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UFSM premia Destaques do Ensino durante 37ª JAI

Saiba mais sobre quem são os premiados e suas trajetórias



Na manhã desta segunda-feira (7), ocorreu a entrega dos prêmios de Destaque em Ensino, Extensão e Pesquisa. A cerimônia fez parte da Abertura da 37ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI), que foi realizada no Centro de Convenções da UFSM. A premiação dos Destaques do Ensino é concedida pela Pró-Reitoria de Graduação e foram agraciados: os professores Cláudia Ribeiro Bellochio e Vítor Jochims Schneider, na categoria Programa de Licenciaturas (PROLICEN), e os professores César de David e Susana Cristina Reis na categoria Fundo de Incentivo ao Ensino (FIEN). O Prêmio Destaque do Ensino tem como objetivo homenagear os projetos cujas ações impactam de forma positiva e relevante na Instituição, contribuindo para a melhoria do desempenho acadêmico nos cursos da UFSM.

Confira abaixo quem são os premiados e uma entrevista com cada um deles:

Destaque Ensino (PROLICEN): Cláudia Ribeiro Bellochio

Cláudia Ribeiro Bellochio é docente do Centro de Educação onde atua com o projeto “Programa de Desenvolvimento Musical e Pedagógico-musical”, desenvolvido através do PROLICEN/2022. Possui graduação em Música e em Pedagogia pela UFSM, mestrado em Educação pela mesma Instituição e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é pesquisadora 1D do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, membro consultor do GT 24 da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós Graduação em Educação e membro da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós Graduação em Educação. Foi membro da comissão editorial da Revista Brasileira de Educação (RBE). Atualmente compõe os conselhos editoriais da Revista Educação (UFSM), OPUS (ANPPOM) e Cadernos de Educação (UFPEL). Foi presidente, editora e membro do Conselho Editorial da Revista da ABEM. Na Associação Brasileira de Educação Musical foi coordenadora regional, representante estadual e, no momento, é membro do conselho fiscal. Na ABEM e na ANPPOM tem coordenado comitês científicos dos eventos nacionais e regionais. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Musical, atuando principalmente nos seguintes temas: educação musical, formação de professores, educação, pedagogia e canto coral.

1) Primeiro, gostaria que a senhora falasse sobre sua atuação profissional e a que você atribui a premiação.

Eu atuo na UFSM desde 1991. Sou professora de educação musical no Centro de Educação no departamento de metodologia do ensino, sou bacharel em música e pedagogia e depois passei a atuar na formação de professores, tanto na parte formativa e pedagógico musical, quanto também na parte de orientações de estágios supervisionados e também com orientações e ensino em nível de pós-graduação e doutorado. Desde a minha entrada na Universidade, eu trabalhei no laboratório de educação musical, com muitas atividades de ensino e extensão. E eu entendo que isso é primordial para a formação dos nossos futuros professores.

Desde quando ingressei na Universidade, atuo intensamente com ensino, pesquisa e extensão. Sempre me dediquei ao máximo às minhas atividades profissionais, e busquei honrar com o trabalho público que exerço como professora. Entendo que a premiação seja em decorrência desses 31 anos de exercício de magistério, sempre buscando honrar com tudo aquilo que me foi designado da melhor forma possível.

2) Pode comentar sobre o quão importante é receber esse reconhecimento para você, enquanto profissional?

É uma honraria enorme! Eu me senti extremamente honrada quando eu estava dando aula online e recebi uma mensagem me informando que havia sido concedido esse destaque em meu nome. Então eu senti coração batendo, senti que 31 anos de docência valeram muito a pena. É muito importante esse reconhecimento profissional na minha vida. Com certeza levarei ele com muito orgulho e carinho no coração, porque é um merecimento não somente meu, mas de todos aqueles docentes que atuam no ensino superior frente ao compromisso de trabalho que eles exercem.

3) De que forma você avalia a relevância da UFSM em sua trajetória e nesta premiação?

A relevância da UFSM na minha trajetória e nessa premiação é tudo misturado [risos]. Eu sou UFSM. Fiz duas graduações aqui, fiz meu mestrado, só saí para fazer meu doutorado, e desde 1991 exerço a docência na UFSM. Então, eu costumo dizer que a UFSM é a minha segunda família, porque ela entrou na minha vida quando eu era muito jovem ainda, quando eu saí da casa dos meus pais e entrei nesse espaço magnífico de formação humana, pessoal, de valores, de ética e de muita responsabilidade com o serviço público. 

Sou extremamente grata ao professor Mariano da Rocha por um dia ter sonhado e edificado essa Universidade e por eu estar tendo a oportunidade de conduzir com dignidade e responsabilidade social, junto com meus colegas, a UFSM. Nós, docentes e técnico-administrativos, continuamos construindo esse sonho em uma Universidade que produz muito conhecimento, que produz a formação de muitos profissionais com a competência necessária para atuar no mercado de trabalho, que produz seres humanos dignos de enfrentarem a vida e principalmente que produz muita inovação e é capaz de produzir suas próprias inovações no contexto de sua existência. Então, essa premiação vem ao encontro de tudo que, ao longo da minha trajetória profissional, eu consegui produzir e conduzir junto aos meus colegas.

 

Destaque Ensino (PROLICEN): Vítor Jochims Schneider

Vítor Jochims Schneider é docente do Centro de Artes e Letras, onde atua com o projeto “Aldeias em Rede: interdisciplinaridade e interculturalidade na escola indígena”, também desenvolvido através PROLICEN/2022. Vítor é professor adjunto do Departamento de Letras Vernáculas da UFSM e coordenador do Grupo de Estudos em Linguagem e Interculturalidade (GELI). É licenciado em Letras (Habilitação: Português/Inglês) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutor em Estudos da Linguagem pelo Programa de Pós Graduação em Letras da UFRGS. Tem experiência docente no ensino de Português como língua materna e adicional; leitura e produção textual.

1) Primeiro, gostaria que o senhor falasse sobre sua atuação profissional e a que você atribui a premiação.

Tenho atuado como educador desde 2008, em contextos muito distintos. Atualmente venho desenvolvendo projetos de ensino voltados para a educação escolar indígena. O projeto de ensino Aldeias em Rede, em sua segunda edição, tem como objetivo produzir materiais didáticos bilíngues e interculturais para as escolas Mbya Guarani e Kaingang no município de Santa Maria. Além disso, o projeto colabora com a formação inicial e continuada de professores para atuarem no espaço bilíngue e intercultural que caracteriza as escolas em terras indígenas. 

2) Pode comentar sobre o quão importante é receber esse reconhecimento para você, enquanto profissional?

Acredito que a premiação é importante para que possamos estabelecer vínculos mais sólidos dentro da Universidade. Ao reconhecermos os trabalhos que estão sendo feitos, temos a oportunidade de desenvolver trabalhos menos solitários. 

3) De que forma você avalia a importância da UFSM em sua trajetória e nesta premiação?

Atuo junto à UFSM desde 2019. É um período curto, mas muito valioso, visto que nesta universidade consigo atuar no ensino, na pesquisa e na extensão junto de alunos oriundos de diferentes realidades sociais. Esse vínculo com os estudantes é o melhor combustível para seguir trabalhando.

Destaque Ensino (FIEN): César de David

Cesar de David é professor de Geografia no departamento de Geociências do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) da UFSM. Formado em Geografia Licenciatura, Filosofia (Licenciatura e Bacharelado) pela UFSM, mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) e doutor em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui experiência em ensino, pesquisa e extensão na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Rural e Agrária, atuando nos seguintes temas: territorialidades rurais, agricultura familiar e educação do campo. É líder do Grupo de Pesquisa em Educação e Território (GPET) e coordena o Núcleo de Estudos da Paisagem (NEPA) da UFSM Silveira Martins.  Também coordena o Mestrado Profissional em Ensino de Geografia em Rede Nacional – PROFGEO

1) Primeiro, gostaria que o senhor falasse sobre sua atuação profissional e a que você atribui a premiação.

Procuro ser um professor-educador exercendo minhas funções com responsabilidade e também com amor. Sempre gostei de trabalhar com pessoas, de conversar e aprender. Procuro fazer disso um exercício diário. Claro que nem sempre conseguimos. Há muitas frustrações e fracassos na docência e comumente falhamos. Mas temos o desejo de proporcionar as melhores condições possíveis de aprendizagem. Exerço a profissão que escolhi e para a qual estudei e me aperfeiçoei, sobretudo pela prática, por isso me considero uma pessoa realizada profissionalmente. Trabalhar com jovens e em uma das melhores universidades do país é um motivo de grande satisfação e orgulho para mim.

2) Pode comentar sobre o quão importante é receber esse reconhecimento para você, enquanto profissional?

Nesse momento de ataque à universidade, à ciência e ao pensamento, prêmios dessa natureza fortalecem nossa luta pela educação e por um país mais justo e democrático. É um momento singular de avaliação de nossa trajetória acadêmica e também de agradecimento a tudo que a Instituição tem nos proporcionado em termos de formação e de trabalho. É uma oportunidade de agradecer aos colegas – professores, professoras e técnicos e técnicas-administrativos – que nos apoiam e incentivam a prosseguir em nossos objetivos, são nossos parceiros e companheiros de trabalho e, também, aos nossos estudantes e orientandos e orientandas que possibilitam aprender e ensinar a sermos educadores comprometidos com a Educação Pública.

3) De que forma você avalia a importância da UFSM em sua trajetória e nesta premiação?

O magistério foi a profissão que me encantou quando ainda era um menino. A UFSM é mais do que uma instituição, é o lugar que me acolheu desde a minha adolescência. O estudo era minha única possibilidade de ter independência e realização e foi aqui que me tornei geógrafo e educador, foi a partir da universidade que passei a me relacionar com os outros – mestres, colegas, alunos – e com o mundo. Foi um universo que se abriu para mim.

Destaque Ensino (FIEN): Susana Cristina Reis 

Susana Cristina Reis é docente do Centro de Artes e Letras, onde atua com o projeto “Laboratório virtual de Ensino e Aprendizagem de Línguas Online (LabEon): pesquisa, ensino e extensão”, também desenvolvido através do FIEN/2022. Susana é professora associada 2 no Curso de Letras; pesquisadora, orientadora e docente no Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional de Tecnologias em Rede, na UFSM. Líder do GRPesq/CNPq NUPEAD (Núcleo de Pesquisa, Ensino e Aprendizagem de Línguas a distância). Idealizadora e Coordenadora do Laboratório de Ensino e Aprendizagem de Línguas Online (LabEon) e dos cursos de inglês English Online 3D e ReSPOnD. Atualmente atua como coordenadora adjunta da Universidade Aberta, na UFSM. Foi coordenadora substituta do Programa de Mestrado Profissional em Tecnologias Educacionais em Rede/PPGTER/UFSM entre 2019 a 2021. Atuou como coordenadora administrativa e pedagógica do Laboratório de Línguas (2013 a 2020) e Coordenadora do Curso de Especialização em TIC/UAB/UFSM (2014 a 2019). Possui graduação em Letras – Habilitação em Língua Inglesa – pela UFSM, mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas e Doutorado em Letras pela UFSM, com estágio no exterior na Iowa State University. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Inglês, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de língua inglesa mediado por computador, ensino de línguas a distância, linguística aplicada, análise crítica do discurso e tecnologias educacionais no ensino de LE. Desenvolve pesquisas sobre ensino de línguas e tecnologias, tanto para ensino presencial quanto para a distância, focalizando o desenvolvimento de cursos online, games educativos, produção de material didático digital e formação inicial e continuada de professores para EAD.

1) Primeiro, gostaria que a senhora falasse sobre sua atuação profissional e a que você atribui a premiação.

As minhas pesquisas são todas relacionadas ao ensino de línguas e tecnologias. A partir disso, eu acredito que a premiação deve estar relacionada ao projeto que eu desenvolvo na Instituição desde 2012, chamado Laboratório Virtual de Ensino Aprendizagem de Línguas Online, que foi inicialmente registrado como uma proposta que trabalha com pesquisa, ensino e extensão. A partir da minha tese de doutorado, eu percebi que faltava, por exemplo, fomentar um pouco mais na área de Letras, principalmente na formação do docente, o uso das tecnologias. Logo que eu fui aprovada para trabalhar na UFSM eu registrei esse projeto, que tem como objetivo possibilitar aos estudantes de Letras aprender não só a usar as tecnologias, mas também como utilizá-las na sala de aula. Outra preocupação era fomentar nos alunos que eles aprendessem a criar materiais didáticos digitais mais inovadores, pensando em uma educação de qualidade e inovadora pelo uso das tecnologias.

Tem uma frase do Peter Parker que sempre lembro nessas situações: “com grandes poderes sempre vêm grandes responsabilidades”. Um reconhecimento institucional como esse pode gerar um sentimento de “poder”, mas juntamente vem grandes responsabilidades. Então, espero continuar fazendo sempre o melhor pelos meus alunos e alunas enquanto estiver na UFSM. É a eles e elas, atuais orientandos e egressos, que atribuo esse prêmio. 

2) Pode comentar sobre o quão importante é receber esse reconhecimento para você, enquanto profissional?

Esse reconhecimento para mim foi uma surpresa. Eu realmente jamais esperava receber esse prêmio, principalmente porque eu ainda me considero uma pesquisadora júnior, tenho apenas onze anos de instituição. É como se renovasse as nossas energias e a vontade de querer continuar pesquisando e acreditando que a Educação é o único caminho para que consigamos promover práticas inovadoras de educação linguística e com qualidade. A Universidade tem sofrido muitos ataques, passamos por muito descréditos sobre o que é ciência e sobre o que fazemos e produzimos. Quando nosso trabalho tem esse reconhecimento, é como se uma nova chama acendesse para querer continuar e buscar fazer sempre o nosso melhor.

3) De que forma você avalia a importância da UFSM em sua trajetória e nesta premiação?

Eu avalio a importância da UFSM na minha formação acadêmica como essencial porque foi justamente em 1998, quando eu ainda estava na graduação, que eu comecei a desenvolver pesquisas relacionadas ao ensino de língua inglesa e tecnologias. Naquela época, eu tive a oportunidade de me inserir em um projeto e a minha orientadora possibilitou com que a gente desenvolvesse pesquisa nessa temática. A partir disso, então, eu descobri o interesse na área e dei continuidade aos meus estudos já direcionados para o tema. Foi fundamental o apoio que eu recebi como aluna naquele período, pela possibilidade também de me integrar em um projeto como LabLeR (Laboratório de Pesquisa e Ensino de Leitura e Redação) e, a partir disso, decidir qual a linha de pesquisa e quais temas eu me identificava, pensando já em uma carreira acadêmica.

Entrevistas e texto: Ana Laura Iwai, Bernardo Silva, Laurent Keller e Pedro Pereira, acadêmicos de Jornalismo e bolsistas da Agência de Notícias
Fotos: Ana Alícia Flores Ponteli, acadêmica de Desenho Industrial e bolsita da Agência de Notícias
Edição: Mariana Henriques, jornalista

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