A equipe do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO, junto a integrantes do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (CAPPA), realizou um dia inteiro de atividades na Escola Estadual de Ensino Fundamental Ana Löbler, na comunidade de Caemborá, município de Nova Palma.
O cronograma foi preparado de maneira a contemplar todas as séries, desde a pré-escola até o nono ano, e incluiu profissionais das áreas da Geografia, da Biologia e da Paleontologia. Para os alunos mais novos, do pré ao quinto ano, a equipe introduziu a temática a partir de um instrumento lúdico, o teatro de fantoches, encenando a história “A Dinossaura Gnathovorax Azul”, adaptado do livro de mesmo nome, pela vice-diretora do Geoparque Michele Vestena e pela mestranda em Geografia do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Josiane Campos. Aos alunos do sexto ao nono anos, a fala foi mais teórica. O mestrando em Biodiversidade Animal, Gabriel Boeira, apresentou questões teóricas da paleontologia e sobre os fósseis encontrados na Quarta Colônia, enquanto as palestrantes Michele e Josiane dialogaram sobre o Geoparque.
A técnica em assuntos educacionais da equipe de Geoparques da UFSM, Angelita Zimmermann, acompanhou todas as atividades e avaliou positivamente a jornada. “As palestras da Michele, da Josiane e do Nathan foram muito felizes nas metodologias e contextualizações, envolvendo os estudantes na valorização da participação na comunidade e no geoparque. Gabriel também sistematizou todos os conhecimentos com o grupo, numa abordagem detalhada envolvendo peculiaridades culturais, geológicas e paleontológicas”.
A professora de Ciências da escola, Ana Dionara Binotto Manfio, explicou a ideia de convidar o grupo para falar sobre paleontologia. Conforme Ana, a escola busca desenvolver atividades que também sejam de interesse dos alunos. Neste ano, um assunto que despertou a curiosidade das crianças foi o dos dinossauros. “Criamos o projeto ‘Falando sobre dinossauros’, com o objetivo de esclarecer algumas dúvidas dos alunos e de aproximá-los da pesquisa. A ideia é visitarmos o CAPPA mas, antes, julgamos necessários alguns conhecimentos”, comentou a professora. Segundo ela, os professores trabalharam com vídeos e leituras, porém, a busca por outras informações os levou a fazer contato com a equipe do Geoparque. “A equipe foi fantástica. Esclareceu as dúvidas com muita propriedade e didática. A conversa foi agradável e proveitosa”.
Nos próximos dias, os estudantes devem visitar o CAPPA para complementarem o conhecimento que tiveram na escola.
O projeto “A união faz a vida” é financiado pelo banco Sicredi. Na escola Ana Löbler, a iniciativa é diretamente ligada à paleontologia.
Agradecimento
A equipe que esteve na escola foi presenteada com uma edição do livro “Entre natureza e patrimônio cultural: as exuberâncias de Agudo, Nova Palma e Restinga Sêca”, organizado por Cristiane Fuzer e Aline Peres e produto de um projeto de extensão da UFSM vinculado ao Geoparque.
Atividades nas escolas são parte das ações contínuas do Geoparque no território
A diretora do Geoparque Quarta Colônia, Jaciele Sell, explica que ter ações voltadas à educação no território é um item obrigatório para a certificação de Geoparque Mundial da UNESCO. Nesse sentido, o Geoparque Quarta Colônia, enquanto aspirante ao título, busca inserir atividades nas escolas em diversos níveis. Exemplos disso são os livros “Uma menina esquisita chamada Dina” e “A Dinossaura Gnathovorax Azul”, já repassados às secretarias de educação dos municípios, e as Jornadas Integradas de Formação de Professores em Educação Patrimonial, bem como atividades práticas e de interação direta com os alunos, tal como a executada na escola Ana Löbler.
Preocupação com os resultados
Concomitante às ações desenvolvidas pelas equipes do Geoparque e do CAPPA, houve a aplicação de uma pesquisa piloto para compreender como foi a percepção das crianças acerca da história “A Dinossaura Gnathovorax Azul”.
Conforme o aplicador da pesquisa, o estudante do curso de Relações Públicas da UFSM, Nathan Marques Silveira, o objetivo é entender como a criação de produtos literários para o público infantil pode contribuir para a popularização da ciência e, no caso específico das obras distribuídas no território, impactar no conhecimento sobre paleontologia na Quarta Colônia.
Com informações e fotos da Assessoria de Comunicação do Geoparque