Quarta Colônia estabelecia o prazo de dois anos (2022-2023) para a execução orçamentária e realização das formações no território. Nesse período, o programa contou com a participação de mais 3.182 moradores, distribuídos em 98 turmas e em 3.960 horas de formação. Do total de participantes, quase a totalidade, aproximadamente 87,43%, foram mulheres.
O Pró-Reitor de Extensão da UFSM, Flavi Ferreira Lisboa Filho, ressaltou as parcerias estabelecidas entre diversos atores para a efetivação do Progredir Geoparque Quarta Colônia, especialmente dos esforços entre as secretarias municipais de assistência social e os CRAS do território. Para o gestor, o cumprimento das metas estabelecidas antes do prazo previsto demonstra o empenho de todos os envolvidos no programa para o avanço das comunidades locais.
Luciano Schuch, reitor da UFSM, destacou as contribuições do Progredir para fortalecer a vinculação dos moradores com o Geoparque e para as conexões entre a universidade e a comunidade regional. De acordo com Schuch, mesmo após a conclusão do programa no território, a UFSM continuará desenvolvendo ações de extensão para o desenvolvimento regional, possibilitando o desenvolvimento local sustentável.
Além das formações, o Programa ofertava uma rede de suporte para que as/os participantes pudessem concluir suas atividades e receberem o certificado emitido pela UFSM. Todos os cursos contaram com lanches para os estudantes, kit com material didático, cuidadoras para crianças de até 6 anos de idade e, em alguns municípios, transporte oferecido para moradores de regiões distantes dos locais dos cursos.
Novas ações nos territórios da Quarta Colônia e de Caçapava do Sul
Com o encerramento do Progredir na Quarta Colônia, conforme previsto no plano de trabalho aprovado em 2021, a expectativa é que novos recursos sejam destinados pelo Governo Federal para a implementação do Progredir no Geoparque Caçapava. A previsão é que a nova fase do programa tenha início em 2024 no território, levando à população caçapavana cursos de qualificação profissional e pessoal, além de incentivar a geração de trabalho, emprego e renda no município.
Além disso, o território da Quarta Colônia continuará a ser atendido por inúmeros projetos fomentados por editais internos de extensão que envolvem extensionistas de diversos centros da instituição, bem como por meio de uma proposta de cursos provenientes de um projeto desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM, com financiamento do Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS).
De acordo com a integrante do projeto, Verenice Zanchi, serão organizados cursos de extensão para o público feminino jovem no formato híbrido, com temáticas sobre inovação tecnológica, uso e consumo das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e representatividade feminina. As novas formações terão como foco a construção de redes de apoio para jovens mulheres, fomentando o reconhecimento feminino nas áreas de inovação e tecnologia.