Ir para o conteúdo UFSM Ir para o menu UFSM Ir para a busca no portal Ir para o rodapé UFSM
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Núcleo de estudos da UFSM participa de reuniões com a ministra da Igualdade Racial

Neabi foi convidado para eventos e entregou à ministra seu Plano de Ação



foto colorida horizontal com um grupo de pessoas em pose para foto em um ambiente interno. Alguns estão agachados. Em pé há um indígena com cocar.
Comitiva do Neabi-UFSM com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da UFSM foi convidado para participar de duas agendas com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que esteve em Porto Alegre na segunda-feira (14) para discutir a questão racial e o combate ao racismo no estado. A ministra participou de debate com a sociedade civil, que contou com representantes dos movimentos sociais negros, indígenas, quilombolas, Neabis, entre outros coletivos representados, e do evento Julho das Pretas, realizado do Auditório da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no qual debateu sobre os desafios atuais das mulheres pretas no poder.

A partir do convite, o Neabi-UFSM formou uma comitiva composta por participantes do núcleo de estudos para ir a Porto Alegre. Foram 12 integrantes: alunos estudantes do movimento negro, indígenas, quilombolas, além de professores, técnico-administrativos em educação e participantes externos.

No primeiro evento com o Ministério da Igualdade Racial, o professor Anderson Luiz Machado dos Santos, um dos coordenadores do Núcleo e docente da Instituição, e o estudante de Direito Xainã Pitaguary, compuseram a mesa de debates, juntamente com Anielle Franco, deputados, lideranças de povos de axé, vereadores, lideranças quilombolas e do movimento negro do estado.

Durante o evento, as falas dos convidados ressaltavam a luta do povo negro e as dificuldades enfrentadas no cotidiano, além de enfatizar a importância de políticas públicas voltadas para a população negra e indígena. Também se ressaltou a luta diária da mulher negra, na perspectiva de incentivar o feminismo negro para dar continuidade a luta dos ancestrais que vieram antes de nós.

Para corroborar ainda mais com essas falas, ocorreu o encerramento do Julho das Pretas, mês em que aconteceram diversas ações com o enfoque nas mulheres negras, visando fortalecer a ação política coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade. A ação foi criada em 2013, pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, sendo celebrado no 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha.

As falas das lideranças negras em ambos os eventos, mas principalmente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destacaram as Instituições de Ensino Superior do Estado e evidenciaram a importância do negro estar e ocupar o seu lugar dentro dessas Instituições.

O professor Anderson dos Santos ressaltou a importância da participação do Neabi-UFSM em eventos como esse, para dar ainda mais força aos
estudantes, e que o núcleo luta por uma universidade mais democrática, plural e popular. Além disso, o professor afirma que “a lei de cotas vem mudando o cenário das instituições de ensino superior do país, mas há muito a se fazer para que os nossos corpos, nossos territórios, nossos saberes negros e indígenas estejam em plenitude nas universidades públicas do Brasil”.

Entrega do Plano de Ação

Antes da plenária, a comitiva da UFSM encontrou-se com a ministra da Igualdade Racial, ocasião em que o coordenador do Neabi-UFSM fez a entrega do Plano de Ação do Núcleo e solicitou apoio do ministério para que novas políticas de ação afirmativa se implementem na UFSM. A ministra tirou fotos e conversou rapidamente com os membros do grupo.

No plano de ação entregue à ministra é citada a reestruturação do Núcleo, que vem sendo trabalhada desde 2021, assim como propostas que visam à permanência de estudantes negros e indígenas na graduação e pós-graduação, discussão de processo seletivo específico para comunidades quilombolas, bem como da Política de Promoção da Equidade Étnico-Racial na Instituição, a qual deve permear o ensino, a pesquisa, a extensão e as formas de gestão na Universidade.

A técnica-administrativa e também coordenadora do Neabi-UFSM Ângela Sousa relata que a partilha desses saberes e essas mudanças de narrativas, dialogando com políticas públicas de permanência e assistência estudantil, podem promover uma instituição antirracista e menos eurocêntrica.

A avaliação dos coordenadores é de que o convite feito ao Neabi demonstra a força e a importância do núcleo de estudos, não só para a Instituição, mas também para a sociedade.

Com informações e foto de Willian da Silva

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-1-63337

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes