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Desmatamento na Amazônia e proteção de nascentes são debatidos no Fórum da Articulação Floresta Viva



Após quatro dias de palestras com importantes formadores de opinião e ativistas do campo ambiental que desenvolvem projetos de reflorestamento nos biomas Pantanal, Amazônico e Mata Atlântica, o I Fórum Primavera da Articulação Floresta Viva: “(In)formar e Reflorestar” chega na sua última semana de atividades.  O Fórum, promovido pela Pró Reitoria de Extensão da UFSM a partir do projeto Articulação Floresta Viva, recebeu na segunda-feira (30) a jornalista Paula Saldanha e o gestor ambiental Evandro Mendonça Negrão, que debateram as atuais questões socioambientais.

Paula Saldanha: o Brasil como um banco biogenético

Primeira convidada da quinta tarde do Fórum, Paula Saldanha é escritora, jornalista, apresentadora, ilustradora ,  ambientalista e  é presidente do Instituto Paula Saldanha, dedicado a projetos ambientais e culturais. Paula expôs as problemáticas do desmatamento na Amazônia, as diversas ilegalidades e consequências desse desmatamento que acontece dentro da floresta amazônica.

Para a jornalista, “o Brasil poderia estar entre os países com menos emissões no mundo de co2, pois a nossa matriz energética é quase limpa devido ao uso das hidrelétricas.  As queimadas que acontecem dentro do território brasileiro é que fazem com que o Brasil fique entre o quarto e quinto lugar no ranking de países com menos emissões de Co2. Agora, se estancarmos as queimadas, o Brasil passa a dar exemplo em termos mundiais de redução de emissões de Co2”.

Durante sua fala, a jornalista apresenta um trecho de seu programa Expedições, gravado em 2012, que propõe um debate pós-Rio+20 sobre a campanha Desmatamento Zero, do Greenpeace, em reação ao retrocesso nas alterações da legislação ambiental e do Código Florestal.

“Se em mais de cinco séculos o Brasil consegue ter essa diversidade imensa é porque ainda tem grandes áreas naturais nos diversos biomas que conseguem proteger esse patrimônio biogenético, que é o ouro deste século. Então eu tenho o prazer em participar desse fórum, porque é importante debatermos que o patrimônio natural do brasil está muito além do ouro que já foi embora, é um banco biogenético que sequer começou a ser descoberto,” finalizou. 

Evandro Negrão: recuperação de nascentes da Mata Atlântica é o grande desafio

O outro convidado do dia, Evandro Mendonça Negrão é formado em administração, gestão ambiental e atualmente é o Coordenador de Projetos do Grupo Dispersores. A ONG Grupo Dispersores é uma organização não governamental (ONG) fundada no município de Brazópolis – MG no ano de 2004.

Evandro conta que o foco da entidade está voltado à instalação gradativa de um programa intitulado “Veias D’água”, que busca preservar e restaurar áreas degradadas na região da Serra da Mantiqueira (Mata Atlântica), atuando diretamente em 4 bacias hidrográficas localizadas nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. O Grupo Dispersores promove diretamente a restauração da Mata Atlântica na região e a recuperação de nascentes.

“Começamos com um viveiro experimental, com 100/200 mudas por ano. Com o apoio de outras ONGs e outros patrocínios, nosso viveiro foi crescendo e hoje ele tem capacidade de produzir 100 mil mudas por ano. Trabalhamos com a diversidade de 80/90 espécies da Mata Atlântica que coletamos sementes e produzimos aqui em nosso viveiro em Brazópolis. Como nossa equipe está sempre fazendo o plantio e visitando as propriedades rurais, nós mesmos fazemos a coleta das sementes, nos fragmentos florestais da região. Então são sementes já adaptadas ao nosso clima e fazemos essa coleta, trazemos para o viveiro, realizamos o beneficiamento da semente e damos início ao processo de germinação. Trabalhamos com uma diversidade muito boa, para tentar fazer o mais próximo do que a natureza vem fazendo”, conta o coordenador de projetos do Grupo Dispersores.

Evandro apresentou também, um vídeo do projeto “De olho nos olhos”, que conta com o apoio do Grupo Dispersos para fazer a proteção e recuperação de nascentes. O projeto desenvolve 5 linhas de ações: Atividades de restauração de áreas degradadas em APP´s (área de preservação permanente); Produção de mudas nativas para reflorestamento; Educação Ambiental voltada aos alunos das escolas na região; Criação de unidades de conservação e Políticas públicas.

O Grupo Dispersores é membro dos Conselhos Consultivos da APA Fernão Dias e da APA Serra da Mantiqueira, e dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Sapucaí e do Rio Grande, atuando diretamente nestes conselhos, ajudando a promover a conservação e preservação das florestas e dos recursos hídricos. Todas as ações e projetos desenvolvidos pelo Grupo Dispersores nos últimos anos têm trazido benefícios à população e ao Meio Ambiente.

O último dia do Fórum acontece nesta terça (1) a partir das 14h com a participação da bióloga Leticia Larcher representando o Instituto do Homem Pantaneiro. Às 16h estarão presentes Neli Mombelli e Denise Copetti, da TV OVO. As palestras serão transmitidas via YouTube no Canal da PRE .

O I Fórum Primavera da Articulação Floresta Viva: “(In)formar e Reflorestar” contou com a participação de diversos convidados que debateram diversos temas ao longo desses cinco dias de evento. As palestras estão disponíveis no canal da PRE no Youtube, com as seguintes temáticas e convidados: 

1)Grandes projetos de Reflorestamento: Instituto Terra (MG), Gigante Guarani (SP)- Beatriz Stamato, MST (Movimento Sem Terra) – Bárbara Loureiro e Álvaro (BRASIL e RS), Ong Grupo Dispersores (MG) – Evandro Negrão,

2)Informação e Formação da Opinião Pública: Marcelo Canellas (DF), Paula Saldanha (RJ), TV OVO (RS) – Denise Copetti e Nelli Mombelli

3) Articulação das Questões Socioambientais: Instituto Socioambiental (TI XINGU e SP)- Eduardo Malta, Agendha (BA)- Valda Aroucha, REIA (GO)- Tadeu Ribeiro e Takumã Kuikuro (TI Xingu), Instituto do Homem Pantaneiro (MT) Letícia Larcher.

Reportagem: Ana Júlia Müller Fernandes, bolsista da Agência de Notícias da UFSM
Edição: Davi dos Santos Pereira

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