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Parceria entre UFSM e Transfertech atua no desenvolvimento do primeiro bioherbicida do Brasil

O objetivo é criar um produto eficaz e pouco prejudicial ao meio ambiente



A Universidade Federal de Santa Maria e a empresa Transfertech fecham acordo para desenvolvimento de um herbicida bioquímico para o controle de plantas daninhas. O projeto conta com investimento de mais de R$680 mil, e se bem-sucedido, será o primeiro produto desse tipo a ser registrado no Brasil. Até agora, os resultados são promissores, mas ainda é necessário aprimorar algumas etapas do processo e torná-lo economicamente viável.

Bioherbicida e herbicida químico

A principal diferença entre o bioherbicida e o herbicida químico é que o produzido através da biotecnologia é menos prejudicial ao meio ambiente. O coordenador do projeto, professor Marcio Mazutti, explica que “as moléculas químicas são muito estáveis no ambiente, demorando um tempo de degradação muito grande e afetando muitas culturas ao redor e o ecossistema como um todo. Já as moléculas biotecnológicas são facilmente degradadas pelos micro-organismos que já estão no solo. O efeito residual, ou seja, o efeito de dano ambiental causado por essas moléculas, é muito menor”.

O bioherbicida desenvolvido pelo projeto é obtido a partir de um fungo patógeno de plantas, o Fusarium fujikuroi e substitui principalmente o glifosato, um herbicida amplamente utilizado na agricultura no mundo todo. Apesar de ser eficaz no controle de plantas daninhas, o uso excessivo e inadequado do glifosato tem causado impactos negativos no meio ambiente, incluindo a contaminação de águas superficiais e subterrâneas, a diminuição da biodiversidade e a redução da qualidade do solo.

Além disso, cada vez mais as plantas daninhas têm se tornado resistentes ao glifosato, o que abre espaço no mercado para um produto que possa atender essa demanda. De acordo com o professor, tornando o bioherbicida um produto muito eficaz no combate a plantas daninhas, a adoção por parte dos agricultores ao produto será muito facilitada. “Os agricultores estão ávidos por produtos novos que tenham eficácia comprovada e que resolvam o problema que hoje o glifosato não tem resolvido. A expectativa é de uma aceitação grande”, comenta. 

Desenvolvimento do projeto

A iniciativa começou com o desenvolvimento de um processo piloto, buscando um alto nível de maturidade tecnológica que facilite a transferência da tecnologia para o setor industrial. O objetivo é promover a difusão do conhecimento gerado e ampliar a adoção de práticas sustentáveis no mercado.

O coordenador do projeto explica que o principal objetivo é aprimorar o produto para que ele possa ganhar escala: “O micro-organismo isolado apresentou algum potencial e, com o passar dos anos, foi aperfeiçoado e desenvolvido, chegando a um ponto em que apresentou resultados em casa de vegetação muito interessantes, próximos ao efeito do glifosato em algumas plantas daninhas e em determinadas situações até melhor. O principal gargalo é a necessidade de aumentar a escala do processo, produzindo lotes pioneiros e realizando testes em maior escala”, afirma Mazutti.

 

Com informações da ProInova

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