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UFSM discute formas para possibilitar reajuste de bolsas internas

Intenção é chegar a uma decisão até a segunda quinzena de março



foto colorida horizontal mostra pessoas sentadas em volta de uma mesa em uma sala ampla, de paredes brancas, com janelas
Primeira reunião para discutir o assunto ocorreu na semana passada
A UFSM está iniciando uma discussão que poderá resultar no reajuste e readequação das bolsas pagas a estudantes, tanto de projetos internos de ensino, pesquisa, extensão e inovação quanto de auxílios referentes à assistência estudantil.
 
A discussão foi motivada pelo recente anúncio de aumento nas bolsas pagas via CNPq e Capes. A bolsa de iniciação científica oriunda destes órgãos financiadores, por exemplo, passará de R$ 400 para R$ 700 a partir de março. Por outro lado, repassar este mesmo reajuste para bolsas internas da UFSM exigiria um montante orçamentário que não está disponível atualmente.
 
A situação levou a UFSM, com apoio da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), a dar início a uma discussão com todos os setores envolvidos, inclusive os estudantes. “O anúncio do aumento das bolsas, que é importante e necessário, não gera nenhuma obrigação para a UFSM de reajustar os valores das suas próprias bolsas, mas por outro lado gera uma expectativa, por parte dos alunos, de que tenha algum reajuste”, relata o pró-reitor adjunto de Planejamento, Fernando Pires Barbosa.
 
Porém, apesar das expectativas e do bom diálogo com o governo, até o momento não houve qualquer aumento no orçamento da UFSM, que, na situação em que está hoje, não teria como sustentar uma correção das bolsas internas. Em 2022, a UFSM pagou cerca de R$ 12 milhões em bolsas e auxílios para aproximadamente seis mil estudantes. Conforme Fernando, a expectativa é de que haja algum tipo de recomposição orçamentária, mas ainda não se sabe o montante.
 
Na última sexta-feira (24), a Reitoria, com apoio da equipe da Proplan e demais pró-reitorias, se reuniu com direções de unidades de ensino e representantes do  DCE para iniciar as discussões. “Precisamos ter algum reajuste, conhecendo a realidade dos estudantes, mas no momento não temos orçamento para isso. Então, precisamos fazer uma reflexão de como a Universidade vai se posicionar frente a isso, com simulações e discussões”, afirma o pró-reitor de Planejamento, Rafael Lazzari. Em caso de reajuste, a depender do índice, poderá haver redução na quantidade de bolsas pagas, de forma a equilibrar o orçamento.
 
Uma nova rodada de reuniões será realizada a partir desta semana. A intenção é chegar a uma decisão até a segunda quinzena de março, a depender também de definições do governo federal acerca do orçamento.
 
Foto: Divulgação
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