Para garantir maior segurança a animais e pessoas em áreas de confraternização, como o Campus Sede da UFSM, a Lei Estadual nº 15.363/2019 define que cães de certas raças somente poderão circular em locais públicos com guia curta e focinheira. Após denúncias realizadas por transeuntes e pelo Ministério Público à Universidade, a vigilância da Instituição foi instruída a tomar mais cuidado com este tipo de infração.
As raças de cachorro que precisam usar guia e focinheira, conforme a lei, são: American Pit Bull Terrier, Fila, Rottweiler, Dobermann, Bull Terrier e Dogo Argentino. Além disso, é necessário que o tutor tenha o registro do cão em órgão competente e comprovante de adestramento e vacinação.
As guias para conduzir os cães precisam ter o cumprimento de, no máximo, 1,5m, e a focinheira utilizada deve permitir a normal respiração e transpiração do animal. O equipamento canino é necessário para evitar que o cachorro machuque outro cão, alguma pessoa ou a si mesmo.
O pró-reitor de Infraestrutura, Mauri Leodir Löbler, esclarece que, para dificultar a ocorrência destes inconvenientes, será necessário focar na divulgação das regras, que passarão a ser postas em prática de forma mais rigorosa a partir de agora. Segundo ele, como a UFSM é um local de acesso público, deverá ser feito um programa de conscientização por meio de flyers e cards, tanto no site quanto nas redes sociais. “Os vigilantes também são instruídos para que abordem os donos de cães sem focinheira, se for necessário”, contou.
Da mesma forma, Löbler explica que este é o melhor modo de conscientizar a comunidade, uma vez que seria inviável checar cada veículo que visita o Campus da Universidade. “Para nós, UFSM, é muito difícil fazer um controle na entrada, porque não temos gente o suficiente. O fluxo é muito grande, isso inviabilizaria o ingresso das pessoas. Não podemos parar todo carro e ver quem está entrando com cachorros de raças listadas na lei”, ressaltou.
Projeto Zelo
Tendo como foco principal disseminar a sensibilização contra o abandono de animais, foi idealizado, em 2018, o Projeto Zelo, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (PRE). A professora do Colégio Politécnico e coordenadora do projeto, Fabiana Stecca, informa que o trabalho do grupo é com o cuidado dos cães e que qualquer reclamação deve ser feita à vigilância da UFSM.
“Somos um grupo pequeno e trabalhamos com uma causa: a conscientização. A consequência dos animais em abandono, dos atendimentos e de todo o trabalho que a gente faz é em função de que as pessoas continuam abandonando. Agora, vai existir maior conhecimento por parte da Universidade, porque todo e qualquer problema que acontece a um animal, inclusive um acidente, nós mesmos, do Zelo, pedimos que as pessoas entrem em contato com a vigilância”, relatou a docente.
Texto: Pedro Pereira, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Foto de capa: Divulgação/Facebook Projeto Zelo
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista