Arte, tecnologia e ciência, tudo no mesmo evento. Na última semana, a UFSM foi sede do XVI Simpósio da ABCiber, a Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura, que ocorreu de forma híbrida e teve como tema central: “Informação, Tecnodiversidade e Estética”. O simpósio foi voltado para debates em torno da cibercultura e sobre como a tecnologia pode ser decisiva no enfrentamento de questões sociais. O evento reuniu atividades científicas, tecnológicas e artísticas, voltadas para acadêmicos, pesquisadores e comunidade santa-mariense.
Organizado na UFSM pelo Programa de Pós-Graduação em Letras, pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, é a primeira vez que o Simpósio ocorre na Universidade. “Para nós é uma honra estar aqui na UFSM, em um evento nacional envolvendo três grandes áreas das humanidades: a Comunicação, as Artes e as Letras. Organizamos um evento com envolvimentos de artistas, exposições, palestrantes nacionais e internacionais”, conta Alessandra Barros Marassi, presidente da ABCiber.
Além das palestras, o evento teve apresentações de trabalhos que ocorreram online, contemplando pesquisadores de outras instituições e estados. “São discussões diversas, transdisciplinares, são várias áreas do conhecimento discutindo questões e suas associações com a tecnologia”, conta Evellyne Costa, docente do Programa de Pós-Graduação em Letras. A docente do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Andréia Machado Oliveira, destaca como o campo das Artes sempre esteve atento às inovações tecnológicas e hoje se atualiza sobre novas mudanças: “hoje olhamos para a Inteligência Artificial, por exemplo, mas os artistas estão sempre trabalhando com as tecnologias de sua época”, destaca.
O evento contou também com exposições artísticas que ocorreram no campus sede da UFSM e no Museu de Arte de Santa Maria (MASM). A professora do Departamento de Comunicação Social da UFSM, Liliane Dutra Brignol, destacou como o Simpósio deu um importante passo na mobilização dos temas juntos à comunidade: “pensamos em como fazer um evento que integre acadêmicos, professores, mas também ativistas, artistas e que seja mobilizador da comunidade local”. A docente ainda enfatiza: “quando a gente expande o nosso evento para outros espaços na Universidade e para outros espaços na cidade, como o MASM e a Vila Belga, a gente está de alguma maneira provocando esse diálogo com a cidade”, conta.
Dentre as conferências mais esperadas esteve a mesa de abertura denominada “Democracia e Tecnodiversidade”, que contou com a presença do professor doutor Yuk Hui, da Erasmus University Rotterdam e City University of Hong Kong. Outra participação muito aguardada foi a da ativista, Cientista da Computação, pesquisadora e hacker antirracista Nina da Hora, que participou da mesa “Ativismo e Diversidade”.
Além das trocas acadêmicas e profissionais, quem vem para o campus também se encanta com a Universidade. “É muito bom a gente poder trocar, há esse intercâmbio de conhecimentos com pesquisadores e pesquisadoras de vários lugares do Brasil e do mundo também”, destaca Laura Guimarães Corrêa, professora do Departamento de Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Veja mais na reportagem produzida pela TV Campus:
Texto: Milene Eichelberger, estudante de jornalismo e voluntária da Agência de Notícias
Ediçao: Mariana Henriques, jornalista