Um aplicativo que busca soluções inovadoras para o mercado da arte é um dos dois projetos desenvolvidos na UFSM vencedores do Programa Centelha RS, que objetiva estimular a criação de empreendimentos inovadores. O Mobart App propõe uma atuação no mercado da arte através de um aplicativo com realidade aumentada que dinamiza as relações entre galeria, obra e cliente, reduzindo custos e riscos e otimizando tempo, uma vez que as galerias de arte passam a ter todos os seus acervos na palma da mão, por meio do aplicativo (ainda em desenvolvimento).
A autora do projeto, a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGArt) da UFSM Andrea Capssa, explica que o aplicativo simula em tempo real, com o auxílio da realidade aumentada, obras de acervos de galerias no ambiente do cliente, substituindo o processo de transporte das obras de arte.
“As simulações das obras nos ambientes são realizadas em tempo real, o que propicia uma maior aproximação entre o cliente e as obras. O aplicativo também gerencia o fluxo do acervo da galeria que o utiliza, favorecendo as comercializações em parceria, através de art dealers, curadores e demais agentes do mercado parceiros das galerias”, relata.
Andrea explica que a ideia do Mobart App surgiu de entrevistas realizadas em suas pesquisas de mestrado e de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGArt) da UFSM, com orientação da professora Nara Cristina Santos, e, sobretudo, da experiência como art dealer e curadora. O desenvolvimento do aplicativo com realidade aumentada corresponde a um dos objetivos específicos da pesquisa de doutoramento. O projeto foi realizado em conjunto com outros quatro profissionais, entre eles os doutorandos Carlos Donaduzzi (UFRGS) e Giovana Casimiro (USP).
O projeto Mobart passou por três fases de seleção do Centelha. “Fomos aprovados em todas as etapas, que iniciou com 784 ideias enviadas para o programa e terminou com 48 modelos de negócios aprovados”, relata Andrea, acrescentando que a participação no edital do programa foi uma grande oportunidade para o amadurecimento da ideia, para transformá-la em um modelo de negócios e, por fim, para a formação da equipe da startup. “Do total de 784 ideias submetidas ao programa, somente a nossa era do campo da arte, o que nos deixa ainda mais orgulhosos”, afirma.
Promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), o Centelha visa disseminar a cultura empreendedora, fomentando projetos por meio de capacitações, recursos financeiros e suporte. Confira o outro projeto da UFSM premiado.
Incubação na Agittec
Além da aprovação no Programa Centelha, o Mobart foi selecionado para incubação na Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) da UFSM. “Essa oportunidade é o que faltava para a startup se desenvolver exponencialmente. Acreditamos que o network e o apoio jurídico da Agittec reforçam o nosso planejamento e ampliam nossas estratégias de negócios. É uma grande oportunidade de crescimento e de aprendizado, estamos muito felizes”, afirma Andrea.