Homenageando todos os núcleos familiares envolvidos e impactados pelo trabalho feito dentro da instituição, a Universidade Federal de Santa Maria retorna com a campanha do Mês da Família, que conta a história de quatro egressos que tiveram suas jornadas mudadas após o ingresso no ensino superior.
A terceira história da série não possui somente um dono, mas todo um núcleo familiar. No início dos anos 90, Cristian – egresso de Medicina – e Vanderlene – acadêmica de Fonoaudiologia e, posteriormente, de Letras – Francês – se conheceram no campus de Santa Maria, ainda sem imaginar os desdobramentos desse encontro. Com o passar do tempo, foram se aproximando, tornaram-se namorados, e mais tarde, casaram-se em 1993. Enfim, tiveram um “filho da UFSM”, como ele se auto-intitula: Victor Dutra Barbosa, que, nascido em 1997 no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), encontrou o lugar que pertencia muito cedo.
“Sinto muito orgulho em dizer que sou filho da Universidade: foi aqui que meus pais se conheceram”, relatou o filho de Cristian e Vanderlene.
A infância do filho dos universitários sempre foi recheada de encorajamentos da parte dos pais para buscar a educação. Em 2016, Victor alongou seu título de filho do campus para estudante da Federal de Santa Maria. Egresso de Direito, o também membro da banda Seniors tentou fazer com que não apenas a Universidade tivesse influência em sua história, mas vice-versa. Assim, fez parte do Movimento Estudantil, das Ocupações em defesa do ensino e da aula inaugural do curso de Direito nas novas salas do Departamento no campus sede. Além disso, a primeira experiência profissional foi dentro do lugar onde nasceu: foi estagiário do HUSM.
“ (…) o lugar onde nasci, o lugar onde fui, sou e serei feliz”, disse Victor durante seu depoimento para o aniversário de 60 anos da Universidade.
Apesar da separação de seus pais, Dutra ainda enxerga muitas conexões entre a UFSM e sua família, que deu os mesmos passos que ele anos antes. Hoje, o pai do advogado atua como médico no Hospital Universitário de Santa Maria, onde seu primogênito nasceu.
Agora, a família de Victor tem uma nova configuração, com a chegada de sua madrasta – graduada em História pela UFSM – suas irmãs e seu meio-irmão, que é o caçula da família. Apesar das mudanças no núcleo familiar, os caminhos de Victor sempre levam ao lugar onde ele nasceu e se encontrou muito cedo: a Universidade Federal de Santa Maria.
“Em 23 anos a família mudou muito, mas ainda assim seguimos ligados à Universidade e vivendo em torno das pessoas que ela trouxe à nossa vida, com um futuro brilhante pela frente”, concluiu Dutra.
Reportagem: Giulia Cavalheiro, acadêmica de jornalismo e bolsista da Unidade de Comunicação Integrada
Fotos: Arquivo pessoal