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Plano de Metas Institucionais para 2022: UFSM planeja ser Universidade de excelência



A UFSM conta com um novo documento norteador da estratégia institucional para os próximos dois anos. Aprovado recentemente, o Plano de Metas Institucionais para 2022 apresenta indicadores e objetivos para todos os sete desafios institucionais presentes no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) – um avanço em relação ao Plano de Metas anterior, que contemplava somente três. O alvo é ser uma Universidade de excelência.

Aprovado primeiramente pelo Comitê de Governança, Riscos e Controle da UFSM, em reunião em 19 de janeiro, e em seguida consolidado pelo Conselho Universitário (Consu), na sessão de 29 de janeiro de 2021, o Plano de Metas Institucionais da UFSM para 2022 é resultado da revisão do Plano de Metas 2018-2021, com a proposição de novos indicadores, no intuito de servir como um direcionador da estratégia institucional para o período.

O trabalho de revisão, segundo a coordenadora da Coordenadoria de Planejamento e Avaliação Institucional da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), Giana Silva Giacomelli, foi realizado de julho a dezembro de 2020. O processo ocorreu em duas fases de encontros virtuais com os gestores universitários. As reuniões da primeira fase tiveram o intuito de contextualizar a situação das metas atuais e retomar sugestões que haviam sido discutidas na elaboração do Plano de Metas 2018-2021.

A partir dessas reuniões, foi construída uma visão geral da estratégia institucional, contemplando um novo horizonte de planejamento (2022) e o direcionamento de ações a serem priorizadas nesse período. Esta visão serviu de base para as reuniões da segunda fase, para as quais a equipe da Proplan organizou itens de medição que contemplassem a visão geral da estratégia institucional. A partir desses itens de medição, foram definidas as opções de indicadores e metas apresentadas aos gestores universitários.

Segundo Giana, o direcionamento da estratégia foi feito com o horizonte de 2022 levando em consideração que o próximo ano deve marcar o início da gestão da próxima Reitoria eleita. Com isso, a futura administração da Universidade tem o ano de 2022 como prazo para revisar o Plano e traçar a estratégia institucional para o próximo período.

Metas para os desafios institucionais

Os principais diferenciais do Plano de Metas para 2022 são a integração ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e a apresentação de indicadores e metas para todos os desafios institucionais contemplados no PDI, enquanto o planejamento anterior contemplava apenas três dos sete desafios. “Pode-se dizer que o foco principal é o alcance da visão institucional, com a meta de ‘ser uma Universidade de excelência’, de forma que todos os outros indicadores, de alguma forma, colaboram com o alcance dessa grande meta”, avalia Giana.

Os principais objetivos estipulados no Plano são evoluir da nota 4 para 5 no Índice Geral de Cursos (IGC) até o próximo ano e ficar entre as 20 melhores universidades brasileiras no QS Ranking para a América Latina – atualmente a UFSM figura entre as 25 primeiras. Confira, em linhas gerais, os objetivos para cada um dos sete desafios do PDI:

Desafio 1 – Internacionalização: aumentar a qualificação e pesquisa internacional, com mais alunos e professores estrangeiros;
Desafio 2 – Educação Inovadora e Transformadora com Excelência Acadêmica: mais concluintes, satisfação e inserção na sociedade;
Desafio 3 – Inclusão Social: mais efetividade nas ações já realizadas;
Desafio 4 – Inovação, Geração de Conhecimento e Transferência de Tecnologia: ter mais pós-graduandos, mais pesquisas de impacto e inovação;
Desafio 5 – Modernização e Desenvolvimento Organizacional: mais recursos externos e governança e menos encargos;
Desafio 6 – Desenvolvimento Local, Regional e Nacional: mais visibilidade, presença regional e impacto direto;
Desafio 7 – Gestão Ambiental: mais reconhecimento nas práticas adotadas pela UFSM.

Giana lembra que os sete desafios institucionais representam um compromisso assumido pela comunidade acadêmica no PDI 2016-2026. Os desafios 2 – Educação Inovadora e Transformadora com Excelência Acadêmica, 4 – Inovação, Geração de Conhecimento e Transferência de Tecnologia e 6 – Desenvolvimento Local, Regional e Nacional têm relação direta com o tripé ensino, pesquisa e extensão.

Já os desafios 1 – Internacionalização, 3 – Inclusão Social e 7 – Gestão Ambiental representam aspectos que ultrapassam esse tripé, mas também foram elencados como direcionadores do desenvolvimento institucional. Todos estes são suportados pelo desafio 5 – Modernização e Desenvolvimento Organizacional, o quarto pilar das universidades, que representa a gestão universitária.

Plano de Metas e PDI

O Plano de Metas recentemente aprovado para a UFSM tem ligação intrínseca com outros documentos institucionais, em especial o PDI. De acordo com o pró-reitor adjunto de Planejamento e coordenador da Coordenadoria de Projetos e Convênios, Fernando Pires Barbosa, o PDI deve ser visto como o direcionador da estratégia de desenvolvimento institucional, com um olhar de longo prazo no qual estão presentes as diretrizes sobre as quais a Instituição pretende se desenvolver durante o período de vigência.

O Plano de Metas é parte integrante do PDI, e materializa as diretrizes e objetivos gerais previstos no PDI em um conjunto de metas a serem alcançadas. “Na prática, o Plano de Metas indica o ritmo que a Universidade pretende avançar em cada um dos seus desafios institucionais. É no Plano de Metas que fica materializada a estratégia da Instituição, indicando, por exemplo, os índices de qualidade a serem alcançados pelos cursos, questões relativas à evasão, abertura de cursos de pós-graduação, projeção científica e tecnológica, entre outros”, explica Fernando.

Já o Plano de Gestão expande essa visão, complementando-a com quais ações e projetos serão realizados para alcançar as metas previstas. Como o próprio nome diz, este plano é inerente ao período de gestão da Reitoria. O Plano de Metas não tem essa restrição, podendo ser mais longo ou mais curto, conforme a Instituição julgar mais adequado.

“De maneira simplificada, podemos dizer que o PDI é o direcionador da estratégia institucional, o Plano de Metas é o ritmo com que a estratégia será implementada, e o Plano de Gestão são as ações e projetos que serão executados para cumprir a sua estratégia. Todos estão interligados entre si e, como todo plano, são passíveis de mudança à medida que o tempo passa e os cenários internos e externos vão sendo modificados”, observa Fernando.

Impacto da pandemia no Plano de Metas

A suspensão das atividades presenciais na UFSM no ano passado devido à pandemia de Covid-19 provocou alterações no processo de elaboração do Plano de Metas, mas não afetou o resultado final. Segundo Giana, as reuniões virtuais e toda a organização diferenciada necessária foram desafios a serem superados, mas trouxeram muito aprendizado. Além disso, o contexto da pandemia e seus possíveis impactos futuros foram considerados na definição das metas, especialmente nas relacionadas à formação acadêmica e evasão, bem como nas relacionadas à internacionalização e gestão universitária. 

No momento, a equipe da Proplan está organizando um site de acompanhamento do Plano de Metas, que será divulgado oportunamente. O próximo passo é conseguir que todas as unidades universitárias possam “se enxergar” nesse plano e identificar a forma como contribuem com a estratégia da UFSM. “A expectativa é de que a cultura de ter indicadores e metas para nortear a estratégia institucional se perpetue na Universidade”, afirma Giana.

Texto: Agência de Notícias da UFSM

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