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JAI Mirim: crianças apresentam seus trabalhos na UFSM

Durante toda a quarta-feira (25), estudantes dos nove municípios que fazem parte da Quarta colônia mostraram suas pesquisas



Programação ocorreu em um dos prédios do CCSH

Nesta quarta-feira (25), foi realizada a segunda edição da Jornada Acadêmica Integrada (JAI) Mirim. Na ocasião, estudantes dos nove municípios da Quarta Colônia apresentaram seus trabalhos para a comunidade. O evento recebe alunos desde o Ensino Infantil até os anos finais. O evento tem como objetivo aproximar os alunos do Ensino Fundamental com a Universidade, promovendo uma grande troca de conhecimentos, além de desenvolver habilidades sociotécnicas para ambos.

A programação aconteceu no hall do prédio 74, do Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH). O espaço, que foi todo pensado e organizado para as crianças, contou com atrações como brincadeiras, lanches e, claro, a participação dos famosos dinossauros da região. 

Os trabalhos apresentados têm relação com o Geoparque Quarta Colônia Mundial UNESCO. Dessa forma, temas base são enviados às escolas por meio das Secretarias de Educação de cada município. A partir destes temas, os professores podem usar a criatividade para as produções desenvolvidas. 

Dinossauros presentes

Os alunos Gustavo Viero Vissotto e Shivani da Luz Silva, do 8º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Giuliani, de Restinga Sêca, realizaram uma pesquisa a respeito dos nove dinossauros encontrados na região e suas especificidades. O levantamento durou cerca de dois meses, entre pesquisa, ilustrações e confecção dos materiais. Como resultado final, os alunos apresentaram réplicas dos dinossauros. Foram apresentadas as características de cada um, onde viviam, idade e demais curiosidades. Os alunos contam que essa foi sua primeira apresentação na JAI, mas pretendem retornar no próximo ano com novas pesquisas. 

Geotrilha foi um dos trabalhos apresentados

A aluna Evelyn Santos, do 9º anos da EMEF Francisco Giuliani, também apresentou sua pesquisa. Seu trabalho foi uma Geotrilha, ou seja, um tabuleiro de jogo sobre cada um dos nove municípios da 4º Colônia. A turma foi dividida em grupos, que receberam um roteiro de perguntas para a pesquisa. Mais tarde, as questões foram transformadas em cartas que fazem parte do jogo. Para brincar, o participante precisa jogar o dado, se cair em uma casa amarela ele deve responder uma das perguntas. O objetivo é que, no final do ano, os estudantes possam ser avaliados, por meio da atividade, de forma divertida e prática. Evelyn contou ainda que a apresentação é uma experiência nova, mas positiva, e que no futuro sabe que momentos como esse serão importantes no seu desenvolvimento. 

A vice-diretora do Geoparque Quarta Colônia Mundial UNESCO, Michele Vestena, afirma que a Instituição já vem ao longo dos anos trabalhando a importância da educação patrimonial dentro da proposta do Geoparque, por se tratar de um dos principais pilares para seu desenvolvimento. Destaca ainda que “as pessoas que moram no território precisam conhecer o que temos, para poder valorizar”. Com isso, pode-se gerar identificação com o espaço, e por fim, sua preservação. 

“Buscamos diversas formas de inserção da educação patrimonial, desde a curricularização nas escolas dos municípios, o que faz com que os alunos tenham aulas específicas sobre o assunto uma vez na semana. Até chegar em eventos como a JAI, apresentar os trabalhos desenvolvidos nesses momentos, das mais diversas formas. Então, o que mostramos aqui é apenas uma parcela de tudo que se constrói durante o ano”, destacou Michele.

Brinquedos produzidos pelas crianças

Brincadeiras ancestrais

Nesta segunda edição, a JAI Mirim se consolida também como um espaço democrático de conhecimento, para as mais diversas faixas etárias. É o caso dos estudantes da EMEI Beija-Flor, de Faxinal do Soturno. Os trabalhos foram realizados por alunos de seis meses até os três anos de idade. Isso porque, por meio de atividades enviadas às famílias, que foram relatadas em diários, foi possível estudar os tipos de brincadeiras que os pais e avós dos pequenos realizavam na infância. Mais tarde, foram produzidos alguns dos brinquedos mencionados nos textos. E o resultado foram inúmeras brincadeiras com as crianças. 

“Atividades como essa fazem com que os familiares também se sintam valorizados pelos filhos e netos, além de aproximar as gerações entre si, e desenvolver um contato maior das famílias com a escola. Durante as atividades, os ancestrais puderam relembrar sua infância, retomando suas memórias e repassando conhecimentos também”, relatou a diretora da escola, Liselene Barichelo Barbosa.

O evento não conta com avaliações e premiações, pois os estudos apresentados possuem caráter educativo e de desenvolvimento dos estudantes. 

Texto: Tatiane Paumam, acadêmica de Jornalismo, voluntária da Agência de Notícias
Fotos: Ana Alicia Flores, acadêmica de Desenho Industrial, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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