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Fórum Regional Permanente de Extensão: universidade e comunidade unidas em uma mesma direção

Plataforma de coleta de demandas já está disponível para votação da comunidade



A Universidade Federal de Santa Maria, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), realiza, anualmente, o Fórum Regional Permanente de Extensão. Ao longo do mês de junho, o evento, que neste ano está na 9ª edição, aconteceu nos 4 campi da Universidade: Santa Maria, Palmeira das Missões, Frederico Westphalen e Cachoeira do Sul. O sistema de coleta de demandas da comunidade também já está disponível para a participação de todos.

O objetivo do Fórum é reconhecer as demandas locais e articular esforços institucionais na resolução dos problemas sociais das regiões de abrangência da UFSM. Os resultados coletados servem de base para o direcionamento de recursos do Fundo de Incentivo à Extensão (Fiex) e apoiam a criação de novas ações de extensão. Para que a escuta das demandas aconteça de forma ativa, o Fórum constitui-se de dois instrumentos: reuniões semestrais realizadas nos campi da instituição e a Plataforma de Coleta de Dados. 

Metodologia de trabalho

Fórum em Santa Maria reuniu mais de 400 participantes (Foto: Vinícius Lüdke Nicolini)

Na primeira edição anual do Fórum, a proposta é desenvolver um trabalho de prestação de contas, apresentando um relatório relativo ao ano anterior, com as ações que os extensionistas da UFSM desenvolveram com recursos orçamentários do FIEX e de editais especiais, como o Edital COREDE.  Os resultados de 2021 podem ser encontrados aqui.

De acordo com o Coordenador de Articulação e Fomento à Extensão da PRE, Rudiney Soares Pereira, esse é um espaço importante de trocas e articulações. “É um momento de interação, em que ao final da apresentação do relatório, a comunidade pode manifestar-se com o objetivo de alinhar demandas da sociedade e a possível potencialização de competências que a UFSM pode desenvolver”, explica Rudiney.

Também é neste primeiro evento que são apresentados os desafios para o ano. O Pró-Reitor de Extensão, Flavi Ferreira Lisbôa Filho relata que, em 2022, para o campus sede foi apresentado o projeto de estruturação de um Polo de Geoturismo e Cultura para região central do Rio Grande do Sul, envolvendo 37 municípios e mais de 750 mil pessoas. Esta é uma proposta que está alinhada ao Desafio 6 (Desenvolvimento Local, Regional e Nacional) do Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade.  

Para os campi foi apresentado um Edital Especial para Ações de Extensão, em parceria com os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDEs). O Edital levará em conta prioridades apontadas nos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Regional no âmbito dos COREDES, bem como os resultados da consulta popular anual.

A segunda edição do ano envolve a participação ativa da sociedade, que é convidada a preencher um formulário, através de uma Plataforma para a Coleta de Demandas da Comunidade. Através dela, a população pode escolher um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 que considera prioritário para a atuação na Universidade. Esses objetivos estão, também, relacionados às 8 áreas temáticas da extensão: Comunicação; Cultura; Direitos Humanos e Justiça; Educação; Meio Ambiente; Saúde; Tecnologia e Produção e Trabalho. É a classificação obtida através dessa votação que irá fornecer os subsídios para a formulação dos critérios de valoração de ações de extensão que irão compor novos Editais. 

Neste encontro, além de toda a comunidade, também são convidados a participar representações da sociedade civil organizada, associações, coletivos, agentes públicos do legislativo, executivo e demais representações que desejarem participar. O objetivo é articular, de forma prática, as demandas e as possibilidades de execução por parte da universidade ou de outras instituições parceiras. 

Maria Medianeira Padoin, extensionista e docente do departamento de história da UFSM, avalia que o Fórum é um momento importante de troca, que reúne demandas e atores que podem auxiliar em problemáticas apresentadas. “É um espaço que reúne universidade e comunidade em uma reflexão e avaliação das ações e do papel da extensão. Ali é possível ouvir a comunidade para direcionar políticas da universidade e, de certa forma, também de órgãos e instituições que participam desse diálogo”, ressalta Padoin.

Extensão com foco na comunidade

O Pró-Reitor de Extensão avalia que o trabalho desenvolvido no Fórum e pelos extensionistas da Universidade tem gerado bons resultados. “Nós procuramos fomentar de maneira dirigida a extensão demandada pelos territórios. O Fórum tem o compromisso de sistematizar a partir de um instrumento a escuta das demandas da comunidade. Essa é uma estratégia para manter as ações de extensão mais alinhadas com aquilo que a sociedade demanda e temos tido bons resultados, aproximando, cada vez mais, a universidade da sociedade através da extensão universitária”, afirma Flavi.

Ações de Extensão realizadas em São João do Polêsine (Foto: Maria Medianeira Padoin)

Mesmo com os resultados positivos já obtidos, Rudiney destaca que esse é um processo contínuo, em constante aprimoramento, em que a proposta é qualificar, cada vez mais, a interação entre a UFSM e as comunidades em que se insere, para que a Universidade exerça seu papel de agente transformador. “Espera-se que, em um processo de escuta permanente de toda a comunidade, possamos cada vez mais aperfeiçoar a forma de atuar nos territórios levando impactos positivos para as comunidades onde a UFSM está presente, seja local ou regional. Essas ações devem cada vez mais atender os anseios da sociedade, estreitando, assim, os laços com a comunidade”, explica o Coordenador. 

Esse modo de trabalho, a partir do levantamento e organização de demandas da comunidade impacta diretamente a forma de pensar e propor ações de extensão. Maria Medianeira Padoin reflete que fazer extensão não é apenas ir na comunidade aplicar um trabalho, mas é estar na comunidade, compartilhar conhecimento e aprender com as pessoas envolvidas. “Ouvir a comunidade, estar na comunidade e com a comunidade é muito importante. Os projetos de extensão que desenvolvo são a partir da comunidade. É a partir das demandas apresentadas e do trabalho em conjunto que conseguimos direcionar as ações para aquele local e tentamos resolver conjuntamente os problemas”. A professora desenvolve projetos na Quarta Colônia e realiza ações voltadas à organização de acervos documentais, trabalhos de preservação da memória e patrimônio, cursos e capacitações com professores, parcerias com prefeituras e secretarias de educação, entre outros.

A docente também destaca a importância da extensão para fazer com que a sociedade conheça o trabalho desenvolvido nas universidades e o modo como ela está presente no cotidiano da população. “Às vezes a comunidade não percebe que nos alimentos, na agricultura de precisão, na preservação do meio ambiente, nos remédios que ela toma, em uma vacina que é produzida, estão pesquisadores de universidades como a nossa. É através da extensão que a universidade se mostra presente de forma mais intensa da comunidade e dá a visibilidade e inserção que tanto precisamos”, pondera Maria Medianeira.

Impacto Orçamentário

Uma preocupação constante para todos da Universidade têm sido os cortes no orçamento. Com o objetivo de fomentar ações de extensão através de editais como o FIEX, os cortes de recursos para as universidades impactam fortemente nas ações desenvolvidas. Rudiney explica que os recursos FIEX são aportados prioritariamente para as ações que estiverem alinhadas com os ODS, o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSM e também, as demandas manifestadas pela comunidade. No entanto, se a universidade sofrer com os cortes, consequentemente as ações de extensão também serão atingidas.  

“O corte orçamentário anunciado impacta fortemente na disponibilidade de recursos para que ações sejam desenvolvidas com a qualidade merecida e desejada. Provavelmente não tenhamos todos os recursos orçamentários necessários em razão de demandas cada vez maiores manifestadas pela sociedade. Será preciso uma avaliação permanente dos impactos e as adequações para que essas restrições não impeçam de produzir os efeitos positivos desejados. Independente disso, continuamos fortemente comprometidos com a Extensão de qualidade que tem por objetivo impactar positivamente na vida das pessoas”, finaliza o Coordenador.

2ª Edição do Fórum em 2022

Em 2022, a segunda edição do Fórum está prevista para acontecer em novembro. Os encontros presenciais serão de acordo com o seguinte cronograma: 

22/11/2022 (manhã) Campus Frederico Westphalen
22/11/2022 (tarde) Campus Palmeira das Missões
23/11/2022 (tarde) Campus Cachoeira do Sul
29/11/2022 (tarde) Campus SEDE da UFSM.

Texto: Tatiane Paumann, acadêmica de jornalismo e voluntária da Agência de Notícias e Mariana Henriques, jornalista
Foto de capa: Daniel Michelon De Carli

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