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Fisioterapia da UFSM desenvolve pesquisa sobre a Síndrome Pós-Covid

Objetivo do estudo realizado em Silveira Martins é investigar se há alteração do equilíbrio postural em pacientes que tiveram Covid-19



foto colorida vertical mostra uma mulher de costas, de jaleco branco, orientando um homem que está à frente dela, de lado e de costas para a câmera
Primeiros testes já estão sendo realizados com os participantes

Desde o início da pandemia da Covid-19, muito se fala a respeito das sequelas causadas pela doença. Entretanto, a Síndrome Pós-Covid e seus efeitos a longo prazo ainda são pouco explorados e estudados por pesquisadores. Pensando nisso, a aluna de graduação do 8º semestre de Fisioterapia da UFSM Charlise Comoretto Tolfo, em conjunto com o Departamento de Fisioterapia e Reabilitação do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e acadêmicos que atuam em projeto desenvolvido em Silveira Martins, iniciou uma pesquisa com a comunidade local para analisar as consequências causadas pela Síndrome Pós-Covid, também conhecida como Covid longa. 

A pesquisa

Em outubro de 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a caracterizar os termos “pós-Covid” ou “Covid longa” como a persistência de sintomas por mais de 12 semanas, não sendo explicados por diagnóstico alternativo. Qualquer pessoa infectada pelo vírus pode desenvolver a síndrome e não há nenhum teste específico que identifique a condição, a comprovação da doença precisa ser feita por algum profissional da saúde. Os sinais e sintomas podem incluir manifestações novas ou a persistência daquelas que já apareceram durante a infecção. Alguns desses sintomas são cansaço ou fadiga que interfere no dia a dia, tonturas ao se levantar, tosse persistente e problemas de sono.

O objetivo do estudo desenvolvido pela UFSM é investigar se há alteração do equilíbrio postural em pacientes com a Síndrome Pós-Covid-19 que apresentaram de forma leve a moderada a doença, sem necessidade de internação. Além da avaliação do equilíbrio, a pesquisa avaliar a força muscular periférica, o risco de quedas e mobilidade funcional, a presença de fadiga, a qualidade de vida e a capacidade funcional.

O público-alvo do estudo são adultos de 20 a 85 anos, que foram infectados pelo vírus e que, além de não terem tido necessidade de internação na fase aguda da doença, não possuam nenhum déficit auditivo ou visual grave, condição neurológica ou musculoesquelética que limite gravemente a mobilidade e o controle postural, impossibilitando a realização das avaliações.

Todos os recrutados para a pesquisa serão moradores de Silveira Martins. A escolha do município em que a pesquisa irá ocorrer se deu a partir da vontade da aluna orientanda em desenvolver um trabalho que pudesse, de alguma forma, ajudar a população de sua cidade natal.

A importância do estudo para a UFSM

Segundo a orientadora do estudo, professora Isabella Martins de Albuquerque, do Departamento de Fisioterapia e Reabilitação, o contexto que a pandemia da Covid-19 trouxe, principalmente com a Síndrome Pós-Covid, criou uma demanda de pesquisa e solução para as universidades e para os serviços de saúde. “Até o presente momento, são escassos os estudos que investiguem se há alteração do equilíbrio postural em sujeitos com Síndrome Pós-Covid-19. Isso está demandando o desenvolvimento e a implementação de estratégias de avaliação desses pacientes, que resultem em uma melhor elucidação dos impactos da doença”, afirma.

A pesquisa, além de auxiliar no direcionamento de medidas de prevenção para a redução das sequelas causadas pelo vírus, tem como objetivo ampliar a integração entre a UFSM e a comunidade. Os acadêmicos participantes do estudo terão a oportunidade de capacitação e qualificação na avaliação dos pacientes com a síndrome, além de ter a experiência do desenvolvimento de estratégias de reabilitação de uma doença recente, com pouco conhecimento pela comunidade científica.

A coordenadora da pesquisa evidencia também a importância da ciência para a Instituição. “É importante ressaltarmos o comprometimento da Universidade com uma formação acadêmica de excelência, embasada sobretudo na ciência e na verdade”, destaca.

Primeiros testes já são realizados

Atualmente o estudo está na fase de recrutamento de voluntários e início dos primeiros testes nos participantes da comunidade de Silveira Martins. As avaliações incluem uma conversa inicial, quando é realizada a verificação dos sinais vitais e testes funcionais de simples realização, como sentar e levantar da cadeira, ficar na ponta do pé e caminhar em velocidades diferentes. Todas as avaliações ocorrem na Unidade de Fisioterapia do município.

Os interessados em participar da pesquisa podem encontrar mais informações através do perfil do estudo no Instagram, @projeto.silveira.

Por se tratar de uma pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso de Charlise, o estudo será desenvolvido até o segundo semestre de 2023, quando será defendido pela acadêmica.

Texto: Maria Carolina Dias, acadêmica de Jornalismo, voluntária da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista
Foto: Divulgação

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