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Futsal feminino da UFSM chega para colocar a Universidade no topo dos pódios

Equipe retomada em 2022 já tem compromissos marcados para este ano



foto colorida horizontal com um grupo de mulheres atletas, em uniforme cinza, algumas de branco, e outras de preto, ao fundo, ao centro, um homem integra o grupo. Estão em duas fileiras, sendo a primeira mais agachada. Estão em uma quadra de esportes
Elenco do time de futsal feminino da UFSM

Aproximadamente quatro anos após a última aparição da equipe em competições oficiais, a divisão feminina da UFSM Futsal se organiza para um 2023 repleto de compromissos. Com a missão de fomentar o esporte na cidade e representar a Universidade estado afora, o elenco é coordenado pelo professor do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) Igor Barbosa.

O retorno às quadras de futsal

Segundo Igor, o projeto voltou a ser desenvolvido por conta do interesse de Gabriel Pranke, comandante da equipe masculina, em formar mais uma frente da UFSM no cenário esportivo do Rio Grande do Sul. Então, em maio de 2022, o técnico realizou o primeiro processo seletivo e, a partir disso, as jogadoras mais adequadas para o elenco foram sendo selecionadas.

“Foi uma seletiva bem ‘densa’, digamos assim. No primeiro dia, a gente fez um recorte de umas 40 meninas que participaram. Então, ficaram em torno de 20 participantes. Depois, fomos fazendo, durante os treinos, mais um processo de filtragem, para chegar no plantel que temos hoje”, contou o treinador do time que, hoje, conta com 12 integrantes.

O processo completo de seleção de atletas e comissão técnica durou cerca de um a dois meses, conforme o professor. Entretanto, os planos principais que a equipe tinha para a temporada passada, como disputar o Citadino (campeonato municipal) e a Copa Unisinos, foram por água abaixo.

O torneio santa-mariense de futsal feminino nem chegou a acontecer devido a falhas de organização da entidade que estrutura o Citadino. A competição universitária da Unisinos, por outro lado, não teve participação da UFSM devido a questões financeiras – ainda mais em função do projeto estar em sua parte inicial, na época.

Contudo, para não desmotivar as integrantes da equipe e a comissão técnica, como também evoluir a sinergia dentro de quadra, a UFSM Futsal disputou cinco jogos amistosos contra delegações conhecidas na região. Igor destaca que, para um início de projeto, os resultados foram agradáveis.

“Acabamos disputando só os amistosos mesmo e foi bem interessante. A gente convidou alguns times bem conhecidos aqui de Santa Maria, que vão disputar a segunda divisão do campeonato estadual feminino deste ano. No primeiro jogo, perdemos e, depois, na revanche, empatamos. Nos outros três amistosos, ganhamos. Foi um bom rendimento. O projeto inicial foi muito bom”, avaliou o treinador.

De qualquer forma, o comandante não lamenta a ausência da equipe em competições no ano passado. Pelo contrário, enfatiza que o período foi necessário para concretizar a metodologia de trabalho que a UFSM Futsal irá adotar enquanto estiver sob sua tutela. “Os seis primeiros meses foram fundamentais para implementar uma cultura. A gente sabe que a cultura do futsal em si é muito voltada para a ‘boleiragem’, de querer jogar e não treinar. Então, procuramos acrescentar nesses treinos essa filosofia de trabalhar”, revelou Igor.

foto colorida horizontal mostra uma mulher de uniforme preto em treinamento em uma quadra, ao fundo há outras duas mulheres
Elizabeth Toretto é uma das goleiras da UFSM Futsal

O que está por vir

A partir de março deste ano, as atividades práticas da equipe voltam a acontecer. Em maio, os treinos começarão a dar um foco maior na preparação específica para as competições que irão disputar em 2023, que devem acontecer de julho a setembro.

De acordo com o técnico, a UFSM deve ser representada no futsal feminino nas seguintes competições: Jogos Universitários Gaúchos (JUGs); Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), caso vençam o torneio estadual e, dessa forma, se classifiquem para o certame nacional; Série Bronze do Campeonato Gaúcho; e Citadino. A Copa Unisinos continua fora dos planos.

Invariavelmente, o treinador demonstra bastante confiança em relação às expectativas para esta temporada. “Pensando nos torneios, a gente chega em todos para competir. Se não para ganhar, para ser muito forte. Eu não acredito que tenha um time que vá fisicamente, e tecnicamente, ser superior. Ganhar e perder acontece, mas eu acho que a gente conseguirá se destacar em todos eles”, afirmou Igor.

Para Elizabeth Toretto, goleira da delegação universitária, o desejo é o mesmo. Com a maior parte da atenção, primeiramente, voltada ao desempenho no estado, a aquisição de mais bagagem por parte do elenco é outro fator importante para o desenvolvimento da equipe.

“Minha meta é fazermos uma boa campanha, com foco principal nos JUGs, que dá acesso aos JUBs. Esse é um dos nossos objetivos principais. Queremos também pegar mais ritmo de jogo, para ganhar mais experiência e, consequentemente, mais visibilidade para o time. Neste ano, os treinamentos vão ser bem mais específicos para competições. Então, uma das expectativas é aumentar o nosso nível”, salientou a jogadora.

A atleta ainda manifesta de que forma a oportunidade de representar a UFSM e levar a instituição a patamares ainda desconhecidos, no universo do futsal feminino, é importante. Com o apoio da Universidade, elas podem chegar longe.

“É muito gratificante ter a oportunidade de abrir novas portas no futsal feminino, principalmente dentro da UFSM, onde a modalidade estava parada desde o início da pandemia. Tendo a visibilidade e o trabalho que merecemos, só temos a crescer, tanto como universidade quanto como atletas”, contou Elizabeth.

A comissão técnica da equipe e a base do elenco já estão fechadas. Porém, a UFSM Futsal irá realizar mais uma seletiva no início de abril, com o intuito de recrutar novos talentos. De qualquer forma, interessados em fazer parte do time feminino da Universidade podem fazer contato pelas redes sociais, demonstrando interesse em participar. Não é necessário ter vínculo com a Instituição.

Texto: Pedro Pereira, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Reprodução/Instagram
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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