Os 62 anos da Universidade Federal de Santa Maria, celebrados nesta quarta-feira (14), estão sendo lembrados por diversas atividades que estão ocorrendo desde a semana passada e seguem até esta sexta-feira (16).
No final da tarde da segunda-feira (12) ocorreu abertura da mostra “Margens da cidade”, no Acervo Artístico da UFSM, que fica nos fundos da Biblioteca Central. Na cerimônia, o pró-reitor de Extensão, Flavi Ferreira Lisboa Filho, agradeceu aos presentes, principalmente aos docentes e alunos do Programa de Pós-Graduação em Artes da UFSM, pelo interesse e vontade de trazer essa parceira com a Universitat Politècnica de València. As obras em exposição foram doadas ao acervo da UFSM. Além disso, Flavi enalteceu o papel das artes nas vidas das pessoas, especialmente em um período de isolamento social, como o vivido nos dois últimos anos. O pró-reitor lembrou ainda que o contato com a universidade espanhola é mais um ganho no processo de internacionalização da UFSM.
A exposição, que poderá ser vista até abril, apresenta um acervo de paisagens fotográficas que remetem à possibilidade de um ambiente que não está necessariamente destinado a se tornar irreversivelmente um espaço genérico, típico da cidade contemporânea.
Na quarta (14), a Banda Sinfônica da UFSM apresentou-se no hall da Reitoria ao meio-dia. Para o professor Clayton Miranda, a apresentação é marcante, visto que no próximo semestre o curso de Música da UFSM completa 60 anos. “Estar aqui hoje também significa muito para a gente, além do aniversário da Universidade, comemoramos o do curso no ano que vem”, comentou. A banda é atividade de uma disciplina do curso e é formada por alunos de vários semestres. Na ocasião, tocaram marchas de John Philip Sousa, Washington Post e arranjos de Natal. Quem passava pelo hall pôde prestigiar a atividade.
Ainda na quarta (14), o aniversário da Universidade foi lembrado durante o evento que marcou os 50 anos da área de planejamento da Instituição. À noite, foi realizada palestra sobre fases da lua e sessão de cúpula “Dois pedacinhos de vidro” no Planetário, seguidas de observação noturna do céu com telescópios, no largo do Planetário.
A vice-reitora da UFSM, Martha Adaime, comemora a data, relembra a importância da Universidade, os desafios e realizações deste último ano: “São 62 anos construindo uma história de luta, de superação, de crescimento e de muitas conquistas. Somos a primeira universidade do interior do país e, portanto, pioneiros na interiorização do ensino superior de qualidade. Isso traz uma responsabilidade muito grande e os desafios foram muitos para chegarmos onde estamos hoje: entre as melhores do Brasil e do mundo. O ano que passou, pós pandemia que afetou a todos nós de uma maneira jamais vista por esta geração, marcou o retorno presencial de todas as nossas atividades. Uma alegria muito grande, depois de dois anos em que o assunto ‘covid’ era central e inevitável. Mas o retorno presencial em um momento de crise financeira do país também nos trouxe novos desafios. O desemprego aumenta e com ele a pobreza da população brasileira. A universidade, que é referência em assistência estudantil mas que passa por diversos cortes orçamentários, se vê impossibilitada de ajudar ainda mais. Isso afeta nossos estudantes e também nossos servidores. Estamos em um momento de fragilidade. A saúde mental da nossa comunidade também pede socorro! Digo isso pra mostrar que não foi um ano fácil, mas seguimos e seguiremos sempre pensando no melhor para nossos alunos e servidores, no melhor para nossa comunidade universitária e também nossa comunidade regional, que abraça esta instituição e que confia a ela os seus filhos e filhas! Seguimos juntos por mais tantos e tantos anos! Vida longa à Universidade Federal de Santa Maria!”, destaca Martha.
Encerrando a programação, nesta sexta (16), às 18h, será realizado recital de encerramento do ano, com apresentação de dança, teatro e orquestra – Orquestrando Arte, no hall da antiga Reitoria.
Texto: Gabrielle Pillon e Letícia Klusener, acadêmicas de Jornalismo
Fotos: Gabrielle Pillon e Ana Alícia Flores, acadêmica de Desenho Industrial
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista