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UFSM recebe a iniciativa “Nem Tão Doce Lar” para promover discussão sobre violência doméstica

Parceria entre a UFSM e a Fundação Luterana de Diaconia realizou oficinas e exposição na Antiga Reitoria



Rogério Oliveira de Aguiar conduz as oficinas de formação

Nos dias 29 e 30 de junho Santa Maria recebeu o projeto itinerante “Nem tão Doce Lar”, que percorre cidades brasileiras para combater a violência doméstica por meio de oficinas de formação e exposições. A iniciativa é realizada pela ONG Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e veio para a cidade por meio de uma parceria com o Grupo de Estudos Feministas Elas, do Centro de Educação da UFSM.

Esta é a segunda vez em que o município recebe a Nem Tão Doce Lar e as atividades ocorreram no auditório do prédio da Antiga Reitoria da UFSM. O objetivo é ajudar a população a identificar os sinais de violência.

“É justamente para tornar público essa temática, que muitas vezes é varrida para debaixo do tapete. Esse precisa ser um tema prioritário para a sociedade, porque é crescente o número de casos de violência doméstica, e isso que nós trabalhamos com subnotificações. É um processo muito mais de sensibilização, reflexão e conscientização”, explica Rogério Oliveira de Aguiar, assessor de projetos da FLD.

Oficinas de formação

Na quinta-feira (29) foram realizadas oficinas de formação que abordaram tanto o aspecto doméstico quanto o aspecto de gênero destas violências. Os participantes da oficina são capacitados como acolhedores que podem atuar como “guias” na exposição do projeto, dialogando com os visitantes.

Ao todo foram oito horas de estudo, em que os participantes discutiram sobre as etapas do ciclo de violência, masculinidades saudáveis, e a importância da efetivação de políticas públicas e das redes de apoio para o enfrentamento da violência.

“Foi um momento bem participativo com as pessoas que participaram, porque a gente faz a formação nessa perspectiva de que seja uma roda de diálogo, uma roda de conversa onde as pessoas interagem. Por isso trazemos algumas temáticas que as pessoas possam associar com o seu cotidiano”, explica Rogério.

Exposição simula uma típica casa familiar

Exposição

Na sexta-feira (30), foi realizada uma exposição interativa que simulava uma típica casa familiar com diversas pistas que denunciam a violência doméstica sofrida por mulheres, crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência. O intuito é, além de sensibilizar, propor métodos preventivos e incentivar a denúncia.

Os visitantes puderam circular pelos diferentes cômodos da casa, identificar as pistas deixadas nos cenários e expor as impressões em uma roda de conversa conduzida pelos acolhedores formados nas oficinas. No ambiente também foi possível observar pequenos cartazes relacionados aos elementos apresentados, nos quais constam informações a respeito dos diversos tipos de violência que podem acontecer no ambiente doméstico.

“A universidade tem esse compromisso formador e extensionista. Essa aqui é uma atividade de extensão que busca contribuir com essa superação da violência através desses espaços onde as pessoas podem vir, falar das suas experiências e também ter esse acesso ao conhecimento. Também é tarefa da universidade trabalhar com essas temáticas do cotidiano, que a gente precisa problematizar para pensar formas de superação”, explica a professora Márcia Paixão, coordenadora do grupo Elas.

Nem Tão Doce Lar

A Nem Tão Doce Lar envolve uma metodologia de intervenção coletiva para a superação da violência doméstica e familiar, que possibilita a reflexão e promove a popularização da discussão desse tema, tantas vezes invisibilizado e naturalizado. Também fomenta o debate e a elaboração de estratégias de enfrentamento e de superação da violência a partir da criação e fortalecimento de redes de apoio entre organizações da sociedade civil, instituições governamentais, universidades, escolas e comunidades religiosas. O nome faz alusão à citação “Lar doce lar”, muito comum em casas brasileiras.

Exposição mostra ações cotidianas da violência doméstica

Além de Santa Maria, a Nem Tão Doce Lar ainda vai percorrer, neste ano, os municípios gaúchos de Pelotas, Porto Alegre e São Leopoldo, e os estados do Espírito Santo, Pernambuco e Rondônia. O projeto surgiu em 2006 e desde então já percorreu 95 cidades de 16 estados brasileiros e o Distrito Federal.

Grupo de Estudos Feministas Elas

O grupo Elas surgiu em 2014 a partir de uma iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão, que reuniu diversos movimentos sociais para uma atividade no Centro de Educação. Dentre os integrantes do grupo estão estudantes, docentes, servidoras técnico-administrativas e professoras da rede pública de ensino.

O objetivo é estudar e pesquisar os diferentes aspectos do feminismo e realizar ações extensionistas. Alunos, servidores e professores de qualquer curso podem participar. O grupo recebe novos integrantes no início de cada semestre; os interessados podem fazer contato na sala 3340 A do prédio 16 do campus sede da UFSM.

Texto: Rebeca Kroll, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Edição: Lucas Casali

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