A UFSM participará, entre os dias 3 e 20 de fevereiro, da Operação Amapá Mais Forte, vinculada ao Projeto Rondon. A ação, coordenada pelo Ministério da Defesa, visa à integração do território nacional, articulando esforços para o desenvolvimento social dos diversos estados brasileiros. Na UFSM, a coordenação do projeto é atribuição da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), que anualmente seleciona ações interessadas em participar do Rondon e as indica ao Governo Federal.
A proposta selecionada neste ano pelo Ministério da Defesa para participar da operação é coordenada pelos professores Edner Baumhardt e Gizelli Moiano de Paula, do Campus da UFSM em Frederico Westphalen. De acordo com os professores, o projeto encaminhado para a Operação Amapá Mais Forte tem como objetivo desenvolver atividades voltadas para a comunicação, meio ambiente, tecnologia, produção e trabalho. “A nossa proposta tem por finalidade a integração social por meio da participação voluntária dos nossos estudantes universitários, com vistas ao desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e à ampliação do bem-estar da população dos municípios”, comenta a professora Gizelli.
A Operação Amapá Mais Forte será realizada em 11 cidades amapaenses, no extremo norte do Brasil. A iniciativa tem como foco a formação acadêmica e pessoal de estudantes universitários, ao mesmo tempo em que soma esforços em prol do desenvolvimento local sustentável e da promoção da cidadania. A UFSM participa do Projeto Rondon desde 1968, quando as primeiras operações foram realizadas pelo Governo Federal em parceria com as universidades brasileiras.
“Estou indo para a minha segunda operação. De fato, nas operações nos tornamos parte do município em que estamos. A recepção sempre é muito boa e, no fim, quem mais ganha com todo o projeto somos nós, alunos e professores. Voltamos pessoas melhores, com uma melhora considerável da nossa empatia e com um aprendizado indescritível”, ressalta o professor Edner. Assim como para o professor Edner, a Operação Amapá Mais Forte não será a primeira participação de Gizelli junto ao Projeto Rondon. “Essa será a minha terceira operação. As experiências, as trocas de conhecimentos populares e as amizades são maravilhosas”, destaca a professora.
Embora veteranos no projeto, os professores enfatizam que há muita expectativa em participar desta edição. Por ser um estado ainda desconhecido pela equipe, os participantes apresentam uma curiosidade grande em conhecer essa realidade diferente, localizada dentro do mesmo país. O Amapá é um dos estados mais novos do Brasil, criado pela Constituição Federal de 1988. Sua população é de aproximadamente 877 mil habitantes, menor que a da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. O estado faz divisa com o Pará, e fronteira com o Suriname e com a Guiana Francesa.
A participação dos estudantes na ação é algo fundamental para que os objetivos do Projeto Rondon sejam alcançados. Para o professor Edner, ao participar do projeto, o aluno é retirado de sua zona de conforto e confrontado com novas realidades. “Para muitos, além de ser a primeira vez que saem do seu estado de origem, é a primeira vez que vivenciam outra cultura. Estes alunos voltam diferentes, mais motivados e comprometidos com seu país”, finaliza o professor.
“Vivenciar algo novo, que foge da rotina acadêmica, é um ganho na formação estudantil. Conhecer e conviver por dias com acadêmicos de outras instituições do país também é enriquecedor e ajuda no processo de melhoria do bem-estar e do desenvolvimento sustentável de uma comunidade carente. Isso faz com que o estudante cresça na sua formação. O Projeto Rondon é uma lição de vida e cidadania”, enfatiza Gizelli.
Os alunos que vão participar da operação são Poliana Bortoluzzi (Agronomia), Maria Gabrielle Sousa (Relações Públicas), Lindomar Zimmermann (Engenharia Ambiental e Sanitária), Laura da Silva (Engenharia Florestal), Raquel Schaeffer Klauck (Relações Públicas), Betina Scholz (Engenharia Florestal), Breno Magno Silva dos Santos (Engenharia Florestal) e Igor Vani (Engenharia Florestal). Todos são alunos do Campus de Frederico Westphalen.
Texto: Subdivisão de Divulgação e Eventos da PRE