Um projeto experimental do Laboratório de Energias Alternativas do Colégio Politécnico da UFSM entregou, na última terça-feira (9), 90 litros de biodiesel para os feirantes da Polifeira do Agricultor. O objetivo da iniciativa é mostrar e fomentar práticas em torno do descarte correto de resíduos – neste caso o óleo de cozinha – que podem ser transformados em insumos vitais para a produção de alimentos sustentáveis e a preservação do meio ambiente.
O técnico de laboratório Daniel Pazzini comenta que o processo da produção do biodiesel a partir do óleo de cozinha possibilita diminuir um passivo ambiental e ainda gera economia na aquisição de combustíveis para veículos da universidade. Para ele, disponibilizar uma quantidade considerável para os agricultores participantes da Polifeira soa como um estímulo para a produção de alimentos sustentáveis, que também consta como um processo de sensibilização ambiental.
O coordenador do projeto e responsável pelo Laboratório de Energias Alternativas, professor Filipe Fagan Donato, salienta a importância deste projeto, em que um resíduo altamente poluente, produzido pela sociedade, se torna matéria-prima para a produção de biodiesel, combustível renovável e isento de enxofre. Ele pode ser utilizado em motores a diesel sem necessidade de adaptação dos veículos. O docente destaca o benefício ambiental da destinação correta e aproveitamento do resíduo, que antes seria descartado em locais inadequados como ralos de pia, no solo ou em vasos sanitários, o que acaba por contaminar diferentes compartimentos ambientais – por exemplo, as águas superficiais (rios, lagos e oceanos), as águas subterrâneas e o solo.
Por enquanto, o projeto tem apenas finalidade experimental, mas espera-se que com o tempo e o aperfeiçoamento possa vir a beneficiar outros projetos. A atividade acontece na usina produtora de biodiesel e são produzidos 55 litros do combustível por processo (batelada), o que dura em torno de 4 horas. O óleo do processo é doado pelos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) da UFSM – no Centro de Educação (prédio 16), Centro de Ciências Naturais e Exatas (prédio 13), Reitoria e Comitê Ambiental da Casa do Estudante Universitário –, onde a comunidade acadêmica descarta essa gordura antes utilizada no preparo de alimentos.
Texto: Assessoria de Comunicação do Colégio Politécnico