O professor André Luis Ramos Soares, do Departamento de História da UFSM, participou como painelista na segunda-feira (4) do 8º Seminário Internacional Apheleia, que começou no dia 30 de março e segue até esta sexta-feira (8), na cidade de Mação, em Portugal. A sua participação deu-se de forma remota no painel intitulado “Arte e desenvolvimento: Projeto Rota Rupestre no estado do Mato Grosso do Sul”. Ele abordou o assunto juntamente com os professores Juliano Bitencourt Campos, da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), e Lia Raquel Toledo Brambilla Gasques, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Durante a apresentação, os professores brasileiros abordaram a proposição de uma rota de caráter científico, a partir dos sítios arqueológicos de arte rupestre no norte do estado do Mato Grosso do Sul e seus potenciais para o desenvolvimento regional e a bioeconomia a partir dos eixos da rota.
O professor da UFSM destacou que, embora as artes sejam muitas vezes entendidas como uma expressão máxima do gênio humano ou como um lazer ou entretenimento, vale reconhecer que, há mais de 1,5 milhão de anos, os humanos têm dedicado cada vez mais parte de seu tempo para produzir, compartilhar e apreciar expressões de comportamento que reúnam criatividade, reflexão, usabilidade não imediata, performance, comunicação, domínio de técnicas e, às vezes, crítica.
Ao fazer isso, de acordo com ele, as artes incorporam dimensões intangíveis em objetos, rituais e outras expressões materiais. “O interesse das sociedades por este tipo de expressões humanas está bem documentado desde a pré-história até a contemporaneidade”, reforçou.
O seminário é organizado pela Apheleia – Associação Europeia de Humanidades para a Gestão Integrada da Paisagem Cultural. Trata-se de uma associação de acadêmicos com responsabilidades de liderança em instituições de educação e pesquisa. Entre os objetivos da entidade está a estruturação de um conjunto de estratégias, baseadas na metodologia das humanidades, voltadas para a gestão cultural e a sustentabilidade local e global.
Com informações da Agência de Comunicação da Unesc