A egressa do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSM Juana Basso Gruber recebeu menção honrosa em um concurso nacional que premia trabalhos de conclusão de curso ou trabalhos realizados durante a graduação. O anúncio ocorreu no dia 17 de abril, em uma live no Instagram da Minimum, que organiza concursos de Arquitetura e Urbanismo para estudantes e recém-formados, buscando dar notoriedade a jovens talentos da arquitetura brasileira.
Graduada em 2022, a bacharel em Arquitetura e Urbanismo, que recebeu o prêmio na categoria “Jovem Talento da Arquitetura de 2022”, afirmou que estava muito feliz pelo resultado. Ela ainda comentou sobre o reconhecimento: “É um fruto que estou colhendo depois de toda a minha caminhada na UFSM, que me deu muita base para isso”.
Projeto premiado
O trabalho final de graduação (TFG) de Juana teve como título “[i]material: fragmentos do patrimônio vivo de Santa Maria”. A orientação do trabalho foi da professora Leonora Romano. A temática principal era o lugar do imaterial. A pesquisa girou em torno do patrimônio imaterial de Santa Maria, que abrange os livros de registro e são uma forma de patrimônio que não se consegue tocar, mas se consegue vivenciar. E como ainda não há um registro oficial desse tipo de patrimônio na cidade, Juana pensou que o seu trabalho final seria uma boa oportunidade para falar sobre isso.
Na Arquitetura, os alunos devem fazer um projeto final que consiste em duas partes. Na primeira, é feita uma pesquisa relacionada ao tema, e depois, a elaboração do projeto e o seu detalhamento. Assim, para construir a sua base teórica, Juana teve que entender mais sobre patrimônio imaterial, memórias, memória coletiva, preservação do patrimônio e também uma parte artística.
Pavilhões para simbolizar o patrimônio imaterial
Após a pesquisa, houve a proposta de construção de quatro pavilhões móveis, que podem ser levados pela cidade, podendo ser montados ou desmontados. Eles podem estar juntos, simbolizando o patrimônio imaterial como um todo, ou separados, sendo levados para diferentes pontos da cidade. O ponto de encontro dos pavilhões seria o Campus Sede da UFSM. E cada uma das edificações representa um livro de registro, que se refere a algum tipo de patrimônio imaterial: celebrações, lugares, saberes e formas de expressão.
O objetivo dos pavilhões era ser um apontamento urbano, que deveria chamar a atenção para o patrimônio e para a sua preservação. “Cada um trazia esse tema com eles e levava um espaço onde poderiam ocorrer oficinas, exposições ou também instalações artísticas, que representavam o patrimônio imaterial em si, como a Feira do Livro”, afirmou Juana.
A finalidade do projeto premiado era criar espaços para o imaginário dos bens culturais da cidade de Santa Maria e para toda Santa Maria.
Texto: Mariane Machado, estudante de Jornalismo e voluntária da Agência de Notícias
Imagens: Reprodução
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista