Durante a manhã do último sábado (24), em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22), a UFSM sediou o Festival Paralímpico. As modalidades ofertadas foram basquete em cadeira de rodas, voleibol sentado e atletismo – nas categorias de corrida e de arremesso. As atividades aconteceram nos ginásios didáticos 1 e 2 e na pista de atletismo do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD).
O evento nacional, que também aconteceu de forma simultânea em outras 97 cidades, foi articulado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. A organização local ficou por conta do CEFD e do Núcleo de Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada (Naeefa). A seleção dos esportes que foram realizados foi baseada na estrutura que a Universidade apresenta e nos projetos que já vinham sendo desenvolvidos pelo Naeefa, e os participantes transitaram entre as três opções.
Para dar início ao festival, a professora e coordenadora do Naeefa, Luciana Palma, declarou, em seu discurso de abertura, o objetivo dos organizadores de promover a inclusão e apresentar as atividades paralímpicas à comunidade. Da mesma forma, destacou a relevância de realizar o evento e ser possível mostrar, ao público, o trabalho realizado na Instituição a favor da inclusão.
“É de uma importância ímpar ter todos vocês, aqui presentes, vivenciando este momento. Principalmente porque nós sempre atuamos no ensino, na pesquisa e,
principalmente, em projetos de extensão. Hoje, estar aqui mostrando o que nós também conseguimos trazer para vocês, enquanto Universidade, é um momento único”, declarou a docente, destacando que pela primeira vez o festival foi realizado em Santa Maria.
O diretor do CEFD, Rosalvo Sawitzki, agradeceu a presença dos inscritos, como também enalteceu os diversos monitores que estavam trabalhando durante a manhã. Além disso, reiterou a magnitude de sediar um evento tão importante como o Festival Paralímpico de 2022 para a UFSM e declarou o início das atividades.
A partir das 9h, os participantes – crianças, adolescentes e adultos com deficiência intelectual, física, sensorial, auditiva e pessoas sem deficiência – foram divididos em quatro grupos que transitavam entre as três modalidades. Enquanto uma turma disputava voleibol sentado, outra jogava basquete em cadeira de rodas e as últimas se deslocavam à pista de atletismo para praticar as modalidades de arremesso e de corrida. As atividades tiveram a duração de pouco mais de duas horas.
Para Ana Paula da Silveira, que acompanhou sua filha Yasmin, 9, e seus sobrinhos Pedro Felipe, 8, e Vitor Mateus, 6, a realização do festival é positiva, visto que pessoas com deficiência não têm tantas oportunidades de entretenimento, normalmente. “É a primeira vez que estou vendo as pessoas com deficiência terem apoio e poderem se divertir e conhecer mais gente. É bem interessante”, contou.
Texto e fotos: Pedro Pereira, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista